“O freio, o cinto de segurança, o airbag e a prudência na estrada da democracia”, Délio

Leia artigo do presidente da Seccional do Distrito Federal na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF), Délio Lins e Silva Jr., publicado nesta quarta-feira (21) no blog do Fausto Macedo, Estadão.

O freio, o cinto de segurança, o airbag e a prudência na estrada da democracia
* Délio Lins e Silva Jr.*

O homem inventou o transporte para ter a oportunidade de chegar mais longe. Desde as carruagens até os modernos carros, temos aumentado a velocidade, a eficiência e, claro, a segurança, porque para chegar mais longe, antes precisamos conseguir chegar.

Não resta dúvida que uma batida a 30km/h oferece impacto completamente diferente de uma outra a 80km/h ou mais. Não bastaria ao mundo automotivo, portanto, somente a criação de soluções de motores mais potentes, combustíveis mais eficientes e aerodinâmica otimizada, se não estivéssemos preparados para as eventualidades da vida em velocidade.

Traço esse desenho lúdico do universo dos transportes para transmitir aos meus alunos e amigos o meu entendimento do que penso ser a democracia e como seus mais fundamentais conceitos estão conectados com o respeito à independência entre as instituições.

Vejo um país do tamanho do Brasil, ou uma unidade da federação da envergadura do Distrito Federal, como duas imensas máquinas em movimento, carregando em alta velocidade milhares de peças, sistemas complexos e pessoas, claro, por vias muitas vezes sinuosas, com visão por vezes prejudicada em dias de intempéries climáticas e, ainda por cima, com prazos curtos para chegarem aos seus destinos.

Pense comigo: a esses veículos, bastam somente um par de freios? Claro que não! Precisam de airbags, de cintos de segurança, de retrovisores! E precisam, sobre todas as coisas, de prudência.

Em um estado democrático, o poder Judiciário deve ter independência do governo e esse segundo, da Câmara, do Senado e das demais instituições para que a proteção ao cidadão não venha deste ou daquele ato de qualquer uma das Casas, mas do conjunto da obra, do grupo de dispositivos pensados para a segurança de todos os “passageiros”.

Nesse contexto, a OAB/DF, casa que tenho a honra de presidir, apresenta-se como “ítem de segurança fundamental” para a sociedade civil e muitas vezes colocando-se como última barreira para fiscalizar o poder público e defender a integridade do tecido social, longe de cores ou bandeiras políticas ou ideológicas.

Antes mesmo de tornar-me presidente da Seccional, esse já era um assunto que me era caro e evidentemente relevante para a advocacia. Tanto que tornou-se a bandeira do grupo conduzido à direção da OAB/DF em 2019.

Na contramão das alianças políticas típicas do cenário nacional, com seu aparato fotográfico e teatral, nosso foco era e continua sendo a abertura de diálogo com cada um dos setores da sociedade, com o advogado e a advogada que precisam de ajuda, de eficiência e de representatividade.

A independência que imaginamos em 2018, antes de concorrermos à gestão da Casa da advocacia, é parecida com a que construímos nesses mais de dois anos de mandato, mas orgulho-me em dizer, um pouco ampliada.

Nosso sonho era defender os interesses da advocacia e da sociedade mantendo relação civilizada, mas proativa para com a coisa pública.

Hoje, porém, nossas comissões e a determinação de nossas diretorias são responsáveis por consideráveis avanços na defesa dos direitos da população do DF, auxiliando, inclusive, na geração de maior equilíbrio na implementação de políticas públicas dentro e fora do contexto da luta contra o COVID-19.

Se antes havia alguma dúvida sobre a importância da manutenção dessa independência, hoje entendemos que foi substituída pela certeza de que precisamos, cada vez mais, buscar fomentá-la. Não para produzir concorrência sem sentido entre os poderes ou incrementar burocracias, mas para garantir a segurança que precisamos como sociedade para chegar mais longe.

Délio Lins e Silva Jr. é presidente da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF)

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NOTA DA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DA OAB-DF PARA VALORIZAÇÃO DA DEMOCRACIA

“A História ensina que em 31 de março de 1964 houve um golpe de Estado no Brasil, com remoção do presidente da república, seguido do Ato Institucional de 9 de abril. Neste, os chefes das três armas militares mantiveram a Constituição de 1946 e eleições diretas para presidente em 1965, mas, dentre outros pontos, fortaleceram sobremaneira o Poder Executivo e suspenderam por seis meses as garantias constitucionais ou legais de vitaliciedade e estabilidade. Ademais, mediante atos dos dias 10, 11 e 14 de abril, foram sumariamente cassados os direitos políticos de cento e sessenta e dois cidadãos, os mandatos de quarenta parlamentares federais e lançados na reserva (aposentadoria) cento e vinte e dois oficiais militares. Tais primeiras vítimas diretas incluíram, dentre outras, vários expoentes acadêmicos, professores, estudantes e intelectuais.

Os fatos acima até hoje são objeto de interpretações diversas e merecidos estudos. Idem para os antecedentes e consequentes, estes que poderiam ser tratados em outra nota. No entanto, como violência, amnésia e desordem são por si só contrários à Educação e ao Direito, não poderíamos deixar de agora nos manifestar.

O caso brasileiro de março de 1964 não foi isolado. Desde, no mínimo, ano 1947 o mestre Winston Churchill já repetia que a democracia é o pior regime de governo, com exceção de todos que têm sido empreendidos de tempos em tempos neste nosso duro mundo.

As lições democráticas restam prejudicadas quando as principais lideranças governamentais gerem os assuntos públicos com extremismos, seja estes quais forem. Isto porque as experiências provaram que as questões de Estado exigem equilíbrio, legitimidade geral e seriedade. A falta de compostura pode ter sido das principais causas de rupturas passadas, no que só seremos bons alunos enquanto não esquecermos.

Por fim, lembremos também que plenitude democrática é assunto não apenas político e jurídico, mas com repercussões em todas as áreas, inclusive as educacionais. Da mesma maneira que as ciências melhor se desenvolvem na democracia, a escolarização das crianças e jovens depende de exemplos saudáveis de autoridade por parte dos adultos. Estes devem se fazer respeitar não apenas pela idade, mas principalmente pela maturidade.

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DA OAB-DF

Nota de pesar pelo falecimento do ministro José Luciano de Castilho Pereira

As diretorias da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) e da Caixa de Assistência dos Advogados do Distrito Federal (CAADF), com pesar, comunicam o falecimento do ministro José Luciano de Castilho Pereira.

O ministro José Luciano de Castilho Pereira era uma das pessoas mais humildes e gentis que a magistratura e a advocacia já conheceram. Inteligentíssimo e dono de uma ironia fina e elegante, tinha sempre uma resposta bem-humorada na ponta da língua para divertir os que tinham o prazer de sua companhia.

Nascido em Pedro Leopoldo, ao ser aprovado em concurso público para Juiz do Trabalho Substituto do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais, em 1974, deu início à sua carreira jurídica.

Em 1979, foi promovido a Juiz do Trabalho Presidente da 8ª Junta de Conciliação e Julgamento (JCJ) de Brasília.
No ano de 1991, foi promovido a Juiz do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região.

Foi eleito vice-presidente do TRT da 10ª Região para o biênio de 1994 a 1996 e assumiu a Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho de 17 de abril de 2006 a 04 de janeiro de 2007.

Ele, também, participou das fundações da Amatra 3 (MG) e da Amatra 10 (DF e TO).

Neste momento difícil e delicado, a OAB/DF e a CAADF se solidarizam e desejam força, coragem e muita união aos familiares e amigos(as).

Diretoria da OAB/DF
Diretoria da CAADF

Matéria feita pelo Correio Braziliense destaca Ação Conjunta Covid-19, coordenada pela OAB/DF

Matéria feita nesta sexta-feira (16/04) pelo Correio Braziliense destaca a força-tarefa Ação Conjunta Covid-19, coordenada pela seccional da Ordem do Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF), confira.

Vacinação – A vacinação de idosos com 64 e 65 anos começou nesta sexta-feira (16/4) às 13h. Das 72,8 mil doses recebidas pelo DF na madrugada, 43.134 mil são destinadas a esse público. A saúde ampliou para 52 os pontos de vacinação na cidade, incluindo postos no Itapoã, no Recanto das Emas e em Ceilândia. Filas marcaram o primeiro dia de vacinação de público de 64 e 65 anos. A vacinação ocorre em 15 postos no sábado e 8 no domingo: confira lista de pontos abertos durante o fim de semana.

O prazo é estabelecido pelo Código de Processo Civil. Após ouvir as partes envolvidas, a corte do STJ deve deliberar sobre a questão.

Confira a matéria completa do Correio Braziliense 

Relatório aponta risco alto de contaminação cruzada em hospital do DF (Metrópoles)

Unidade tem teto mofado, parede de madeirite no pronto-socorro e um grande déficit de pessoal na fase mais crítica da pandemia da Covid-19

Leia reportagem de Francisco Dutra publicada nesta sexta-feira (16) no Metrópoles, com informações da Comissão de Direito à Saúde da OAB-DF

O Hospital Regional de Taguatinga (HRT) oferece risco de contaminação cruzada na fase mais letal da pandemia do novo coronavírus. Durante diligência na unidade, a força-tarefa Ação Conjunta Covid-19, coordenada para seccional da Ordem do Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF), flagrou esse e outros problemas graves.

Pelo diagnóstico da coordenadora da Ação Conjunta, a presidente da Comissão de Direito à Saúde da OAB-DF, Alexandra Moreschi, o alto risco de contaminação cruzada, entre diferentes alas da unidade, é o principal problema do HRT (foto em destaque). “Os profissionais saem de uma ala para outra sem conseguir se paramentar corretamente”, alertou.

Segundo Moreschi, não há material suficiente. Além disso o quadro de pessoal está muito abaixo do necessário para atender a população. A situação é agravada por uma série de graves problemas estruturais. Em um ponto do hospital, o teto estava tomado por mofo.

“O hospital não é referência para Covid-19, mas atende [casos da doença], interna e possui duas alas de isolamento para atendimento a esses pacientes, sendo uma delas improvisada no meio do PS (pronto-socorro), o que tem ocasionado infecção cruzada em toda unidade e até mesmo no hospital”, destacou Moreschi no relatório.

A superlotação do hospital agrava o cenário. “Muitos dos pacientes quando sobem para internação nos andares estão assintomáticos, mas positivam logo após admissão nas enfermarias e expõem todos os pacientes do andar”, denunciou. Segundo a coordenadora da força-tarefa, os banheiros eram compartilhados por paciente com e sem o novo coronavírus.

O grupo também flagrou má conservação de equipamentos críticos para o tratamento de pacientes. “No final do corredor da unidade tem um espaço pequeno semiaberto, que estava com dois monitores e várias bombas de infusão jogadas”, relatou o documento. Itens quebrados também foram vistos em diferentes pontos do HRT.

Déficit desumano

Conforme o relatório, o déficit de pessoal chegou a um patamar desumano. Diante da dimensão do problema, profissionais de saúde dizem não ter forças para aderir ao Trabalho por Período Definido (TPD) para cobrir as lacunas nos plantões.

“Saliento que, conforme o dimensionamento, o Hospital Regional de Taguatinga do Distrito Federal dispõe de 2.836 horas de déficit de enfermeiros e 5.197 horas de déficit de técnicos de enfermagem. Contudo, evidencio que a taxa de absenteísmo é relevante com a média de 20% e 35% respectivamente”, destacou a coordenadora da Ação Covid-19.

Outro lado

O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Saúde sobre o relatório. Por nota, a pasta afirmou que a contaminação cruzada é uma possibilidade e uma realidade, diante da alta taxa de transmissibilidade da Covid-19. Contudo, afirmou que trabalhar para que a infecção não se alastre.

Confira a nota completa:

“A direção do Hospital Regional de Taguatinga (HRT) informa que o serviço de emergência do hospital enfrenta uma grande batalha à frente da Covid-19. Havia um numero elevado de pacientes internados com necessidade de abordagem cirúrgica pela ortopedia e clinica cirúrgica da unidade. Foi elaborada uma força tarefa em conjunto com todos os serviços para dinamizar as equipes e suprir a demanda acumulada. O pronto-socorro foi cedido em 35% ao Serviço de Urgência para pacientes covid.

A diretoria do HRT segue trabalhando para manter os pacientes internados, sob cuidados em leitos na enfermaria e também para prover a realização de testes em pacientes sintomáticos, além dos cuidados de isolamentos no setor de Covid.

A contaminação cruzada é uma realidade e possibilidade em qualquer serviço quando um vírus com alto índice de transmissibilidade como a Covid-19 e variantes. No entanto, a equipe de profissionais trabalha para que esse tipo de contaminação não ocorra na unidade”.

VEJA AQUI A ÍNTEGRA DO RELATÓRIO DE INSPEÇÃO DA COMISSÃO DE SAÚDE DA OAB/DF

Leia esta matéria no Metrópoles.

Foto de capa: Reprodução de imagem do Relatório de Inspeção

A imunização contra H1N1 alcançou mais de 15,8 mil advogados, advogadas e familiares

Segue até a próxima segunda-feira (19/4) a Vacinação Antigripal Fora da Caixa 2021 das Subseções da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF). Até esta sexta-feira (16), 15.893 advogados, advogadas e familiares foram imunizados no DF. A vacina antigripal tetravalente previne a infecção pelo vírus Influenza (causador da gripe) e é recomendada para adultos sem limite de idade e crianças a partir dos 3 anos.

A Caixa de Assistência dos Advogados do DF (CAADF) adquiriu novas doses, ampliando a meta de imunização para 2021. “Esta é a maior campanha de vacinação da história da CAADF, destacou o Presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Jr. Para Eduardo Uchôa Athayde, Presidente da CAADF, “a vacinação é fundamental para garantir proteção à toda sociedade, evitando demandas de leitos nesse momento em que há escassez”, afirmou.

Para adultos que receberam a vacina da COVID-19, é recomendável respeitar o intervalo de 14 dias para a vacina tetravalente. Da mesma forma, para aqueles que receberam a vacina da influenza, também é indicado o intervalo de 14 dias para a vacina da COVID-19.

A VACINA ANTIGRIPAL

A vacina antigripal age estimulando o organismo a desenvolver sua própria proteção contra o vírus Influenza, causador da gripe. A proteção é obtida em 2 a 3 semanas após a aplicação e pode durar de 6 a 12 meses. Em 2020, foram imunizados(as) 7.000 advogados(as) e dependentes na campanha de vacinação da CAADF. Para 2021, a meta é a imunização de 10.000 advogados(as) e dependentes durante o mês de abril. “A vacinação é fundamental para garantir proteção à toda sociedade, evitando demandas de leitos nesse momento em que há escassez”, ressaltou o Presidente Eduardo.

Em sua formulação, a vacina tetravalente contém proteínas de quatro cepas do vírus Influenza, definidos ano a ano conforme orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS). São eles: A/Victoria/2570/2019 (H1N1)pdm09; A/Hong Kong/2617/2019 (H3N2); B/Washington/02/2019 (Victoria); B/Phuket/3073/2013 (Yamagata).

Acesse calendário de vacinação na página da CAADF

Foto: Valter Zica

Comunicação da CAADF

Comunicado: estão canceladas as videoconferências de quinta-feira (22) no bloco 7 do CDP I

A Comissão de Prerrogativas da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) recebeu o comunicado e informa à advocacia que, na próxima quinta-feira (22), haverá a realocação de presos que atualmente estão no Centro de Detenção Provisória I, bloco 7. Eles serão encaminhados para o CDP II. Por isso, as videoconferências marcadas para essa data estão canceladas no Centro de Detenção Provisória I, bloco 7.

Foto de capa: Gabriel Jabur/GDF/Reprodução

Comunicação OAB/DF

Carreiras TEC premia dois grupos de alunos com bolsa de estudos e assinatura Jusbrasil PRO

O primeiro curso de inovação na advocacia do CARREIRAS TEC: Casos Práticos de Tecnologia Aplicada aos Serviços Jurídicos chegou ao final nesta semana, com o concurso do Melhor Projeto de Tecnologia Aplicada aos Serviços Jurídicos premiando duas propostas inovadoras.

O primeiro lugar trouxe ao grupo premiado mais conhecimento: uma bolsa da Finted e Jusbrasil de Gestão Jurídica e Ciência de Dados, com carga de 10 horas, que terá início a partir de 20 de maio próximo. O grupo segundo colocado recebeu uma assinatura semestral do Jusbrasil PRO.

EXAMINANDO OS ALUNOS

Julia Amaral (foto), Head de Comunidade do Jusbrasil, participou da banca examinadora, acompanhando oito dos 10 trabalhos apresentados na conclusão do curso: “Foram dois dias intensos! Os grupos levaram o curso muito a sério, preparam-se e trouxeram soluções realmente inovadoras, para serem aplicadas de fato. Solucionaram problemas com ideias concretas, bons fundamentos, considerando valores e tempo de desenvolvimento. Super alto nível”, resumiu.

A mentora do grupo vencedor, Gabriela Marcondes (foto), advogada há 12 anos e que estagiou desde o início da graduação, portanto tem 17 anos de mercado, disse que “Carreiras TEC é um projeto incrível, revolucionário”.  Segundo ela, os alunos foram extremamente engajados: “eles têm gás”. Além de mentora, Gabriela deu aula sobre Organização e Prática Cível.

Na condução do grupo vencedor, Gabriela pontuou a eles que pensar a solução era fundamental, mas, também, não poderiam descuidar de que “vender a ideia do produto era questão-chave”. Ela conta que fez ver aos alunos a importância de pensar os custos, os benefícios, o atendimento aos clientes. Incentivou que fizessem uma apresentação muito agradável e envolvente ao ponto de que quem ouvisse ficasse convencido de que valeria a pena investir e comprar a solução. “Foi uma preparação parecida com Shark Tank“. Deu certo: o grupo faturou o primeiro lugar.

AS PROPOSTAS CAMPEÃS

Em primeiro lugar, recebendo a bolsa de estudos do Jusbrasil de Gestão Jurídica e Ciência de Dados, estavam Luiza Malheiro (foto) e mais seis colegas de curso. “Chegamos sem saber muito bem o que viria ser. Passamos por uma parte teórica robusta, fundamental, com a apresentação de carreiras e de várias ferramentas e soluções tecnológicas. Isso ampliou nossos horizontes. Depois fomos para o desafio prático: refletir sobre as dores nos escritórios de advocacia, escolher a prioridade, e propor a solução”, explicou a jovem advogada, que atua no mercado desde 2019.

O problema enfrentado pelo grupo da Luíza foi a baixa eficiência operacional da atividade exercida pelos setores de proteção e privacidade de dados de escritórios de advocacia, especificamente nas equipes jurídicas que analisam contratos para a adequação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

“Focamos nessa questão, e trabalhamos para pensar na resolução. Desenvolvemos uma possibilidade que é usar ‘databot’ – tecnologia que é revolucionária, usa a inteligência artificial e é capaz de analisar, em pouco tempo, um volume preciso de contratos. Identifica os dados coletados, analisa o contrato quanto à proteção de dados, separa por temas. É uma visão corporativa, panorâmica do mercado, que analisa riscos, e assim ajuda muito os advogados a terem mais tempo para a real atividade de pensar as causas. Em resumo: um software que utiliza de automação e inteligência artificial”, contou Luíza.

Além disso, o grupo campeão propôs um fluxo de trabalho, para que o profissional da advocacia não se perca ao longo das tarefas a serem desenvolvidas. “Cada contrato tem sua especificidade. Alguns são mais complexos, outros mais simples. Assim, o ‘databot’ separando os contratos, daria um resultado para que o trabalho intelectual fosse de fato aplicado de modo mais prático, rápido e eficiente. Qualidade de tempo é o resultado desse fluxo, visão estratégica de dedicar o tempo ao que interessa”, detalhou Luíza.

O que ficou demonstrado é que o trabalho repetitivo e maçante pode ser feito pelo ‘databot’, mas isso não significaria necessariamente desempregar, e sim potencializar a função do escritório. Seria possível desenvolver o projeto? Luíza tem certeza que sim e entende que demandaria uma equipe multidisciplinar. “Vencemos o concurso porque nos dedicamos e ao longo do projeto aprendemos muito. A bolsa que ganhamos é um prêmio muito especial e que nos trará mais aprendizados. Estou muito feliz”, finalizou.

Em segundo lugar, recebendo a assinatura semestral da Jusbrasil PRO, veio o grupo de Raquel P. Corazza (foto), uma advogada que atua em consultoria empresarial há 20 anos e, no curso, dividiu conhecimentos e aprendeu com colegas da jovem advocacia.

“Ficamos em segundo lugar por uma margem bem apertada, o que mostra como foi competitivo o concurso: 0,04 de distância do grupo primeiro colocado. A nota deles foi 8,85 e a nossa 8,81, numa competição em que foram avaliados o projeto escrito, a apresentação oral e tivemos a votação dos colegas participantes do curso. Muito justos os critérios adotados”, comentou Raquel.

A dor identificada por esse grupo para ser tratada na gestão de um escritório é a dificuldade para despachar com juízes, desembargadores, ministros, problema agravado com a pandemia. “A nossa resposta é muito simples e usa soluções gratuitas no mercado de trabalho. São tão fáceis de usar que demorei 15 minutos para explicar como fazer em nosso escritório: trabalhar com QR Code em petições escritas e hiperlinks para dar acesso a um vídeo em que a advogada ou o advogado faz um memorial descritivo do caso, resumindo o que falaria ao magistrado em despacho presencial”, esclareceu a advogada do time vice-campeão.

Na compreensão de Raquel, essa solução implicaria mudança de cultura nos escritórios e seria interessante para os juízes. “Consultamos e percebemos que desafogaria a agenda de atendimentos. No entanto, nada obrigaria o Judiciário a adotar essa solução. Daí sugerimos aos coordenadores do curso levar uma proposta à OAB/DF para que a Seccional recomende ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) normatizar esse procedimento. Comunicação não é só a escrita no processo. É muito importante o vídeo, pois nele teremos a vida real apresentada de modo eficiente”, detalhou Raquel.

Leia mais sobre o Carreiras TEC aqui.

Texto: Montserrat Bevilaqua
Comunicação OAB/DF

Covid-19: risco de contaminação cruzada no Hospital de Taguatinga (Correio Braziliense)

Leia a reportagem de Ana Maria da Silva publicada nesta sexta-feira (16) no Correio Braziliense, com informações da Comissão de Direito à Saúde da OAB-DF

Apesar de não ser referência para a covid-19, o Hospital Regional de Taguatinga (HRT) apresenta risco de contaminação cruzada. A constatação foi feita durante iniciativa da força-tarefa Ação Conjunta Covid-19, coordenada pela seccional da Ordem do Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB-DF). De acordo com relatório divulgado, durante fiscalização feita na unidade, esses e outros problemas foram flagrados.

Segundo o diagnóstico da equipe, o risco de contaminação justifica-se pelo grave problema estrutural do hospital. Apesar do HRT não ser considerado referência para tratamento da covid-19, a unidade recebe, desde o início da pandemia, muitos pacientes com diagnóstico fechado para o novo coronavírus. É um hospital muito importante para a região Sudoeste do DF, e com grande volume de atendimento, conforme explica em relato no diagnóstico a presidente da Comissão De Saúde OAB-DF, Alexandra Moreschi.

“O fato do Pronto Socorro ter sido readaptado de maneira improvisada está gerando grandes problemas para toda a unidade, profissionais e pacientes. A ala isolamento 2 Covid foi alocada no meio do pronto socorro, em paredes levantadas com madeirite, sem nenhuma estrutura ou correta vedação”, afirmou.

Leia a matéria completa no Correio Braziliense 

Jornal GMB destaca criação de Comissão de Direito dos Jogos

Matéria feita pelo jornal Games Magazine Brasil (GMB)  ressalta Comissão de Direito dos Jogos criada pela Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Distrito Federal (OAB-DF) 

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Distrito Federal, criou a Comissão de Direito de Jogo, com o objetivo de discutir os contornos jurídicos e mercadológicos desse importante segmento da economia e que ainda sofre com a falta de regulamentação. Sérgio Garcia Alves, sócio do Abdala Advogados e mestre em Direito & Tecnologia pela Universidade da Califórnia e em Regulação pela Universidade de Brasília, dividirá a coordenação com os especialistas Mirian Lavocat, Bárbara Teles e Filipe Senna.

O presidente da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF), Délio Lins e Silva Jr., por meio da Portaria nº 15, de 30 de março último, criou a Comissão de Direito dos Jogos e designou a primeira diretoria, ad referendum do Conselho Pleno.

Fonte: GMB

Confira a matéria completa no site da GMB