Conselho Pleno aprova notas de desagravo público

Na 6ª sessão extraordinária realizada na última quinta-feira (30/03), o Conselho Pleno da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) aprovou, por unanimidade, quatro notas de desagravo público em defesa de advogados que tiveram suas prerrogativas violadas.

As notas de desagravo público são manifestações formais em defesa de advogados que sofreram violações de suas prerrogativas profissionais, tais como o direito ao exercício da advocacia sem impedimentos indevidos, ao livre acesso aos autos dos processos em que atuam e à garantia de uma defesa técnica.

Em discurso, o presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Jr, afirmou: “Confiamos na apuração dos fatos e sempre exigiremos o cumprimento das prerrogativas da advocacia”, disse Délio. 

Os casos:

Entre os casos em questão, está o dos advogados Tiago Maciel e Eila Araújo, que tiveram suas prerrogativas violadas pelo delegado-chefe da 16ª Delegacia de Polícia de Planaltina/DF, Diogo Barros Cavalcante, quando foram impedidos de acessar a primeira portinhola da delegacia para entrevistar seu cliente em particular e despachar com o delegado plantonista. O delegado chefe determinou a lavratura de um boletim de ocorrência contra os advogados, alegando que eles ultrapassaram a área restrita ao público.

Confira a nota:

Também foi mencionado o caso da advogada Karolyne Guimarães dos Santos Borges, que foi constrangida e ofendida enquanto exercia sua atividade profissional pelo Gerente Geral da Agência C-12 do Banco do Brasil. Karolyne, que estava no sétimo mês de gestação, compareceu à agência e solicitou a entrada sem passar pelo detector de metais, conforme o que dispõe o Estatuto da OAB em seu artigo 7.º-A, inciso I, alínea a, que assegura a entrada de advogadas gestantes em tribunais sem serem submetidas a detectores de metais e aparelhos de raios-X. No entanto, o Gerente Geral da agência declarou que o Estatuto da OAB não seria uma lei aplicada a agências bancárias e que a advogada, mesmo estando grávida, teria de passar pelo detector de metais se quisesse entrar.

Nota na íntegra:

Outro caso indicado foi o do advogado Rodrigo Pereira da Silva, que foi impedido de acompanhar o cliente em uma reunião empresarial na qual se pretendia investigar a suposta prática de um ato infracional de natureza trabalhista pelo Diretor Operacional da Global Segurança, enquanto o funcionário ainda trabalhava para a Global Segurança. O requerente em questão foi contratado após seu cliente ter sido suspenso após ser apenado com advertências, mas ter solicitado ao seu empregador, o retorno às atividades.

Leia:

Por fim, foi ratificada a nota de desagravo em favor da advogada Cláudia Caciquinho, que foi intimada como testemunha em audiência de instrução criminal que ocorreu em 11/07/2013. Naquela data, a advogada peticionou nos autos afirmando que não poderia testemunhar no referido processo, uma vez que tinha sido advogada do acusado e seus dados constavam na lavratura da ocorrência policial, sendo esta a razão do impedimento, conforme o inciso XIX do artigo 7.º da Lei 8.906/94. 

Claudia, a advogada em questão, afirmou que não foi intimada da decisão e que, por esse motivo, estava em seu escritório atendendo clientes quando três oficiais de justiça entraram no local para cumprir o mandado de condução coercitiva ordenado pelo juiz da 5ª Vara Criminal de Brasília. Ela alega ter sido exposta a uma situação constrangedora pelos servidores do TJDFT durante a condução coercitiva, já que os clientes que atendia eram indicação de um colega e era a primeira vez que os recebia, e não pôde comparecer a outra audiência designada no mesmo horário devido à condução coercitiva.

Veja:

Comunicação OAB/DF — Jornalismo

Presidente do CFOAB destaca atuação da OAB/DF para preservar o Estado Democrático de Direito

Na manhã desta sexta-feira (13), o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB) realizou reunião extraordinária do Conselho Pleno para avaliar as medidas adotadas diante da crise aberta pelos atos antidemocráticos do último domingo (08/01). O presidente do CFOAB, Beto Simonetti, destacou a atuação da OAB/DF.

Dirigindo-se ao presidente da Seccional do Distrito Federal (OAB/DF), Délio Lins e Silva Jr., Simonetti agradeceu o trabalho e atuação, desde domingo. “A Seccional da OAB do Distrito Federal tem representado de forma firme e altiva a categoria e todo o sistema, de forma a orgulhar todos nós com a atuação de vossa excelência, de sua diretoria e de todo o Conselho, incluindo a Caixa de Assistência do Distrito Federal, na pessoa do Eduardo Uchôa Athayde, que vem somando em todo esse time, sem medir esforços, para que nós possamos contribuir para todas as frentes e combater a todas as frentes que se apresentam de forma negativa, ou de forma a querer conturbar este momento de atuação séria, responsável e histórica da Ordem dos Advogados do Brasil”, afirmou.

Na sessão, o presidente da OAB/DF e a vice-presidente, Lenda Tariana, que foram recebidos com aplausos pelos presentes (a reunião foi híbrida – remota e presencial com transmissão pelo Canal Oficial da OAB no Youtube), manifestaram-se aos conselheiros federais.

Délio falou sobre a dificuldade prática e técnica em relação à participação da advocacia nas audiências de custódia: “Puxamos para nós a responsabilidade de pauta, horário, quais seriam as audiências, em quais salas de audiências e estamos divulgando tudo no nosso site. Temos atuado desde domingo à noite, e eu gostaria de agradecer a toda nossa diretoria e ao Conselho Pleno. Vocês não imaginam a quantidade de mensagens que recebemos de advogados nos procurando, não necessariamente que façam parte do Conselho ou das Comissões, mas advogados querendo atuar de forma voluntária e ajudar de alguma maneira. Se podemos tirar uma coisa boa disso tudo, é a união da advocacia em prol do Distrito Federal e o quanto temos atuado incessantemente, desde domingo.”

A vice-presidente, Lenda Tariana, destacou as duas frentes permanentes que estão em campo, as prerrogativas e os direitos humanos. Ainda ressaltou que esses dois “braços” da OAB/DF tem trabalhado arduamente nos presídios, no sistema penitenciário, e nas audiências de custódia, a fim de preservar as prerrogativas dos advogados e preservar os direitos daqueles que estão encarcerad

Segundo Lenda Tariana, a atuação da OAB/DF foi essencial para garantir os direitos das pessoas detidas no acampamento da Polícia Federal e para que tivessem o acesso necessário à defesa. “Em determinado momento, a Academia da Polícia Federal cerceou o ingresso dos advogados, porque não tinha mais como identificá-los com crachá. Prontamente, junto com o Conselho Federal, produzimos esses crachás para que a advocacia pudesse entrar e as pessoas detidas tivessem acesso às suas defesas”, narrou a vice-presidente.

Veja a matéria do CFOAB com os principais destaques da atuação da Ordem para o atendimento da crise aberta no DF, desde domingo passado.

Fotos: Raul Spinassé

Comunicação OAB/DF — Jornalismo

Subseção do Guará tem novo secretário-geral adjunto

O Conselho Pleno da OAB/DF deu posse, nesta quinta-feira (12/12), a Leandro Brandão Sousa Ramos Marinho como secretário-geral adjunto da Subseção do Guará. Ele substituirá Jorge Luiz de Sousa Ramos Marinho, que renunciou ao cargo por motivos particulares.

A reunião do Conselho Pleno da OAB/DF desta quinta-feira foi a última do ano. Durante 2019 foram realizadas 28 reuniões ordinárias e extraordinárias para julgar 98 processos.

A maioria dos processos julgados pelos 90 conselheiros seccionais foram de caráter ético, encaminhados pelo Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da OAB/DF.

Além disso, o Conselho Pleno também julgou processos de recurso da comissão de seleção, admissibilidade, prerrogativas e desagravos públicos.

O colegiado tem 40 conselheiros titulares e 45 suplentes.

 

Comunicação OAB/DF 

Foto: Valter Zica