A Comissão de Direitos Sociais da OAB/DF esteve presente na tarde de quarta-feira (11/05) na Penitenciária Feminina de Brasília, também conhecida como Colmeia. Os membros da comissão cobraram a melhoria do serviço de alimentação e visitaram as obras de ampliação do presídio, que trarão melhorias às internas. A presidente da comissão, Francisca Aires, disse que as reformas darão mais dignidade à vida das mulheres. “Nosso trabalho na OAB/DF também é resgatar a cidadania dessas mulheres. Para nossa comissão, o ser humano está sempre em primeiro lugar. Essas mulheres erraram, mas estão pagando sua dívida com a sociedade, e o que nós devemos fazer é mostrar que elas não estão sozinhas”, afirma Francisca. A Ala de Tratamento Psiquiátrico (ATP) do presídio será ampliada. Serão seis novas celas, três delas individuais para repouso, em casos especiais, e três coletivas. Cada cela terá 25m², com seis beliches e capacidade para onze internos. A reforma resolverá o atual problema de superlotação da ala. Dois blocos abandonados há 25 anos também serão reformados. O novo prédio receberá toda a parte administrativa do presídio, o que facilitará a burocracia interna. No subsolo do edifício serão feitos novos alojamentos destinados às internas com o benefício de saída, que retornam ao presídio apenas para dormir. Um novo pátio também será construído, além de uma biblioteca e um auditório. Segundo a diretora da Penitenciária Feminina, Deuselita Pereira, que está no cargo há dois anos, a verba para a reforma sairá do Fundo Penitenciário, gerido pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da Justiça. A liberação do dinheiro contou com ajuda da OAB/DF para destravar projeto e viabilizar o repasse dos recursos para o Distrito Federal. Deuselita explica que foram repassados R$ 1 milhão, o que, segundo ela, não é suficiente. “Para baratear a obra, fizemos uma parceria com o Uniceub, em que os alunos do curso de Engenharia darão todo suporte técnico. A mão-de-obra será de internos. As obras já começaram, e até dezembro queremos os dois blocos funcionando “. Durante a visita, a Comissão de Direitos Sociais doou às internas 24 dúzias de sabonete, 30 pares de sandálias brancas e roupas usadas. A diretora da penitenciária solicitou o auxílio da comissão para a arrecadação de roupa íntima branca. “Elas têm muitas dificuldades porque a maioria das famílias não traz roupa íntima nem o Estado fornece. As contribuições da OAB/DF têm sido essenciais para a nossa rotina de trabalho. As internas têm muitas carências, recebem poucas visitas, e a maioria sequer recebe roupa da família”, disse Deuselita. Reportagem – Priscila Gonçalves Foto – Valter Zica Assessoria de Comunicação – OAB/DF