Brasília, 9/10/2015 – A OAB/DF promoveu nesta quinta-feira (8) a terceira edição do Dia de Formação do Jovem Advogado. O encontro, organizado pela Comissão de Apoio ao Advogado Iniciante, teve como foco instruir os novos advogados acerca das questões estruturais da Ordem, além de oferecer palestras sobre temas específicos que permeiam as práticas da profissão.
O conselheiro seccional e presidente da Comissão, Camilo Noleto, realizou a abertura do evento e falou sobre as dificuldades enfrentadas pelo advogado no começo da carreira. “O advogado não nasce pronto. Não pensem que o sucesso vem logo após o recebimento da carteira. É um trabalho construído a longo prazo. A advocacia é extremamente difícil, porém muito prazerosa. Tenham paciência”.
Ao falar a respeito do apoio fornecido pela instituição àqueles que estão iniciando sua jornada profissional, Camilo ressaltou como é importante para os jovens advogados se engajarem nos assuntos da Ordem. “A OAB é o lugar certo para se relacionar com os colegas de profissão, fazer contatos e trocar ideias. Essa casa é nossa, não deixem de frequentá-la”, concluiu. Luciana Azevedo, conselheira do Conselho Jovem, disse que o curso foi pensado pela Comissão para complementar a entrega de carteirinhas dos novos advogados e também para aproximá-los da Ordem. “Assim, damos a eles ferramentas que possam ajudá-los à ingressar na profissão mais capacitados a identificar oportunidades de se destacar no mercado e fortalecer a advocacia”, afirmou Luciana. A membro da Comissão do Jovem Advogado Marcela Furst Signori Prado também compôs mesa e foi uma das organizadoras da terceira edição do evento.
O ouvidor da Seccional, Paulo Alexandre Silva, iniciou o painel de palestras da manhã e expôs o funcionamento e a finalidade dos órgãos que integram a OAB/DF. Paulo Alexandre explicou como se dão os processos do Conselho Pleno, a formação das comissões, os serviços prestados pela FAJ e cursos da ESA. O ouvidor também esclareceu as funções da Caixa de Assistência e deu destaque aos convênios e benefícios que são fornecidos pela entidade.
A segunda palestra do dia ficou a cargo do presidente do Tribunal de Ética e Disciplina (TED) da casa, Erik Bezerra. Erik discorreu sobre a conduta que os advogados devem assumir durante o exercício da profissão para evitar infrações éticas. Dentre os exemplos citados pelo presidente do TED estavam presentes o estabelecimento de regras contratuais claras, o respeito aos prazos processuais e o não-exercício da advocacia em conjunto com outras atividades.
Erik Bezerra também descreveu a estruturação do TED e como é feito o julgamento dos processos éticos e disciplinares encaminhados ao Tribunal. Ao final da palestra, ele abordou o tema da proibição à propaganda que é imposta aos advogados.
“Diferente dos Estados Unidos e outros países, no Brasil é terminantemente proibido aos advogados fazerem qualquer tipo de propaganda para promover seus serviços. Nossa atuação é técnica, não vendemos produtos comerciais. A melhor propaganda que podemos fazer é demonstrar que temos competência profissional”.
Para falar sobre publicidade e marketing jurídico, o professor Fernando Alves, disse que para obter sucesso na advocacia é preciso buscar o aperfeiçoamento na profissão. “A escolha de uma especialidade é o primeiro passo para que o advogado possa defender o rumo de sua empresa e ter sucesso na carreira”.
Alves deu dicas de marketing jurídico para os jovens advogados. “É preciso ter bom senso, principalmente no ambiente online. O marketing jurídico proporciona ao advogado uma nova oportunidade de divulgação do seu trabalho”, disse.
O procurador de Prerrogativas, Mauro Lustosa afirmou que para que as prerrogativas sejam respeitadas, o envolvimento dos advogados com a defesa dessa causa é imprescindível. “Cada um de nós advogados têm o dever de lutar pela garantia de suas prerrogativas. Ao jovem advogado fica a convocação, a cada violação de prerrogativas reaja imediatamente com altivez, firmeza e repúdio”. Ana Ruas, também procuradora de prerrogativas, afirmou que as prerrogativas não são “regalias infundadas”, mas sim garantias fundamentais que preservam a plenitude da defesa. “Essa autonomia, independência e igualdade de poderes é uma luta diária de cada militante do Direito, que deve buscar a valorização e dignificação da advocacia incessantemente”, disse. “Somente alcançaremos a respeitabilidade merecida pela advocacia quando não houver silêncio quanto as violações sofridas”, completou Ana.
Por fim, o advogado Alberto Araújo motivou os jovens advogados a empreender. “Não resta qualquer dúvida, que o advogado deve empreender e abrir o seu próprio escritório. E como todo negócio, o escritório de advocacia precisa ter um plano de negócios. O primeiro passo para a gestão de um escritório de advocacia é fazer um planejamento”.
Segundo ele, para que o advogado possa captar clientes ele deve ampliar a sua rede de relacionamentos e realizar o networking, investir em marketing pessoal e profissional e ter dedicação integral na advocacia.
Comunicação social – jornalismo
OAB/DF