Brasília, 17/02/2012 – A OAB/DF perdeu nesta sexta-feira (17/02) um de seus mais ilustres membros, o ministro Maurício Corrêa, aos 77 anos. O combativo advogado e intransigente defensor dos direitos constitucionais foi um dos responsáveis pela consolidação da “mais democrática e ativa entidade de classe do país”, como ele próprio definia a entidade.
“Mauricio Correa foi o maior líder da advocacia brasiliense e o presidente que mais lutou pelo advogado. Por ser sério, probo, independente e preparado foi guindado aos maiores postos da República. Seu exemplo de homem público é inspirador para mim, e seus conselhos ficarão para sempre registrados na minha memória”, disse emocionado o presidente da OAB/DF, Francisco Caputo, ao ser informado da morte de Corrêa.
Maurício Corrêa nasceu em São João do Manhuaçu/MG, em 1934, e em 1961 veio para Brasília, onde montou escritório especializado em Direito Comercial e Direito Civil. Sua vida está atrelada à história política do Distrito Federal, especialmente ao momento institucional mais difícil vivenciado pela população, quando a OAB passou a ser vista como a entidade brasileira mais democrática na defesa dos direitos constitucionais.
Corrêa foi conselheiro da OAB/DF de 1975 a 1986, ocupando a vice-presidência da entidade de 1977 a 1979 e exercendo a presidência por quatro mandatos consecutivos, de 1979 a 1987. À época, criou uma comissão permanente de defesa dos direitos humanos, especialmente para defender os que sofriam perseguição por parte do regime militar, abrindo as portas da entidade para todos. Chegou a ser ministro do Supremo Tribunal Federal, local onde será velado seu corpo a partir das 10h de sábado (18/02), no Salão Branco.
É inegável a magnífica contribuição desse ilustre advogado na defesa dos direitos humanos, da cidadania e das liberdades democráticas, o que muito orgulha a OAB e toda a classe. A advocacia do DF perde esse brilho, mas jamais perderá o componente da história que ficará gravado para sempre na Casa à qual ele doou e dedicou significativa parte de sua vida.
Reportagem – Helena Cirineu
Foto – Alan Marques/Folhapress
Comunicação Social – Jornalismo
OAB/DF