A Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF), por meio da Comissão de Prerrogativas e da Comissão da Mulher Advogada, está acompanhando o júri de Marinésio da Silva, réu que pode ser condenado a 40 anos de prisão por homicídio quintuplamente qualificado da advogada Letícia Sousa Curado de Melo, que foi morta ao reagir a uma tentativa de estupro.
“Esperamos que justiça seja feita e conforte o coração da família de uma advogada, que poderia ter um belo profissional pela frente, caso não fosse vítima desse crime bárbaro”, comentou o presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Jr.
“Marinésio cometeu um crime brutal por não admitir uma negativa de uma mulher. Isso precisa acabar! A mulher pode dizer não! O respeito à dignidade da mulher é fundamental para acabarmos com esse tipo de crime. A OAB vem acompanhando o caso desde 2019, por meio da Comissão da Mulher e da Comissão de Prerrogativas. E agora acompanha o julgamento deste crime bárbaro, e esperamos que ele seja punido exemplarmente na forma da lei”, Nildete Santana de Oliveira, presidente da Comissão da Mulher Advogada.
Em setembro de 2019, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou Marinésio com qualificadoras: feminicídio, motivo torpe, meio cruel, dissimulação e crime praticado para assegurar impunidade de outro delito. Ele também responde por tentativa de estupro, furto e ocultação de cadáver. Depois da sua prisão, foram identificadas outras 18 vítimas.
Letícia tinha 26 anos era funcionária terceirizada do Ministério da Educação e deixou um filho de 3 anos. “A condenação é o desfecho de uma luta. O culpado é um indivíduo perverso e desumano, que um dia após matar minha filha seguia sua rotina levando aparelhos para uma festa de aniversário em família. Só nos resta lutar por justiça, porque o que mais queríamos não é mais possível, que era Letícia viva”, lamentou a mãe de Letícia Curado, Kenia Sousa em entrevista ao Metrópoles (leia aqui).
Comunicação OAB/DF com informações de Metrópoles