Redação Mais Comunidade 01/05/2012 às 09:02
Após mais de 3 horas de reunião na sede da OAB/DF nesta segunda-feira (30/04), as negociações entre os professores e o GDF tiveram grande avanço. Os representantes do governo concordaram com os termos do documento apresentado pelo presidente da Ordem, Francisco Caputo, e pelo reitor da Universidade de Brasília, José Geraldo de Sousa Júnior. O Sindicato dos Professores e os representantes da CUT também demonstraram boa vontade quanto às propostas e as submeterão à categoria, que inicia hoje a votação nas regionais de ensino. A decisão final será na quarta-feira (02/05), em assembleia geral dos professores, às 9h, na Praça do Buriti. Também participaram da reunião os secretários da Administração, Vilmar Lacerda, e da Educação, Denílson Bento, os deputados federais Roberto Policarpo e Érika Kokay e o deputado distrital Wasny de Roure.
Os professores do DF se encontram em greve há 50 dias. Com o impasse nas negociações entre o governo e a categoria, a OAB/DF e a UnB foram chamadas pelas bancadas parlamentares distrital e federal do DF para, juntas, formarem uma comissão de mediação, visando a reabrir o diálogo e a encontrar a solução para o fim do movimento. Segundo Francisco Caputo, a reunião foi bastante significativa. A comissão elaborou um documento com a preocupação de atender tanto aos interesses do governo como aos dos professores. “Fizemos reuniões no sábado e no domingo com o GDF e com os professores. Avançamos muito e nossa expectativa é de que as propostas sejam aceitas e que os professores retornem às salas de aula”.
Se as propostas forem aprovadas pelos professores, a greve terminará na própria quarta-feira e as aulas serão retomadas imediatamente. Se isso acontecer, na quinta-feira haverá uma reunião na Secretaria de Educação para a definição do calendário de reposição das aulas.
Ao mediar as negociações, Caputo disse reconhecer o inalienável direito de greve de todos os trabalhadores. Mas tenho a certeza de que muito melhor que a greve é conseguirmos o atendimento das justas reivindicações e colocar os professores de volta aos lugares onde se sentem mais à vontade: nas salas de aula”. Segundo ele, foi muito importante participar das negociações ao lado da UnB e das bancadas do DF. “É o reconhecimento do papel histórico da OAB/DF na busca de soluções democráticas que atendam aos interesses da sociedade”.