Um dos últimos painéis da Conferência da Mulher Advogada, realizada na sexta-feira (17), abordou os desafios da advocacia. A conselheira federal Carolina Petrarca presidiu painel que teve como lema: inspire-se com quem não se abate.
Na abertura, Carolina Petrarca destacou que o objetivo do painel era dizer que “a advocacia é sempre a melhor escolha”, ao destacar o que a levou a seguir a profissão. “Advocacia requer foco, estudo e determinação. Se este for o seu sonho, não deixe ninguém tira-lo. Assim você vai contribuir para um mundo melhor”, disse Carolina.
A relatora do painel, a advogada e membro do Conselho Jovem, Marcela Furst contou sua experiência na advocacia. “A gente não pode desistir. Todas as dificuldades que eu passei não foram poucas. Para você vencer, tem que lutar. Não é frente a qualquer dificuldade que você vai se abalar”.
Em seguida, a ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Assusete Magalhães deixou algumas reflexões da caminhada da mulher na sociedade. Ela falou sobre as mudanças ocorridas na sociedade e sobre mulheres pioneiras e visionárias que abriram caminho para muitos dos direitos adquiridos hoje. “Tenho a firme convicção de que a trajetória de vida dessas mulheres pioneiras demonstra que as suas conquistas não foram obra do acaso, foram fruto de trabalho árduo e perseverante”, disse.
“É importante que a luta continue. Espero que o exemplo e a história de vida dessas mulheres sirvam de inspiração no presente e no futuro para que as mulheres ocupem mais espaços para que, juntamente com os homens, possamos contribuir para a formação de uma sociedade coletiva mais igualitária”, completou a ministra Assusete.
Em seguida, a advogada Ana Carolina Magalhães, que é filha da ministra, afirmou que sua mãe a ensinou desde cedo que é possível, sim, haver igualdade de condições entre homens e mulheres. “Ela sempre sonhou em ser magistrada, mas nunca imaginou usar a toga de ministra do STJ”, disse a advogada ao contar a trajetória profissional e pessoal de sua mãe.
“Ocupar uma cadeira no STJ é um sonho alimentado por muitas pessoas, mas quando é uma mulher o significado extrapola a conquista pessoal e avança na ruptura do padrão masculino historicamente estabelecido. Dar visibilidade a trajetórias de mulheres que ocupam cargo de poder é importante para motivar a mulher a percorrer tal caminho e para motivar a superação de preconceitos históricos quer perduraram por séculos na sociedades, preconceitos ainda expressos. A ocupação de espaços de poder é, sim, possível”, destacou Ana Carolina.
Janine Massuda, conselheira Seccional e presidente da Comissão de Direito Imobiliário e Urbanístico, afirmou que a grande luta da mulher é para ocupar espaços. “Não estamos querendo tirar o espaço de ninguém, mas construir um espaço conjunto. É muito bom ter esse espaço de interlocução. A mulher também pode ser protagonista da sua própria história. Somos guerreiras e combativas”.