Na tarde desta terça-feira (27), o projeto Seccional Itinerante chegou até o Banco de Brasília (BRB). Na ação, a Seccional leva ao jurídico das empresas públicas os serviços que normalmente só são oferecidos na sede da OAB/DF, tais como protocolo, tesouraria e certificado digital. A Caixa de Assistência dos Advogados é parceira do projeto e também leva serviços como engraxate, manicure, ótica, cabeleireiro, teste de glicemia e aferição de pressão. Os principais pleitos levantados pelos advogados foram com relação às prerrogativas e ao Processo Judicial Eletrônico (PJe).
Juliano Costa Couto, presidente da Seccional, destacou que o projeto nasceu para chegar até toda advocacia do DF, independentemente de onde trabalhe, para acompanhar de perto suas demandas e tentar solucioná-las. “Entendemos que o jurídico de uma empresa estatal são os olhos da confiança da administração. A advocacia é que enfrenta os dissídios coletivos e luta pelos direitos do povo”, considerou.
Durval Garcia Filho, consultor jurídico, agradeceu em nome dos assessores a visita. “Vemos como muito importante essa aproximação para, junto com a entidade de classe, tentar resolver assuntos que normalmente são objetos de discussão”, disse.
André Davi Rossetto, presidente da Associação dos Advogados do BRB, ressaltou que a principal ajuda do projeto é a solução de temas que afetam o dia a dia, como o controle de ponto. “Essa vinda da OAB/DF até aqui vai aproximar tanto a Seccional quanto a Associação para que juntos com a direção do banco possamos construir um modelo satisfatório a todos”.
Segundo o advogado Bernardo Machado, alguns advogados ainda sentem desconforto no que diz respeito ao controle de ponto. “Nós estamos trabalhando em uma profissão que está regulamentada na Constituição Federal, que tem um órgão de classe independente e queremos diálogo. Fica parecendo que eu não quero bater ponto, mas na verdade não sou eu, minha classe definiu isso, então ter a OAB/DF aqui para respaldar nossas prerrogativas é muito importante”, avaliou.
O advogado Ricardo Bastos concordou com o companheiro. “Eu acho que a OAB/DF vir aqui ajuda muito nesse sentido para firmar que somos uma classe só”, disse ao se referir à advocacia pública e privada. “Ninguém quer fazer nada de errado, é muito importante receber este apoio”, concluiu
“Nós temos experiência positivas nesse sentido e a OAB/DF tentará fazer esse diálogo de forma independente e segura”, garantiu Costa Couto ao responder o pleito dos advogados. “A liberdade e a independência da advocacia não combinam com o ponto eletrônico”, concluiu o presidente
Estiveram presentes na visita o conselheiro seccional, Antonio Rodrigo Machado e o procurador de prerrogativas Mauro Lustosa.