Durante a manhã desta sexta-feira (18), ocorreu o seminário nacional de combate à LGBTfobia, no Plenário José Gerardo Grossi, na Seccional da OAB do Distrito Federal (516 Norte). O evento, que foi organizado pela Comissão de Diversidade Sexual, é resultado de uma parceria da OAB/DF com alguns representantes do Conselho Nacional de Combate à Discriminação de LGBT (CNCD/LGBT) e do Ministério dos Direitos Humanos.
Os assuntos abordados no seminário foram os desafios da educação no combate à LGBTfobia, a invisibilidade das Lésbicas, Bissexuais e Transexuais e a violência de gênero no país.
A abertura do evento foi feita pela presidente da comissão, Priscila Moregola, que agradeceu a presença do público e se colocou à disposição do conselho para difundir o assunto por meio de eventos na Casa.
“Eu gostaria de falar que é um prazer ter todos aqui. A OAB/DF está sempre disponível para tudo que o conselho precisar e se coloca à disposição para qualquer evento que vocês quiserem fazer aqui”, disse.
O secretário-geral adjunto da comissão, Rodrigo Camargo, abordou o fato de a juíza da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, Leila Cury, ter negado, nesta quinta-feira (17), o habeas corpus para que 11 presas provisórias declaradas transexuais femininas ou travestis ficarem em estabelecimento prisional feminino em respeito à identidade de gênero. Para ele, o debate é muito importante para analisar a realidade da população LGBT.
“O que estamos passando é uma patologia da nossa sociedade. Esse debate é o que fortalece o nosso dia a dia para que a gente consiga caminhar adiante. Nós estamos num jogo diário dentro da busca de tirar esses estigmas da população LGBT”, explicou.
Para o presidente do CNCD/LGBT, Washington Dias, o evento representa um marco para a população LGBT na conquista de espaço na sociedade.
“É muito satisfatório poder proporcionar mais um dia de luta nesse espaço e saber que estamos tendo atuação boa com a participação de todos conselheiros para tornar a sociedade cada vez mais fortalecida, livre do preconceito, do racismo e da intolerância”, ressaltou.
De acordo com a coordenadora-geral do conselho, Kátia Guimarães, ainda há muito para ser feito na garantia de conquistas.
“Ainda temos muito para evoluir porque hoje essa população está com muitas restrições do ponto de vista social no cenário político. Temos que agir em conjunto para que atuarmos nos demais enfrentamentos à população LGBT”.
Também fez o uso da palavra a diretora de promoção dos direitos de LGBT, Marina Reidel, que falou da necessidade dessa população se aliar ao Direito para garantir as normas jurídicas de identidade impostas.
“O Direito sempre nos é solicitado e é importante a gente pensar para além. O Brasil inteiro está promovendo eventos que pautam a nossa política e isso é significativo porque há alguns anos não era possível sequer mobilizar esse tipo de ação”, afirmou.
O vice-presidente da Comissão de Diversidade Sexual, Ricardo Sakamoto, também compôs a mesa de abertura do evento.