Em sessão extraordinária, o Conselho Pleno da OAB/DF outorgou nesta segunda-feira (26) a medalha Myrthes Campos, a mais alta comenda da advocacia, como reconhecimento aos relevantes serviços prestados à Justiça e ao Direito.
Foram homenageados a advogada-geral da União, ministra Grace Mendonça; a ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luciana Lóssio; a desembargadora Federal, Maria do Carmo Cardoso; a juíza do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) Rejane Jungbluth Suxberger; a delegada da Delegacia Especial de Atendimento a Mulher, Sandra Gomes; as advogadas Maricí Giannico, Maria Claudia Araujo, Ana Ribas, Saba Macedo; a co-fundadora do Sabin, Janete Vaz (representada por Lidia Abdalla, presidente executiva do Sabin); o assessor legislativo da Câmara dos Deputados, Claudio Lima e a professora Maria Cristina Barreiros.
Juliano Costa Couto, presidente da OAB/DF, observou que este foi um dia de glória e alegria para a Seccional, Casa da democracia. “É com alegria que o sistema OAB se esforça para ter cada vez mais a representação significativa de mulheres nos nossos quadros. Aqui na OAB/DF o lugar da mulher é onde ela quiser”, enfatizou o presidente.
A vice-presidente da Seccional, Daniela Teixeira, parabenizou os homenageados e disse estar emocionada com a cerimônia. “Com o exemplo de Myrthes, a primeira advogada do Brasil, homenageamos hoje grandes juristas que nos enchem de orgulho e nos inspiram sempre. Uma noite feliz e de reencontros com grandes personalidades que ajudaram e ajudam as advogadas brasileiras nos dando exemplos de perseverança e busca da justiça. Foi uma linda noite para esta Casa”.
Ibaneis Rocha, diretor da OAB Nacional e conselheiro federal, lembrou que em sua gestão instituiu o mínimo de 30% de mulheres em todas as Comissões e incentivou o ingresso e a participação delas na Casa. “Este ato contribuiu para que o Conselho Federal criasse a sua própria cota de gênero”, observou.
Ibaneis ressaltou ainda que a Seccional trabalha para a inclusão de mulheres nos quadros da Ordem. “Nós não queremos uma cota fictícia, nós queremos que as mulheres ocupem os lugares que desejarem na instituição”, concluiu.
Cristina Alves Tubino, presidente da Comissão da Mulher Advogada e conselheira seccional, foi a relatora do processo na sessão do Conselho Pleno. Após refletir sobre a trajetória de Myrthes no ingresso da política, Cristina enfatizou que “todas as vezes que tentarem calar nossa voz ou nos despertarem a vontade de desistir, olhemos para histórias como a dela e sigamos em frente”.
A trajetória profissional de Myrthes teve início em 1899 como defensora no Tribunal do júri. Na época, era impensável que uma mulher pudesse construir uma carreira e se sustentar fora do casamento. Nascida em Macaé (RJ), Myrthes sofreu preconceito da sociedade e da própria família, mas não se intimidou e trilhou a carreira com muito sucesso.
Todos os homenageados tiveram direito a fala para agradecer a outorga. Primeira a falar, a advogada-geral da União, ministra Grace Mendonça, ao receber a medalha, disse que Myrthes fez do não a força motivadora para romper barreiras e abrir portas. “Ela esteve a frente de seu tempo e nós temos que agradecê-la. Recebo essa medalha em nome de todas as mulheres que vivem sob o jugo da exclusão. Rogo para que elas também transformem o não em sim, como fez Myrthes Campos”, disse.
Entregaram as medalhas às homenageadas a conselheira e presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem da OAB/DF, Maria Dionne; a vice-presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/DF, Thayrane da Silva; a conselheira e presidente da Comissão de Direito das Famílias da OAB/DF, Liliana Marquez; a presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/DF, Cristina Alves Tubino; o presidente da OAB/DF, Juliano Costa Couto; a vice-presidente da OAB/DF, Daniela Teixeira; a presidente da Comissão Especial de Combate à Violência Familiar da OAB/DF, Lucia Bessa; o secretário-geral adjunto da OAB/DF, Cleber Lopes; o diretor-tesoureiro, Antonio Alves; a conselheira seccional, Cristiane Damasceno; o diretor-tesoureiro da Caixa de Assistência dos Advogados, Marcelo Lucas e o conselheiro da OAB/DF, Ronald Barbosa.
Os presentes fizeram um minuto de silêncio em homenagem à vereadora Marielle Franco, incansável defensora dos Direitos Humanos, que foi assassinada covardemente na cidade do Rio de Janeiro, no último dia 15.
Também foi homenageada na cerimônia, Juliana Roberta Bezzerra, que faleceu este mês. A moça lutava contra a leucemia e demonstrava muita vontade de se tornar uma advogada. No hospital, Juliana recebeu o grau de bacharel. Na cerimônia, seu filho, Wilgner Venâncio, e seu marido, Wagner Venâncio, receberam uma condecoração em seu nome.
Para Daniela Teixeira, seu esforço também serve de exemplo a todas as advogadas do Brasil. “Me emocionei muito com o exemplo da jovem bacharel Juliana, que em seu último dia nos mostrou que devemos sempre buscar a paz, a justiça e os valores maiores da advocacia”, enfatizou.
Compuseram a mesa a diretoria da OAB/DF, o presidente, Juliano Costa Couto; a vice-presidente, Daniela Teixeira; o secretário-geral adjunto, Cleber Lopes; o diretor-tesoureiro, Antonio Alves; o conselheiro federal e diretor da OAB nacional, Ibaneis Rocha; o conselheiro federal, Severino Cajazeiras; o secretário-geral da CAADF, Maximiliam Patriota; o diretor-tesoureiro da CAADF, Marcelo Lucas; a diretoria da Comissão da Mulher Advogada, a presidente, Cristina Alves Tubino; a vice-presidente, Thayrane da Silva; a secretária-geral, Andreia Lima; a secretária-geral adjunta, Rubia Gonçalves; a presidente da Comissão Especial de Combate à Violência Familiar da OAB/DF, Lucia Bessa; a secretária adjunta de políticas para as mulheres, igualdade racial e direitos humanos, Joana D’arc e a diretora executiva da Associação Brasileira de Advogadas (ABRA), Deirdre Neiva.
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