Entrega de carteiras: Advogados são “desbravadores do equilíbrio social”

Brasília, 27/8/2014 – O presidente da OAB/DF, Ibaneis Rocha, acompanhado do vice-presidente Severino Cajazeiras, da diretoria e dos conselheiros seccionais presidiu, nesta terça-feira (26), as duas cerimônias de entrega de carteiras da Ordem aos novos advogados, na sede da OAB. A solenidade lotou o auditório da Seccional, que contou com a presença de familiares e amigos dos novos profissionais.

Na primeira cerimônia, o orador Ariel Sangaletti Lima Bezerra atribuiu à atividade profissional da advocacia uma conquista colaborativa. “Hoje, nós aprovados no Exame da Ordem podemos bater no peito e dizer que essa conquista se deve a colaboração de muita gente, mas não a favor de ninguém”, ponderou.

carteira (60)O paraninfo na primeira solenidade, Fernando de Assis Bontempo conselheiro e presidente da Comissão de Fiscalização de Concurso Público, se dirigiu aos novos colegas, lembrando-os do compromisso não apenas com os presentes, mas também com a sociedade. “A partir de hoje, os senhores compõem uma esquadra de profissionais que são verdadeiros baluartes da democracia. Sim, os senhores e senhoras são indispensáveis à administração da justiça”, falou.

Ibaneis Rocha, presidente da Seccional, ressaltou o compromisso do novo advogado perante os anseios e expectativas com a sociedade. “Vocês hoje, recebem essa procuração da sociedade brasileira. Que é construída de todo esse esforço de cada uma das pessoas que estão aqui e daquelas que não puderam estar e com o esforço institucional que a Ordem se faz. Essa aqui é a nossa casa, em que se constrói a democracia. A ordem sempre esteve ao lado dos movimentos democráticos e dos movimentos sociais”, conclui.

Como oradora da turma, Jaqueline Nila Tirotti, discursou sobre a responsabilidade que os novos advogados têm a partir de agora. “A partir de hoje, o profissional advogado, passa a proteger efetivamente os direitos de todas as pessoas que residem ou passam no nosso país. Você assume o compromisso de estar sempre atento aos Direitos Humanos e direitos existenciais”, afirma.

Na segunda cerimônia, o paraninfo da turma, Renato Manoel Duarte Costa, mestre em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco. Atualmente é professor da Universidade Católica de Brasília e integrante da banca de exame de ordem da OAB direcionou aos mais novos advogados à prestação de compromisso e deveres com a cidadania. “Cabe a vocês, a responsabilidade de continuar dignificando a advocacia e esta instituição. Novos advogados, não desprezem a experiência dos veteranos. Ele tem muito a ensinar. Vocês são desbravadores do “fazer justiça”, do equilíbrio social. Se ainda, não são veteranos, são vocacionados para o ofício da advocacia. São intérpretes entre a parte e o Estado. Exerçam essa função de forma competente e honesta”, disse.

Confira abaixo as ideias dos oradores das duas turmas sobre seus planos, expectativas e metas na nova jornada profissional:

entrega carteiras 26-08-2014 027Ariel Sangaletti Bezerra

Por que você escolheu ser advogado?
Eu escolhi ser advogado por espelho familiar e tino pessoal de defesa e solidariedade.

Como você se vê daqui a 10 anos?
Daqui a dez anos, me vejo com muita fé e espero estar em um posição social muito boa. Se Deus quiser, gostaria de estar representando o Brasil e os advogados em uma posição no Executivo.

Para você, qual o papel da Ordem na sua jornada profissional?
Se não fosse a Ordem dos Advogados do Brasil, talvez a produção de advogados hoje estaria ameaçada. Graças, ao nosso espaço constitucional, nós ainda temos um reconhecimento perante a nação e graças aos nossos membros da Ordem, nós temos um respaldo político e social para que nós possamos continuar a história dos patronos do nosso país.

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Jaqueline Nila Tirotti

Por que você escolheu ser advogado?
Pois sou idealista, e tenho o sonho de ajudar as pessoas e os animais. Assim, escolhi pelo direito, por acreditar que é a área onde mais tenho familiaridade. Também, não posso esquecer da minha falecida mãe, advogada Luciene Nila Peixoto, que sonhava em ter uma filha na carreira jurídica. Confesso que o amor por ela me deu forças para chegar até aqui.

Como você se vê daqui a 10 anos?
Daqui a 10 anos, espero ter auxiliado em causas sociais, sempre defendendo o direito dos seres humanos e dos animais, os quais nutro muito amor. Pois acredito que nós só podemos ser completamente felizes quando obedecemos a nossa consciência.

Para você, qual o papel da Ordem na sua jornada profissional?
Espero um dia ter a honra de figurar a Comissão de Direito dos Animais da OAB/DF, pois a causa animal precisa de mais ativistas dentro do Direito para lutar por leis mais severas, contra a crueldade.

Texto – Sussane Martins
Imagens – Valter Zica
Comunicação social – jornalismo
OAB/DF