Ciclo de palestras de mediação: ética e relações de consumo são temas de debate

 

A mediação como forma de resolver conflitos vem se mostrando muito eficiente e por isso a Comissão Especial de Mediação criou um ciclo de palestras para esclarecer e debater o tema. Além de ser um procedimento célere, o método tem como característica principal a satisfação de ambas as partes. Neste encontro foram debatidos a ética e as relações de consumo.

A primeira palestrante, Ivanilda Fernandes, advogada conciliadora e mediadora, falou sobre a ética na mediação de conflitos. Para ela é necessário ter atitude e vontade para escolher a opção que resolva mais harmoniosamente o problema, assim, por meio da mediação “busca-se uma sociedade mais justa e humana”, disse.

“Nós temos a responsabilidade de fazer o uso da ética. Assim faremos com que as partes conflitantes possam refletir para retomar ou rever seus posicionamentos diante dos problemas e até mesmo repensar as atitudes diante da vida”, concluiu.

Sandra Montenegro, advogada e mediadora, falou sobre a mediação de conflitos nas relações de consumo. Sandra contou que costumava atuar fundamentalmente como advogada litigante, porém, hoje em dia, percebe que, em diversas situações, a mediação pode ser mais eficiente e trazer mais tranquilidade para os envolvidos no conflito.

“A participação do advogado na mediação é fundamental e não se confunde com a do mediador, pois é dele a função de aconselhamento jurídico e de auxiliar na identificação de mais opções disponíveis para se atender o interesse do cliente. O advogado pode gerar alternativas criativas para satisfazer o real interesse desse cliente e pode ajudar a restabelecer a boa relação de consumo”, esclareceu.

Segundo ela, “um bom advogado precisa estar atento às novidades na área de enfrentamento do conflito, pois além de já estarem previstas no Art. 334 do Código de Processo Civil, muitas vezes se apresentam como um caminho menos demorado, menos custoso e que muitas vezes oferecem mais efetividade ao acesso à justiça.”

Nesse sentido, alertou que “os advogados deveriam incluir cláusula específica de métodos adequados de solução de conflito, como mediação, assim como prever honorários de êxito obtido por intermédio desse procedimento em seus próprios contratos, pois se beneficiariam das vantagens de uma mediação, que inclusive possibilita desarmar os ânimos, não perder o cliente e também preservar a imagem pública dos envolvidos pela solução confidencial e efetiva de uma eventual controvérsia”.

Na palestra, a integrante da Comissão Especial da Mediação, Elidamaris Albrecht, foi presidente da mesa e dirigiu os trabalhos nesta segunda etapa.

O próximo encontro ocorrerá dia 30 de abril, acompanhe a página de eventos da OAB/DF para saber mais. Confira aqui o registro sobre a primeira palestra deste projeto.