Há 500 anos a Reforma Protestante, movimento reformista cristão, ganhava seu renomeio com Martinho Lutero (1483-1546), na Alemanha. O movimento se caracterizou por se opor a regras incitadas pela igreja católica. Foi o marco para dividir os assuntos políticos dos assuntos religiosos. Para debater os reflexos da reforma, a Comissão de Liberdade Religiosa promoveu evento, na segunda-feira (23).
O presidente da Comissão de Liberdade Religiosa, Laerte Queiroz, afirmou a importância da Reforma Protestante ao citar que ela não só marcou a religião cristã, mas toda a sociedade. “A Reforma foi importante para a liberdade religiosa como um todo, foi importante para a separação do Estado-Igreja, e também na questão do conhecimento, estudos e livros.”
O teólogo e advogado, Michel Augusto, trouxe ao evento a reflexão de que a Reforma leva uma participação global. “As pessoas ouvem o sermão na sua língua e além de ouvirem e entenderem, podem participar ativamente, elas comungam da mesa dos elementos do pão e do vinho.”
O professor e presbítero, Neemias Carvalho Miranda, observou um elemento importante vindo da Igreja Presbiteriana na colonização dos Estados Unidos. Os primeiros colonos da América do Norte saíram da Europa, seguindo a forma democrática da Igreja Presbiteriana em eleger seu presbítero. “Não houve ditador no inicio dos Estados Unidos, porque a Igreja Presbiteriana tomando como base o seu sistema de eleição do presbítero, e os presbíteros elegem os dirigentes da igreja, assim foi feito nas primeiras colônias americanas. Eles passaram a eleger indiretamente um presidente, não um imperador.”
O bispo JB Carvalho, pastor presidente da Comunidade das Nações, demonstrou seu respeito aos precursores da Reforma. “Estamos dando continuidade a esse espírito reformador e conservador da sociedade, a reforma não terminou e nós não temos visto quando vai terminar. Estamos aqui para celebrar o que aconteceu há 500 anos e queremos ser aqueles que têm os mesmos motivos que Lutero, Calvino e todos os que promoveram um tempo novo ao mundo”.
Também prestigiaram o evento e compuseram a mesa o presidente do conselho federal de liberdade religiosa, Felix Palazzo; o presidente da Subseção do Gama, Amaury Andrade; o desembargador do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE/DF), Jackson di Domenico.