O secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, se reuniu nesta quinta-feira (10/11), com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil/DF, Francisco Caputo, para conversar sobre o uso do “taser” por agentes do Detran. Participaram também da reunião o diretor do Detran, José Alves Bezerra, técnicos daquela autarquia e da Secretaria de Segurança.
Durante o encontro o presidente da OAB/DF ouviu a explicação por parte dos técnicos sobre a necessidade do uso do “taser” durante as operações de trânsito. Eles lembraram, por exemplo, que o uso desse tipo de equipamento segue, inclusive, orientação da Organização das Nações Unidas e que já existem mais de quinhentos mil “taser” vendidos em todo o mundo, doze mil só no Brasil. O uso desse equipamento já é comum por seguranças dos tribunais superiores, pelas polícias da Câmara e do Senado e inclusive, por empresas de segurança.
Ao final do encontro o presidente Francisco Caputo elogiou a decisão da Secretaria de Segurança Pública do DF de manter esse diálogo aberto com a sociedade para discutir o tema, bem como a preocupação da direção do Detran na elaboração do material técnico-científico que embasou a compra desse equipamento. “A OAB representa os interesses da sociedade. Não estou convencido sobre a necessidade do uso do “taser”, mas sai bastante impressionado com o conhecimento adquirido pelo Detran para moldar o processo para adquirir esse equipamento. Os argumentos do órgão são bastante interessantes”, disse Francisco Caputo.
Para o Secretário de Segurança o uso desse equipamento é necessário, já que aqueles agentes estão expostos diariamente ao risco em operações no trânsito. “É necessário raciocinar nos riscos dessas pessoas que estão nas ruas para garantir a nossa segurança. Existem vários vídeos e fotografias que mostram casos de violência e agressão contra agentes do Detran. Na execução de seu trabalho, além de motoristas violentos muitas vezes eles enfrentam situações em que impedem, também, a consumação de seqüestros, roubos de veículos e outros tipos de crimes”.
Na saída da reunião o presidente Francisco Caputo anunciou que a OAB vai realizar, até o final deste mês, uma audiência pública com a presença de parlamentares e outros representantes da sociedade para discutir o assunto.
Fonte: Correio de Santa Maria