A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados realizou na tarde desta quarta-feira (3) audiência pública com o objetivo de debater o Exame de Ordem da OAB como requisito para o exercício da profissão de advogado. Presente à audiência, o conselheiro federal da OAB/DF Esdras Dantas afirmou que o exame é de extrema importância para qualificar o profissional. Segundo Dantas, o advogado defende os direitos mais valiosos do cidadão – a liberdade e o patrimônio. “Caiu muito a qualidade de ensino das faculdades, é preciso uma qualificação da classe”, defende. “O aluno já entra na faculdade sabendo que ele sairá bacharel em Direito e só depois do Exame da OAB será um advogado”, completa. O conselheiro seccional Carlos Aureliano Motta participou da audiência a pedido da presidente da OAB/DF, Estefânia Viveiros. Ele diz que a OAB defende a permanência do exame e tem a intenção de aperfeiçoar o sistema. “Foi um debate muito bom, são opiniões diversas e todos tiveram a oportunidade de manifestar suas idéias”, disse. Presentes O Movimento Nacional dos Bacharéis em Direito (MNBD) é contra a realização do Exame de Ordem obrigatório. O argumento utilizado pelo movimento é de que o exame é difícil e por isso elimina muitos bacharéis. Além dos conselheiros, foram convidados para a discussão o vice-presidente da Comissão Nacional de Exame de Ordem da OAB, Dilson Lima; o integrante do Instituto dos Advogados de São Paulo Carlos Nina; o presidente e o vice-presidente do Movimento Nacional dos Bacharéis em Direito, Emerson Rodrigues e Ponce de Leão.