A Comissão de Igualdade Racial da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) realizou uma Roda de Conversa acerca do artigo “Setembro Amarelo – Suicídio em Interface com o Racismo Estrutural”. A experiência foi realizada através da plataforma online Zoom, no dia 29/9, e contou com os palestrantes Beethoven Andrade, presidente da Comissão de Igualdade Racial e Neusa Maria, ativista social e psicóloga, que ofertaram um debate frutífero ao tema. “É algo que, para nós, sempre tem um impacto forte, em decorrência da intensidade negativa que advém do racismo, mas essas rodas de conversa sempre se apresentam promissoras como um meio de enfrentamento a essa influência negativa que o racismo tem sobre a comunidade negra no Brasil”, afirma o presidente da Comissão de Igualdade Racial.
Beethoven e Neusa acreditam em um balanço sempre positivo, apesar da temática ser centralizada na dor e invisibilidade de toda uma população, as rodas de conversa representam a abertura de um futuro promissor porque há, a partir de momentos assim, um maior reconhecimento entre indivíduos que compartilham das mesmas vivências, e podem externalizar suas dores através de uma conversa curadora.
“Tratamos sobre o racismo, sobre como desde as leis da terra de 1850 não foram criadas medidas de inserção para a população negra, e como isso reverbera em nossa sociedade até hoje, século 21. A discussão desses pontos é importante porque precisamos entender”, pontua Neusa.
O debate foi centralizado no ato de enxergar o outro, como dito no artigo em que se baseia a roda de conversa. O diálogo é a existência dessa luta, poder ouvir os relatos dos membros da Comissão sobre suas histórias, o que precisaram passar e violências que foram impostos a sofrer é o ponto de partida para a compreensão do que o debate busca alcançar: a visibilidade negra.
Para os próximos passos dentro dessa temática, a Comissão deseja continuar o trabalho de zelar pela saúde mental da população negra através das campanhas que realizam e da conscientização sobre a necessidade do cuidado, atingindo o maior número possível de pessoas.
Texto: Rayssa Carneiro (estagiária sob supervisão de Esther Caldas)
Comunicação OAB/DF