Brasília, 02/05/2011 – O presidente da OAB/DF, Francisco Caputo, proferiu a palestra de encerramento da IV Semana Jurídica do Centro Universitário UDF, na sexta-feira (29/04), no auditório do edifício-sede da instituição. Caputo abordou o tema “Advogar: Um ato de Justiça” para um público de cerca de 100 estudantes de Direito.
Em tom informal transmitiu aos estudantes sua experiência como advogado militante e como dirigente da Seccional da Ordem. A intenção foi munir a audiência de conhecimentos sobre a realidade da profissão e contribuir para opção de carreira dos que chegam ao fim do curso. “A advocacia exige grande sacrifício pessoal e há percalços que podem desestimular seu exercício, como a saturação do mercado, mas é a profissão mais bela que há, e a médio e longo prazo há uma retribuição extraordinária”.
Disse ainda que sempre haverá espaço para o bom profissional, mas que este não pode abrir mão do aperfeiçoamento técnico. “Leis e interpretações estão em constante evolução. O entendimento das cortes é dinâmico e acompanha o desenvolvimento cultural, social e econômico. Na OAB/DF, temos contribuído para a atualização e o aprimoramento dos profissionais investindo muito na Escola Superior de Advocacia”.
Destacou também o desenvolvimento de áreas de atuação que ganham espaço no mercado como o Direito Eleitoral, cuja Justiça especializada é reconhecida pela celeridade. A área tem rendido bons ganhos aos advogados que militam nestas cortes.
Caputo teceu comentários sobre o Exame de Ordem, instituto que sofre críticas, mas que tem sua manutenção defendida pela OAB, além de ratificada por vasta jurisprudência. Ele comparou o modelo brasileiro com o de outros países cujos sistemas também impõem rigor para o exercício da advocacia.
Concluiu trazendo aos estudantes sua visão sobre a cultura da conciliação. “É uma ideia que deve ser difundida com vistas a desafogar o Judiciário e, até mesmo, como uma nova visão sobre a função social do advogado. No Brasil temos arraigada cultura da litigiosidade. O bom advogado é um profissional preparado para a briga nos tribunais, porém a realidade brasileira é bem outra. A Constituição garante ao cidadão entrar na Justiça para ver reconhecido o seu direito, mas ninguém saberá lhe afirmar quando ele sairá de lá”.
Ao fim da palestra, o presidente do Centro Acadêmico de Direito do UDF, Marcelo Rodrigues Magalhães, entregou uma placa em homenagem a Francisco Caputo pela sua contribuição ao sucesso da Semana Jurídica.
Reportagem – Demétrius Crispim
Foto – Valter Zica
Assessoria de Comunicação – OAB/DF