Mais de 300 pessoas lotaram o auditório da OAB/DF na noite de quinta-feira (15) para refletir sobre um tema vigente no Direito de Família. Os participantes assistiram ao lançamento do documentário A morte inventada e depois debateram o fenômeno da alienação parental. Assim é chamada a interferência promovida pelo pai ou pela mãe na formação psicológica da criança, quando um deles induz o filho a romper laços afetivos com um dos genitores. Normalmente, a alienação parental é provocada por vingança depois da separação conjugal. O documentário transmitido foi produzido pelo diretor e roteirista Alan Minas. Depois da exibição do longa, advogados, magistrados e psicólogos debateram o tema. O conselheiro seccional Rômulo Sulz conduziu a mesa de trabalhos. Segundo ele, o assunto é muito importante, pois na área do Direito de Família, promotores e juizes sempre focam suas decisões na criança. A alienação parental atinge o psicológico das crianças, que no futuro podem se tornar adultos problemáticos, afirma.O diretor do filme falou do seu motivo pessoal na produção da película. Alan Minas contou que há sete anos não consegue ver sua filha por causa de uma briga na Justiça com a mãe da menina. Resolvi agir dessa forma para tentar amenizar a dor, declara. O documentário consiste em depoimentos de adultos que sofreram algum tipo de manipulação de um dos genitores quando menores.Além do conselheiro seccional e do diretor, participaram da mesa e do debate o desembargador do Tribunal de Justiça do DF Arnoldo Camanho, a juíza da 1ª Vara de Família Ana Maria Louzada, o assessor da Secretaria de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça Tiago Macedo, o presidente da associação ParticiPais, Robison de Neves Filho, a psicóloga Sandra Baccara e a integrante da Comissão de Mediação e Arbitragem da OAB/DF Fabíola Orlando.