Na manhã desta quinta-feira (12), 52 novos profissionais prestaram juramento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), durante duas solenidades híbridas, presenciais no auditório revitalizado da Seccional do Distrito Federal (OAB/DF) e por plataforma virtual para quem não conseguiu comparecer ao prédio-sede, ambas com transmissão pelo canal do YouTube da Seccional do Distrito Federal (OAB/DF). Nas presenciais foram respeitados todos os protocolos para prevenir a contaminação por coronavírus.
Ambas as cerimônias foram comandadas pelo presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Jr, e foram prestigiadas pela diretoria da Casa, membros de Comissões e de Subseções.
Délio, no início das cerimônias, cumprimentou a mesa diretora, os novos advogados e advogadas, e seus familiares presentes na cerimônia. “É uma alegria muito grande pra mim poder realizar essa cerimônia aqui nesse auditório, ficamos um bom tempo sem poder utilizar, obviamente estamos tomando todos os cuidados necessários para que possamos, aos poucos e com segurança, voltarmos à nossa vida normal e partilhar de momentos como esse”, celebrou.
ORADORA
Luana Graziela Alves Fernandes, escolhida como oradora da turma, iniciou seu discurso cumprimentando a todos e falando sobre a alegria de poder estar ali e dos caminhos que trilharão. “Muito embora nossos caminhos sejam diferentes e únicos, o ingresso nos quadros da Ordem significa que todos nós devemos trilhá-los com lastro na verdade constitucional, na probidade e na ética, na desambição e na humildade. Não devemos confundir humildade com covardia, o papel do advogado e da advogada é justamente ser combativo, não se acovardar diante das injustiças e abusos cometidos por quem quer que seja, nisso, não há espaço para renúncia ou abdicação, como advogados e advogadas é nossa missão de vida servir à justiça”, disse.
A oradora finalizou fazendo um apelo para que os novos advogados e advogadas lembrassem sempre do juramento solene que firmaram hoje, e agradecendo pela oportunidade de fazer parte desse dia tão especial para todos.
PARANINFA
A advogada, conselheira e presidente da Comissão de Celeridade Processual, Magda Ferreira de Sousa, foi escolhida como paraninfa. Iniciou pedindo para que os formandos pensassem em suas famílias, nas trajetórias que enfrentaram juntos para que chegassem até aqui e depois pediu para que olhassem para seus familiares, e os aplaudissem.
A paraninfa contou sobre sua trajetória profissional, falou sobre a importância de todos os caminhos que trilhou, e exaltou a advocacia dizendo que ela “não é feita para pessoas não íntegras”. Magda destacou também a ética e a curiosidade frutífera dos novos advogados e advogadas.
Ela ainda falou sobre como é ser mulher na advocacia, e dos desafios que as novas advogadas certamente irão enfrentar. “Nós mulheres advogadas temos que lutar até um pouco mais, o mundo ainda persiste em ser machista e seguimos lutando para que ele mude. Mantenham suas cabeças erguidas” orientou.
Na turma de novos advogados e advogadas, uma nova profissional se destacava aos olhos da paraninfa. Magda, emocionada, falou do sentimento de orgulho de poder entregar a carteira da OAB para sua filha ali presente. E concluiu sua fala reforçando as palavras da oradora pedindo respeito, coragem, humildade e parceria.
ENCERRAMENTO
O presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Jr., saudou a todos dizendo que devem se sentir abraçados por essa Casa, e relembrou o dia em que recebeu sua própria carteira, exaltou a OAB/DF afirmando que “nós somos um templo da liberdade e da democracia e estamos aqui para defender a advocacia e a sociedade”, disse.
E completou dizendo que todas as grandes discussões da sociedade são feitas aqui dentro da Casa. “A gente se posiciona sim, erros e acertos fazem parte da vida, mas a gente não se omite. Costumo dizer que ao final da nossa gestão vão poder falar o que quiserem de nós, afinal ninguém pensa igual, mas não vão poder nos criticar por omissão ou falta de trabalho.”
O presidente comentou também sobre as dificuldades enfrentadas durante o período pandêmico, a reinvenção que se fez necessária para a sobrevivência da advocacia, e como a OAB/DF resistiu frente a isso. Ele finalizou comemorando a virada digital da OAB/DF, destacando as mudanças que aconteceram e pediu: “nunca percam esse brilho nos olhos, a advocacia é isso”.
O presidente da Subseção de Sobradinho, Márcio Caixeta, cumprimentou a todos e, em nome de todas as 13 subseções, expressou a felicidade de ver novos profissionais fazendo parte da Casa. Na oportunidade, destacou a qualidade dos serviços prestados nas subseções pela OAB/DF e pela Caixa de Assistência dos Advogados do DF (CAADF) para que a nova advocacia formada hoje possa desfrutar de todos os seus serviços.
Representando a jovem advocacia, Isabeli Ponte deu as boas-vindas aos novos colegas. “Quero fazer um convite especial às mulheres: venham, lutem pela advocacia. É uma profissão muito linda, mesmo com todos os seus desafios. Mulheres, participem! A profissão é desafiadora, principalmente no começo, mas sintam-se acolhidas pela nossa Casa. A OAB/DF está aqui à disposição de vocês”, convidou Isabeli.
Francisca Aires Leite, conselheira da OAB/DF, disse se sentir homenageada quando tem a oportunidade de participar de uma solenidade como essa, e fez um apelo: “Não desistam. Usem a palavra na hora certa, sem ofender, mas se imponham, vamos usar das nossas prerrogativas”, pediu, e finalizou desejando muita sorte a todos.
NOVOS ADVOGADOS E ADVOGADAS
Isabel Caminada estava esperando há bastante tempo esse dia, ela conta que por conta da pandemia sua graduação atrasou. “A espera é longa. É um sentimento de realização depois de uma faculdade longa, é uma grande realização finalmente conseguir atuar como advogada. Sempre quis ser advogada, entrei querendo ser juíza, mas estagiei em um escritório e me encantei pela advocacia, a rotina dinâmica, a possibilidade de poder defender uma causa com unhas e dentes. Me apaixonei e, desde então, não saí mais”, conta.
Ela diz que sua maior missão é resolver problemas, tirar as dores do cliente, resolver as coisas na medida do possível. “É fazer o melhor para que aquilo deixe de ser um peso pra ele e se torne uma realização. É atuar para que a pessoa possa seguir a vida da melhor forma possível”, finaliza.
Rosalina Rezende de Oliveira, mãe de Rogério de Oliveira Gonçalves, advogado formado, se emociona: “É muita alegria, tenho muito orgulho do meu filho. Ele sempre foi de defender as pessoas”.
Rogério está em sua segunda graduação e afirma que receber a carteira da OAB é uma vitória. “Foi uma vida para chegar a esse dia. Eu me formei na escola naval em 1992, trabalhei junto com algumas pessoas que cursavam Direito, e elas me inspiraram a fazer também. Naquele ano comecei uma trajetória, fiz 2 anos de Direito, mas tive que parar por causa da profissão, me mudei várias vezes. Então, esperei um momento oportuno para recomeçar. Achei que esse momento havia chegado em 2010, cheguei a fazer 70% do curso na UFMS, mas a marinha me chamou novamente para vir pra Brasília, então comecei a jornada toda de novo aqui na UNB. Deus sabe o momento certo”, comemora Rogério.
Gilberto Teles Coelho, pai de Guilherme Victor Teles Coelho diz ser uma emoção muito grande, uma satisfação para vê-lo galgando seus primeiros degraus e ingressando na advocacia. “É uma carreira extremamente importante para a sociedade, uma carreira brilhante. Fui advogado no início da minha carreira, tenho a advocacia com muita admiração, muito carinho”, diz.
Para Guilherme,este dia traz uma emoção muito grande. “Foi uma jornada para chegar até aqui e um alívio por ter conseguido essa conquista, poder dar esse orgulho para os meus pais. Sempre me inspirei no meu pai, ele sempre me apoiou, tanto durante a faculdade quanto agora no início da carreira profissional. Tenho muito orgulho dele também.” finalizou.
Texto: Rayssa Carneiro (estagiária sob supervisão de Esther Caldas)
Fotos: Valter Zica
Comunicação OAB/DF