Projeto que permite advogado sair de audiência atrasada é aprovado pela Câmara

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados aprovou, em caráter terminativo, a proposta que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para permitir às partes que se retirem de audiência trabalhista, no caso de atraso injustificado por mais de trinta minutos, e que possam pedir a sua remarcação. O Projeto de Lei 1.539/2019 foi relatado no colegiado pelo deputado Patrus Ananias (PT-MG).  

A proposta teve origem no Senado e foi apresentada pelo senador Styvenson Valentim (Podemos-RN). Na Casa, ela foi aprovada pela CCJ em decisão terminativa, sem necessidade de apreciação pelo Plenário. Na Câmara, a proposta também tramitou em caráter conclusivo, sem necessidade de votação no Plenário. 

“Trata-se de uma faculdade concedida às partes, que podem optar por permanecer aguardando a audiência, ou se retirar e solicitar a remarcação, de forma a respeitar seus outros compromissos ou necessidades, sem que sejam apenadas em decorrência de um atraso ao qual não deram causa. Portanto, somos favoráveis ao projeto”, resumiu Ananias. Atualmente, a CLT permite que as partes deixem o tribunal depois de atraso do juiz superior a 15 minutos e anotem o incidente em um livro de registros.

A proposta iguala previsão do Código de Processo Civil (CPC) ao Processo do Trabalho quanto ao período de tolerância, evitando que se deixe de proceder à aplicação subsidiária do CPC por suposto conflito de normas.

Remarcação das audiências

Antes da CCJC, o PL foi aprovado pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (Ctasp), relatado pelo deputado Rogério Correia (PT-MG). No parecer da Cetasp, aprovado por unanimidade, Correia afirmou que, não raro, advogados são submetidos à situação de, embora comparecerem pontualmente às audiências marcadas pelo Poder Judiciário, terem de aguardar por horas até o início do ato processual. 

“Caso tenham outro compromisso, em horário posterior àquele marcado para a audiência, ficam reféns da liberalidade do magistrado para remarcá-las ou não. Todavia, o caso contrário, sendo o atraso partindo do advogado para comparecimento à audiência, ou de sua retirada do recinto após indeferimento do pedido de adiamento do ato, pode ficar ele sujeito a penalidades”, pontuou, no parecer.


Comunicação OAB/DF com informações da OAB Nacional

Representantes da advocacia no CNMP completam um ano de atuação no órgão

Os integrantes do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), conselheiros Rodrigo Badaró e Rogério Magnus Varela, completam, nesta quarta-feira (10/05), um ano de atuação no órgão. Representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no colegiado, ambos têm mandato até 2024. O fato foi registrado pelo presidente do Conselho, Augusto Aras, durante a 7ª Sessão Ordinária de 2023, realizada ontem.

Para a OAB, o trabalho dos representantes da advocacia no Conselho efetiva a necessária pluralidade dos órgãos de controle do Sistema de Justiça. “A presença da advocacia, assim como da magistratura, no Conselho, têm sido fator preponderante para trazer o olhar externo da advocacia e quiçá, da sociedade, ao órgão de controle do Ministério Público. O aperfeiçoamento de qualquer instituição do Sistema de Justiça é potencializado por esse diálogo”, afirma o presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti.

O presidente do CNMP, Augusto Aras, parabenizou os conselheiros pelo primeiro ano de participação no colegiado e destacou a importância da gestão conjunta entre as instituições. “Um ano em que nós temos a oportunidade de convivermos em conjunto, e quero registrar que, na nossa gestão, as composições, especialmente as externas, que vêm da representação da OAB, da Câmara e do Senado, têm demonstrado a maturidade institucional para compreender o Ministério Público na sua real dimensão”, disse Aras.

O conselheiro Rodrigo Badaró é presidente da Comissão de Acompanhamento Legislativo e Jurisprudência do CNMP, responsável, dentre outras atribuições, pela elaboração da redação final dos atos normativos do Conselho, pela publicação da Revista do CNMP e por acompanhar os projetos de lei e as emendas constitucionais de interesse do Ministério Público e do CNMP em trâmite no Congresso Nacional.

Durante seu discurso, Badaró agradeceu a oportunidade de compor o colegiado. “Gostaria de agradecer a Deus e a minha instituição, a OAB, pela oportunidade que estou tendo. Sou muito feliz de estar em um colegiado formado pelo amplo debate, com princípios éticos inerentes à representação de cada um”, destacou o conselheiro. “Quero também fazer um agradecimento público a todos os colegas do CNMP, que tão bem me acolheram, não só do CNMP, mas como todos os representantes do Ministério Público brasileiro.”

Já o conselheiro Rogério Magnus Varela, presidente da Comissão da Infância, Juventude e Educação – que visa ao aperfeiçoamento da atuação ministerial na defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes e na defesa do direito à educação –, ressaltou o quanto foi bem acolhido pela instituição. “A advocacia brasileira se sente muito respeitada pelo CNMP e tem o propósito de continuar caminhando em prol da construção de saídas que possam contemplar os interesses da advocacia, mas sem contraposição aos interesses do Ministério Público”, defendeu Varela.

Ainda de acordo com o presidente da Cije, “faz um ano que temos o exercício diário de diálogo, de construção de pontes e de construção de alternativas que possam conciliar interesses que, por vezes, não são tão convergentes, mas que a gente consegue encontrar um ponto de interseção, que é fundamental para a nossa boa funcionalidade institucional”.

* Com informações do CNMP

Novos membros assumem Comissões Temáticas da Subseção do Núcleo Bandeirante

Nesta terça-feira (09/05), aconteceu a cerimônia de posse dos novos membros das comissões temáticas da Subseção do Núcleo Bandeirante, Candangolândia e Park Way da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF). A solenidade foi sediada no auditório do Tribunal do Júri, no Fórum do Núcleo Bandeirante.

Para abrilhantar a solenidade, a banda do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP) tocou o hino nacional sob a regência do Subtenente Marcos Souza. Durante a cerimônia, 33 advogados assumiram o compromisso de atuar com integridade, respeito e imparcialidade em diversas comissões temáticas da Subseção do Riacho Fundo e Recanto das Emas, incluindo: Ciências Criminais e Tribunais do Júri; Advocacia Jovem e Iniciante; Direito de Família e Sucessões; Defesa dos Direitos dos Animais; Direito do Consumidor; Direito Médico e da Saúde; Direito Previdenciário e Seguridade Social; Combate à Violência Doméstica e Familiar; e Direito Imobiliário e Coordenação de Comunicação.

O presidente da Subseção do Núcleo Bandeirante, Candangolândia e Park Way, Igor Teles, reforçou a relevância das comissões para a advocacia. “Toda a atuação da OAB visa defender a Constituição e o Estado Democrático de Direito e isso está intimamente relacionado com a comunidade. A Ordem possui diversas comissões que lidam com diferentes áreas do direito e que trabalham para contribuir para o desenvolvimento da sociedade,” pontuou.

Além disso, o presidente da subseção pontou que “a OAB se esforça em oferecer cursos, palestras e orientações para o nosso corpo de advogados, pensando em qualificá-los cada vez mais para trabalhar em prol da sociedade.”

Já a vice-presidente da subseção, Sônia Karolina Cordeiro, destacou a importância das comissões para “a continuidade de projetos que beneficiam a população, como palestras nas escolas sobre temas relevantes como violência e câncer de colo de útero.” Segundo ela “a diretoria tem trabalhado com inovação e busca alcançar cada vez mais pessoas, contando com o apoio dos jovens advogados. Com trabalho incansável, a subseção tem se empenhado em trazer o melhor para todos, e agora, mais do que nunca, os novos advogados serão parte integrante deste processo,” disse.

Natasha Nayade Moreira Basílio Teles, coordenadora-geral e de apoio da Subseção do Núcleo Bandeirante, expressou sua satisfação pela cerimônia. “Este momento é muito gratificante, pois sabemos que o trabalho que realizamos nas comissões é importante não só para a advocacia, mas também para a sociedade em geral. Ele tem um impacto social significativo na vida dos cidadãos e dos advogados da comunidade, e até mesmo na vida dos nossos clientes. É um trabalho nobre e desafiador, por isso, convidamos todos a se empenharem e participarem ativamente, trazendo novas e inovadoras ideias. Muitas comissões têm realizado um trabalho incrível, e é uma alegria recebê-los em nossa casa. Sejam bem-vindos!”

Em nome dos empossados, Karoliny Monteiro, coordenadora de comunicação da Subseção, comemorou o momento. “É uma honra compor a gestão de uma Subseção tão ativa e que tanto apoia o advogado iniciante. Eu tenho um amor imenso pelas comissões que integro: a Comissão da Advocacia Jovem e Iniciante, na qual sou copresidente, e a de Ciências Criminais e Tribunal do Júri, na qual sou membra. Coloco-me à disposição de todos para o que precisarem, especialmente na Coordenação de Comunicação,” ressaltou.

Encerrando o evento, a secretária-geral da Subseção do Núcleo Bandeirante, Sammya Soares, afirmou que o evento foi dedicado aos novos membros “para que se sintam acolhidos” e ressaltou que “todo o trabalho foi feito em equipe, com a participação da diretoria. Aproveitem este momento para tirar muitas fotos, pois ainda teremos muitos momentos juntos até o próximo ano, com esta diretoria empenhada em realizar o melhor trabalho possível.”

Confira as fotos do evento

Fotos: Roberto Rodrigues

Comunicação OAB/DF — Jornalismo

OAB/DF move ação contra empresas de administração de condomínios que oferecem serviços advocatícios ilegalmente

A Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF), tem recebido inúmeras denúncias de empresas que oferecem serviços de administração e assessoria jurídica, judicial e/ou extrajudicial a condomínios. No entanto, a Lei 8.906/1994 proíbe claramente a divulgação da advocacia em conjunto com outras atividades, assim como lista as atividades que são exclusivas dos advogados, incluindo aquelas oferecidas pelas empresas denunciadas à OAB/DF.

Segundo Karina Amorim Sampaio Costa, advogada-geral da OAB/DF, “desde 2020 a OAB/DF está atuando para coibir o exercício ilegal da advocacia e da administração de condomínios. Dentre as ações civis públicas distribuídas duas já foram julgadas favoráveis à OAB em primeira instância.” Ela ainda destaca que “neste mês, a OAB/DF distribuiu mais uma Ação Civil Pública em face de 7 outras empresas, o pedido liminar ainda não foi analisado.”

Paulo Roberto Lima, presidente da Comissão de Direito Condominial, pontuou a atuação da Comissão no caso. “Desde a gestão passada a OAB/DF tem agido de maneira enérgica no combate à prática ilegal consistente na oferta de serviços jurídicos em conjunto com administração de condomínios. Essa ilegalidade é prejudicial não só aos advogados, mas também à sociedade. Ressalto que a Comissão de Direito Condominial está atenta às tentativas das empresas de dissimular essa prática, e seguiremos propondo medidas judiciais contra todos os envolvidos,” disse.

A fim de comprovar os fatos relatados, a OAB/DF, inicialmente, realizou uma coleta, análise e tabulação de contratos de prestação de serviços das referidas empresas requeridas, comprovando que tais empresas exercem ilegalmente as atividades exclusivas dos advogados, das sociedades de advogados inscritas na OAB/DF, sem o devido registro no órgão de classe, cometendo, com essa conduta, ato ilícito configurado na relação mercantil da advocacia com outra profissão regulamentada.

Dessa forma, as duas ações julgadas com sentença favorável a OAB/DF determinam que as empresas réus removam toda e qualquer menção ao oferecimento de assessoria jurídica ou patrocínio de ações judiciais de seus sites e redes sociais, cessem atividades privativas da advocacia, interrompam a captação e indicação de clientes para escritórios de advocacia e parem de cobrar honorários advocatícios decorrentes da cobrança extrajudicial de cotas condominiais, entre outras obrigações.

Comunicação OAB/DF — Jornalismo

Vara do Trabalho do Gama funcionará provisoriamente no Fórum de Taguatinga

Durante a finalização das obras previstas no cronograma do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), a Vara do Trabalho do Gama será transferida temporariamente para o Fórum de Taguatinga. A medida foi tomada no dia 4 de abril, durante sessão do Pleno do Tribunal.

Durante os próximos seis meses, a Vara do Trabalho do Gama funcionará no edifício do Foro Trabalhista de Taguatinga, mas é importante destacar que a mudança temporária não afetará a jurisdição da vara. Essa alteração se deve à necessidade de realizar obras de reforço estrutural e substituição das telhas das instalações originais da unidade, que fica localizada no Setor Central.

A mudança temporária será iniciada a partir de 22 de maio, sendo oficializada através da Resolução Administrativa n.º 16/2023. O Foro Trabalhista de Taguatinga está localizado na Quadra C-12, Bloco O, Lotes 1 a 5 e Lotes 8 a 12, no centro da região administrativa, próximo à Praça do Relógio, estação do Metrô e ao Alameda Shopping.

No mês de março, o presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Jr., fez uma sustentação oral no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), onde defendeu a manutenção da sede da Justiça do Trabalho no Gama /DF por meio de uma liminar. Durante sua argumentação, ele sugeriu a alternativa de se instalar temporariamente a vara de trabalho do Gama na Subseção da OAB/DF de Santa Maria, o que não foi aceito após uma visita institucional do TRT-10.

Em nota, a Subseção do Gama e Santa Maria, juntamente com a Comissão de Direito do Trabalho da Subseção e da OAB/DF, declarou que participou de perto do processo de mudança provisória da Vara do Trabalho do Gama. “A subseção ofereceu suas dependências como opção para abrigar e manter o funcionamento temporário da Vara do Trabalho, mas a autoridade técnica do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) não aceitou a proposta.” Por fim, a Subseção afirma que a reforma “é temporária e não altera a jurisdição.”

Segundo a presidente da Subseção do Gama e Santa Maria, Graciela Slongo, a Subseção acompanha e está atenta e vigilante ao caso. “A manutenção da Vara do Trabalho do Gama em nossa cidade é de extrema importância, contamos com o apoio da advocacia trabalhista militante assim como instituições públicas e privadas para garantir o direito constitucional ao acesso à justiça de todos os jurisdicionados e advogados.”

André Santos, presidente da Comissão de Direito do Trabalho da OAB/DF, comentou a decisão e assegurou que “de fato, a transferência é provisória, pois a decisão do Pleno foi nesse sentido. De acordo com a própria manifestação do presidente do TRT-10, Alexandre Nery, em reunião com a Diretoria da OAB/DF, deixou claro que essa transferência é provisória. É importante compreender que se trata de uma medida temporária que visa a melhoria das instalações do Fórum do Gama. Essa reforma está sendo realizada atualmente e deve trazer benefícios, tanto para a advocacia, quanto para o jurisdicionado, no futuro.”

Nesse aspecto, Sharon dos Santos Borges, presidente da Comissão de Direito do Trabalho da Subseção do Gama e Santa Maria, expressou sua expectativa pelo retorno da Vara do Trabalho do Gama às dependências da cidade satélite. “Aguardamos com expectativa o retorno da Vara do Trabalho do Gama, em virtude da relevância e do labor primoroso desempenhado por todos os magistrados e servidores, bem como da facilidade de acesso proporcionada aos jurisdicionados e advogados,” concluiu.

Comunicação OAB/DF — Jornalismo

Comissão de Prerrogativas aprova desagravo de advogado desrespeitado durante julgamento

Com objetivo defender as prerrogativas da advocacia do Distrito Federal, a Comissão de Prerrogativas da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) realizou a 27ª sessão ordinária na última terça-feira (03/05). A reunião ocorreu na Subseção de Ceilândia e, na ocasião, foi aprovado o desagravo em favor do advogado Anderson Pinheiro da Costa.

Relembre o caso

O desagravo aprovado trata-se de pedido de providências formulado pelo advogado Anderson Pinheiro da Costa em face de um promotor de justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O requerente narra que no dia 09 de fevereiro de 2023, em sessão do tribunal do júri na sede do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), estava exercendo a defesa de seu cliente quando, durante a fala da defesa nos debates orais, o requerente teria se refererido a outro processo, em que a vítima respondia à acusação pelo crime de homicídio tentado.

Posteriormente, o promotor, que estava presente na sessão como orientador de um promotor de justiça recém-empossado, começou a proferir ofensas em público, chamando-o de mau-caráter e desleal em voz alta, devido à ausência dos documentos mencionados que não haviam sido anexados aos autos anteriormente.

Diante da atitude do requerido, o advogado Anderson se dirigiu ao promotor exigindo respeito e que parasse de se comportar daquela forma. Desde então, o promotor começou a agir de forma homofóbica e grotesca, proferindo diversas ameaças de agressão física ao requerente. Anderson, alega, ainda, que o promotor requerido precisou ser contido pela segurança do Tribunal, por solicitação da juíza que presidia o ato.

Os seguranças do Tribunal mandaram todos pararem de registar o incidente e até pressionaram algumas pessoas. Além disso, as pessoas presentes também tiveram que mostrar a galeria de imagens de seus celulares e apagar o que havia sido registrado, sob ameaças que não foram especificadas. A juíza que conduzia o ato, que estava sendo a responsável, escreveu na ata apenas que as partes estavam discutindo com animação, sem detalhar o que aconteceu, ao pensar que tudo já havia sido registado. No entanto, a gravação completa não foi incluída nos documentos, apenas os depoimentos.

Anderson Pinheiro afirmou que o promotor em questão “usou de ofensas dirigidas a mim, expôs minha vida íntima para inúmeras pessoas, com a clara intenção de me diminuir perante o conselho de sentença, além de ameaçar reiteradas diversas vezes que iria meter a mão na minha cara.” O advogado, ainda, lamentou a situação e expôs sua aversão ao ocorrido. “Nunca pensei que seria tão ultrajado durante o exercício de minha atividade profissional simplesmente porque um promotor estava com seu ego ferido por perceber que não teria êxito em sua sanha acusatória.”

Acolhimento

Para o procurador-geral da Comissão de Prerrogativas da OAB/DF, Inácio Alencastro, “o desagravo deferido é extremamente importante para a advocacia, devemos enaltecer a coragem de Anderson em tomar todas as providências contra esse promotor. A OAB/DF, principalmente a Procuradoria-Geral de Prerrogativas, não se calará e tomará todas as providências cabíveis contra esse promotor. Ele cometeu uma ilegalidade, uma ofensa e um crime no exercício da sua função, quando, na verdade deveria ser o fiscal da lei”, destacou.

O relator do caso e membro da Comissão de prerrogativas, Luiz Henrique Damasceno de Moura, expressou que “o julgamento foi fundamental para reforçar o compromisso da OAB de não admitir qualquer espécie de violação às prerrogativas dos advogados, como a ocorrida no caso, com ameaças de agressão física, expondo a vida privada do profissional com objetivo de diminuir sua capacidade e importância,” disse.

Segundo Maria Victoria Hernandez Lerner, conselheira seccional e secretária-geral da Comissão de Prerrogativas da OAB/DF, “o julgamento desse caso é emblemático porque trata de uma inadmissível violação de prerrogativas com viés preconceituoso e de uma violência absurda. A galhardia do conselheiro Anderson e a coragem em trazer o caso, que envolve aspectos pessoais, para a Comissão de Prerrogativas permite a atuação efetiva e exemplar da OAB. Não podemos aceitar a violência vivenciada pelo advogado que atingiu, em verdade, toda a advocacia do Distrito Federal.”

Comunicação OAB/DF — Jornalismo

Comunicado à Advocacia: alvarás de soltura de detentos do 8 de janeiro

A Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) recebeu informações e comunica que serão cumpridos alvarás de soltura de detentos envolvidos nos atos de 08/01. Atenção para as datas, horários e locais a seguir.

Sábado, 06/05, 9h, presos no 19o Batalhão;

Sábado, 06/05, 13h30, presas na PFDF;

Segunda-feira, 08/05, 8h, presos no CDP2.

Comunicação OAB/DF

Comissão da OAB/DF conclui pela inconstitucionalidade de emenda contra agências reguladoras

No mês de março, a Comissão de Assuntos Regulatórios da Seccional Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) organizou um evento para discutir a autonomia e independência das agências reguladoras. Estiveram presentes diretores de quatro importantes entidades reguladoras do país: Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

A iniciativa da Comissão de Assuntos Regulatórios da OAB/DF contou com a presença de importantes diretores de agências reguladoras do país: Veronica Sánchez da Cruz Rios (ANA), Paulo Rabello (ANS), Guilherme Theo Sampaio (ANTT) e Ricardo Bisinotto (ANAC). O evento teve como objetivo destacar a importância da independência dessas entidades para o adequado funcionamento do mercado, a proteção dos direitos dos consumidores e a promoção do desenvolvimento econômico do país.

A partir das discussões realizadas no evento, a Comissão elaborou um parecer jurídico que concluiu pela inconstitucionalidade da Emenda n.º 54, apresentada no âmbito da Medida Provisória n.º 1.154/2021, que prevê a criação de Conselhos para a edição de atos normativos. O documento foi assinado no último mês de abril.

O parecer destaca o impacto negativo que a referida emenda teria na independência e autonomia das agências reguladoras, que têm implementado importantes mecanismos, como audiências públicas e análise de impacto regulatório. A criação de conselhos compostos por representantes dos Ministérios, das Agências Reguladoras, dos setores regulados da atividade econômica, da academia e dos consumidores para a edição de atos normativos geraria uma grande insegurança jurídica no setor e afastaria investimentos no país.

A vice-presidente da OAB/DF, Lenda Tariana, aprovou o documento elaborado pela Comissão, e ressaltou a importância da autonomia das agências para o funcionamento do mercado. “A emenda afeta a independência e autonomia das agências reguladoras, que têm implementado importantes mecanismos, como audiências públicas e análise de impacto regulatório. A criação de conselhos compostos por representantes dos Ministérios geraria uma grande insegurança jurídica no setor e afastaria investimentos no país.”

Para a presidente da Comissão de Assuntos Regulatórios, Paola Aires Corrêa Lima, “além de toda a insegurança jurídica que irá trazer a criação de um conselho com competências normativas, ele não é o melhor caminho para se garantir a transparência e participação social nos processos decisórios das Agência.”

Nesse aspecto, o secretário-geral adjunto da Comissão, Hélio Roberto Silva de Sousa, afirmou que “as Agências Reguladoras representam importante inovação jurídico-administrativa no Estado brasileiro, fulcradas na governança, participação social e decisões tomadas em colegiados técnicos, o que garante previsibilidade, segurança jurídica e tecnicidade, tão necessários a um modelo regulatório robusto, moderno e que garante o aporte de investimentos no Brasil,” pontuou.

Confira o parecer.

Comunicação OAB/DF — Jornalismo

XIV Prêmio Conciliar é Legal reconhecerá boas práticas em saúde, educação e trabalho

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) regulamentou, por meio da Portaria n. 91/2023, a XVIII Semana Nacional da Conciliação e a XIV edição do Prêmio Conciliar é Legal, que premiará os tribunais que obtiverem maior pontuação em produtividade no ano de 2023 e também durante a XVIII Semana Nacional da Conciliação. Serão contempladas boas práticas em saúde, soluções fundiárias e de moradia, superendividamento, recuperação empresarial, educação e mundo do trabalho, que buscam a solução do litígio por decisão consensual entre as partes.

Arte: CNJ

A categoria “Saúde” abarca contribuições replicáveis na área da saúde pública e privada e que versem sobre conciliação, mediação judicial ou qualquer prática autocompositiva. Prevista no Código de Processo Civil, a autocomposição é uma forma de resolução de conflitos, por meio da estruturação do diálogo, que leva as partes a fazerem concessões para chegarem a um ponto em comum.

Em “Soluções fundiárias e de moradia”, serão premiadas iniciativas que visem à regularização de assentamentos, à titulação de seus ocupantes e ao acesso à moradia, entre outras medidas para assegurar o direito social à habitação, o pleno desenvolvimento das funções sociais da propriedade urbana ou rural e o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.

Na categoria “Superendividamento”, o foco será a aplicação da conciliação e mediação na situação em que consumidores de boa-fé registram sua impossibilidade de arcar com as dívidas que contraíram, no prazo contratado, sem comprometer o mínimo para sua sobrevivência, nos termos do Código de Defesa do Consumidor (Lei n. 8.078/1990).

Em “Recuperação empresarial”, estão incluídas as iniciativas que podem ser reproduzidas na seara falimentar e recuperacional de empresas, em prestígio à segurança jurídica, à saúde do ambiente de negócios no Brasil e à preservação dos interesses de credores, trabalhadores, sócios do negócio em reestruturação, fazendas públicas e sociedade.

No tema “Educação”, também serão reconhecidos programas que versem sobre a disseminação efetiva de conhecimento sobre a Política Nacional de Solução Adequada de Conflitos com reflexos positivos no ambiente escolar ou universitário. Já na categoria “Mundo do Trabalho”, serão avaliadas contribuições replicáveis que promovam o reconhecimento ou a proteção da dignidade humana no âmbito das relações de trabalho.

Inscrições

Podem inscrever-se na modalidade Boas Práticas membros da magistratura, servidores e servidoras, profissionais que realizam a instrução em mediação e conciliação, da advocacia, de instituições acadêmicas e de ensino, tribunais, empresas ou qualquer ente privado ou público, mediante a apresentação de práticas autocompositivas executadas individualmente ou em grupo.

As inscrições de boas práticas de magistrados, magistradas, servidores e servidoras deverão ser cadastradas até o dia 29 de setembro de 2023, no eixo temático “Conciliação e mediação” do Portal CNJ de Boas Práticas do Poder Judiciário, instituído pela Portaria CNJ n. 140/2019. Para os demais proponentes, as inscrições ocorrem no período de 11 a 29 de setembro de 2023, por meio do formulário disponibilizado no portal do CNJ, de acordo com as instruções também divulgadas no portal 

Desempenho em conciliação

Os tribunais estaduais, federais e trabalhistas que alcançarem o Índice de Composição de Conflitos (ICoC) mais elevado dentro de seu segmento de Justiça serão premiados com o Prêmio Conciliar é Legal, na modalidade Produtividade, independentemente de inscrições, sendo o índice calculado para o período de 30 de novembro de 2022 a 31 de outubro de 2023.

A divulgação e os resultados do ICoC acontecerá em painel específico produzido pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ) do CNJ, a partir dos dados constantes da Base Nacional de Dados do Poder Judiciário (Datajud) instituída pela Resolução CNJ n. 331/2020.

XVIII Semana Nacional de Conciliação

A XVIII Semana Nacional da Conciliação acontecerá entre os dias 6 e 10 de novembro de 2023. Será conferida “menção honrosa” aos tribunais estaduais, federais e trabalhistas que alcançarem o ICoC mais elevado dentro de seu segmento de Justiça para o período-base dos dias do evento.

A atualização do Datajud com os processos movimentados durante a XVIII Semana Nacional da Conciliação e eventuais dados porventura necessários para monitoramento dos resultados do programa deverão ser enviados ao CNJ até dia 30 de novembro de 2023.

Comunicação OAB/DF com informações do CNJ

Subseção do Gama e Santa Maria realiza solenidade de posse das Comissões Temáticas

Com objetivo de fortalecer a atuação da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) e subseções, nesta quarta-feira (01/03), aconteceu a solenidade de posse dos novos membros das comissões temáticas da gestão atual da Subseção do Gama e Santa Maria. A solenidade foi sediada no auditório do Instituto Federal de Brasília (IFB), no Gama.

Com o auditório cheio, os novos integrantes das comissões assumiram seus cargos e se comprometeram a atuar com ética, dignidade e independência. Buscando contribuir para o desenvolvimento da sociedade, promovendo a justiça e a igualdade por meio do acesso à justiça e da implementação de políticas públicas justas e equitativas.

Representando a diretoria da OAB/DF, o secretário-geral, Paulo Maurício Siqueira, enfatizou a importância das comissões temáticas na geração de debates e temas relevantes para a advocacia. “São nas comissões que nascem os grandes temas, os debates que vão embasar as áreas de atuação, tanto da subseção quanto da seccional, para que defendamos os direitos da sociedade e da advocacia. E eu digo a vocês: cobrem os seus diretores das comissões, cobrem a diretoria da subseção e cobrem a diretoria da seccional, porque sem isso, a OAB não funciona. É exatamente isso que a gente espera de vocês: as boas ideias, debatê-las e, com isso, poder pautar o nosso trabalho.”

A presidente da Subseção do Gama e Santa Maria, Graciela Slongo, agradeceu aos novos membros pela disponibilidade e reforçou a relevância das comissões para a advocacia. “Muito obrigada a cada um de vocês que vem trazer conhecimento e somar talentos. Fiquem atentos, pois essas comissões trazem muito do que vocês precisam para a vida na advocacia. As diretorias estão sempre à disposição de vocês. Tenham orgulho de serem advogados e de estarem constituindo nossa classe, pois é só assim que podemos fortalecer e resgatar nossas prerrogativas. Precisamos estar unidos e acredito que estar nas comissões e na subseção na cidade onde você reside ou trabalha agrega muito. Sejam todos bem-vindos,” comemorou.

Em nome dos empossados, Frederico Reis, presidente da Comissão de Igualdade Religiosa da Subseção do Gama e Santa Maria, apontou que “é importante que aqueles que tomaram posse em qualquer comissão tenham noção de que a partir de agora representam a instituição. Quando forem atender uma demanda da sociedade, os amigos e clientes o perceberão de outra forma. Situação que irá alavancar a carreira profissional desse advogado e a vida pessoal. Da mesma forma, a interação entre os demais advogados possibilita o aprendizado com os mais antigos e ajuda os mais novos.”

Fotos: Roberto Rodrigues

Comunicação OAB/DF—Jornalismo