Devolução de carteiras

A Comissão de Seleção da OAB/DF está convocando mais de dois mil advogados e estagiários que deixaram suas carteiras de inscrição na Ordem para averbação e não voltaram para pegá-las. Da mesma forma, há cerca de 50 diplomas com devolução pendente.

O horário de atendimento vai de 13 às 19h. A Comissão de Seleção funciona no 3º andar da OAB/DF (SETN 516, Bloco B, Lote 7. Fone: 448-7000.

Comissão despacha mais de mil processos em três meses

A Comissão de Seleção da OAB/DF fechou o primeiro trimestre do ano com 1.027 processos despachados, o que demandou 3.078 despachos. O acompanhamento estatístico dos trabalhos da Comissão, que será mensal a partir de agora, corresponde a um esforço no sentido de atender o compromisso da atual Diretoria de agilizar as inscrições de estagiários e de advogados.

Segundo o presidente da Comissão, Ismail Gomes, tem-se conseguido, em muitos casos, liberar as inscrições de estagiários em até sete dias. O prazo mínimo é estabelecido em função da publicação do edital, que leva cinco dias.

O maior número de processos em andamento na Comissão refere-se aos pedidos de inscrição originária e de estagiários que, neste último caso, vem se multiplicando em função da criação de novos cursos jurídicos no Distrito Federal.

Em relação às inscrições de advogados, o prazo é mais demorado em vista da complexidade do processo, explicou Ismail Gomes. Conforme ele, o maior fluxo na Comissão de Seleção relaciona-se aos pedidos de inscrição e cancelamento.

OAB-DF negocia financiamento para advogado em início de carreira

Os novos advogados que receberam ontem as carteiras da Ordem, tiveram em primeira mão a notícia de que a OAB/DF está em negociações avançadas com o Banco do Brasil com vistas à criação de uma linha de financiamento para ajudar os que estão ingressando na profissão a montar seus escritórios. Os detalhes dessas negociações serão oportunamente divulgados.

A informação foi dada pela presidente da Seccional, Estefânia Viveiros, juntamente com as boas-vindas da Diretoria aos 30 bacharéis em Direito que receberam suas carteiras ad referendum. A Seccional, disse ainda, está agindo no sentido de agilizar a entrega do documento definitivo, confeccionado pela Casa da Moeda

Estefânia acompanha votação da Reforma do Judiciário

A presidente da OAB-DF, Estefânia Viveiros, e o presidente nacional da OAB, Roberto Busato, acompanharam hoje a sessão de votação dos destaques à proposta de Reforma do Judiciário na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Menos de trinta destaques apresentados à reforma do Judiciário que ainda aguardam deliberação serão votados na próxima reunião da CCJ a ser realizada na próxima terça-feira, dia 6, às 11h.

Nova lista dos aprovados no Exame de Ordem

Uma nova relação dos aprovados na primeira etapa do Exame de Ordem está sendo divulgada neste site, em razão de problemas verificados no gabarito de correção da prova realizada no último dia 28. Confira o gabarito e a lista dos aprovados clicando no ícone “Exame do Ordem”, que está localizado na segunda coluna à direita da tela.

A Comissão de Exame de Ordem também torna pública a seguinte nota:

A Comissão do Exame de Ordem, tendo em vista inexatidões de ordem material no gabarito de correção da prova objetiva do Exame realizado no dia 28.03.2004, relativamente às questões de Direito Administrativo, Constitucional e Internacional resolve:

1 – Tornar sem efeito o gabarito publicado no site da OAB/DF e afixado na portaria no dia 28.03.2004;

2 – Publicar o gabarito retificado, na forma anexa;

3 – Declarar pelo mesmo motivo nula e de nenhum efeito a publicação da relação dos aprovados realizada no dia 28.03.2004;

4 – Publicar nesta data nova relação de aprovados, conforme nominata anexa;

5 – Determinar que o prazo para interposição de recursos, começará a fluir a partir de 30.03.2004, inclusive.

Brasília 29 de Março de 2004

Paulo R. Thompson Flores Presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem

Conheça o projeto de inclusão digital da OAB-DF

O programa OAB Nacional, que vai ao ar nesta terça-feira a partir das 21h na TV Justiça, apresentará uma entrevista especial com o presidente da Comissão de Qualidade em Tecnologia e Direito da Informática da OAB-DF, Rodrigo Badaró de Castro, sobre o projeto de inclusão digital dos advogados brasilienses.

O projeto disponibiliza um serviço inédito para que os advogados inscritos possam viabilizar, a baixos custos, a presença do escritório e/ou advogado na rede mundial. As informações detalhadas para a contratação desse serviço estão disponíveis na página da OAB-DF na Internet. Vale a pena conferir.

O pacote inclui website e 10 contas de e-mail para o escritório/advogado. Quem aderir ao pacote terá apenas que preencher um formulário, escolher um modelo de website para uso próprio e relacionar a lista de e-mails que deseja cadastrar para que o site seja disponibilizado na Internet.

Uma das grandes vantagens do website está na ferramenta para alteração de conteúdo que ele contém. O usuário responsável pelo site em cada escritório estará habilitado para efetuar qualquer tipo de alteração nas funcionalidades disponíveis no website.

Ao aderir ao modelo, o advogado terá o seu escritório disponível na internet com as seguintes funcionalidades:

Área para divulgação de notícias.

Área para divulgação de enquetes.

Área para cadastrar informações no menu do site, tais como: histórico do escritório, currículo dos profissionais, principais clientes, dentre outros.

Área para divulgação de fatos relevantes.

Agenda.

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OAB-DF presente ao Fórum Internacional de Direitos Humanos

Está sendo realizado, no Superior Tribunal do Trabalho (TST), o Fórum Internacional sobre Direitos Humanos, cuja abertura, ontem, contou com a presença da presidente da OAB-DF, Estefânia Viveiros.

O evento, que encerra nesta quinta-feira, é dividido em conferências e painéis, por meio dos quais serão transmitidas experiências internacionais sobre liberdade sindical, trabalhos escravo e infantil, normas do trabalho e aplicação judicial de normas constitucionais sobre direitos humanos.

Também confirmaram presença no fórum o ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos; o secretário de Direitos Humanos, Nilmário Miranda; o assessor especial da Presidência da República, frei Betto; e os senadores Cristovam Buarque (PT-DF) e Patrícia Lúcia Saboya Ferreira Gomes (PPS-CE).

Entre os painelistas estrangeiros que participarão do evento, estão o diretor do Departamento de Normas Internacionais do Trabalho da Organização Internacional do Trabalho, Jean-Claude Javillier; o coordenador Nacional da “Rede por um futuro sin trabajo Infantil”, Walter Alarcón Glasinovich; e o professor catedrático de Direito do Trabalho da Universidade de Hamburgo, Ulrich Zachert, entre outros.

Estefânia discute plano de gestão no Colégio de Presidentes da OAB

Curitiba (PR), 26/03/2004 – A presidente da OAB-DF, Estefânia Viveiros, destacou-se no Colégio de Presidentes da Ordem dos Advogados, que se realizou em Curitiba (PR), ao proferir palestra para todos os 27 presidentes de Seccionais sobre um assunto importante para todos neste momento: como administrar em tempos de crise.

Expositora do tema “Plano de Gestão”, Estefânia Viveiros fez um relato que impressionou seus colegas sobre a situação “calamitosa” em que encontrou a entidade que assumiu em janeiro deste ano. Um déficit da ordem de R$ 7 milhões, descrédito total junto ao setor bancário da capital federal, ameaça de corte do plano de saúde de seis mil advogados compõem parte da “herança maldita” descrita por Estefânia, única mulher entre os presidentes de Seccionais da OAB das 27 unidades da Federação.

“Passei os dez primeiros dias de minha gestão só recebendo credores, sem sequer conhecê-los”, relatou a presidente da OAB-DF. Para administrar o rombo de R$ 7 milhões nas finanças, Estefânia Viveiros contou que teve de assumir, entre as medidas adotadas, um “ônus político” que seus antecessores não ousaram enfrentar: aumentou em 30% a anuidade dos advogados inscritos, que estavam congeladas desde 1995; cortou pessoal e reduziu diversas despesas de custeio.

O clima ainda não é para comemoração na OAB-DF, segundo Estefânia, mas sua administração, nos primeiros dois meses, já representou uma economia de R$ 500 mil para a entidade. Essa economia foi obtida, entre outras decisões, com denúncias e revisões de contratos anteriores, como o caso da limpeza, onde conseguiu diminuir em R$ 19,5 mil os gastos mensais. Também os gastos com manutenção de elevadores foram reduzidos e demitidos 20 funcionários. “Enfrentei e enfrento um custo político muito alto. Lembro que vários advogados recorreram à Justiça contra o aumento de anuidade”, observou Estefânia Viveiros.

A despeito da situação que enfrenta, ela afirma que está disposta a continuar saneando a entidade. “Caso contrário, seria acusada de omissão e não ficaria com a consciência tranqüila de estar cumprindo o meu dever”, afirmou ela, anunciando que continuará trabalhando para alterar o perfil dos gastos OAB-DF (quando Estefânia assumiu, 99% da arrecadação iam para despesas de custeio), destinando parcela maior das recitas para investimentos em prol dos advogados.

Presidentes de OABs discutem crise no governo

Curitiba (PR), 26/03/2004 – “Frustração”. Esta palavra resume o sentimento dominante da advocacia brasileira em relação aos primeiros quinze meses do governo Luiz Inácio Lula da Silva, expresso pelos presidentes de Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), reunidos na capital paranaense. À pergunta sobre “qual avaliação fazem desses primeiros quinze meses do governo”, a resposta dos presidentes de Seccionais da OAB foi unânime: o governo frustrou a sociedade, não cumpriu suas promessas de campanha, está sem rumo e não se sabe se ele tem condições de reagir.

Veja, a seguir, quais as opiniões dos presidentes das Seccionais da OAB sobre os primeiros quinze meses da gestão de Lula:

OAB do Acre, Adherbal Maximiano Corrêa – “Esse governo é a impostura total e isso eu já esperava. Não conheço ferroviário que tenha dado certo na Europa, não conheço líder sindical que tenha dado certo em governos europeus ou americanos. Nos anos 70, a Polônia namorou Lech Walessa, depois teve o Vlaclav Havel na Checoslováquia. Nenhum deu certo. Aqui não poderia ser diferente. Enfim, o governo está apresentando exatamente o que eu esperava”.

OAB de Alagoas, Marcos Bernardes de Melo – “Nós estamos caminhando para um desastre. Na verdade, o País parou. A economia parou. A fome aumentou. O desemprego aumentou. A falta de garantias das pessoas também aumentou e tudo aquilo que se pregava por este governo e tudo aquilo que se esperava dele está sendo negado. Por isso é acredito que estamos caminhando para um verdadeiro desastre”.

OAB do Amapá, Washington Caldas –

“O Amapá está entristecido com a atuação do presidente Lula. O pouco esforço demonstrado pelo governo no intuito de apurar as denúncias feitas ao ex-assessor da Casa Civil, Waldomiro Diniz, foi considerado lamentável pela sociedade amapaense. Não esperávamos jamais isso do Partido dos Trabalhadores. Esperávamos medidas mais concretas e, ao final, o governo surpreende o Amapá e todo o País”.

OAB da Bahia, Dinailton Oliveira – “Eu acredito que a minha avaliação é igual à da maioria do povo brasileiro: o sentimento, neste momento, é de frustração total com o governo Lula”.

OAB do Ceará, Hélio Leitão Neto – “No meu entendimento, o governo do presidente Lula não difere fundamentalmente do de Fernando Henrique Cardoso e dos governos anteriores. É um grupo que tinha um discurso para ganhar a eleição e outro para governar, então, em nada difere dos governos passados. O governo de Lula continua comprometido com o consenso de Washington, continua comprometido com o capital internacional e não difere em nada dos demais governos. Se existe alguma diferença é o fato de Lula efetivamente ter traído o seu discurso, um discurso de 20 anos, e ter traído o projeto político do Partido dos Trabalhadores”.

OAB do Distrito Federal, Estefânia Viveiros – “Lula foi eleito por representar uma perspectiva de mudança no País, que precisa crescer mais, gerar mais empregos, diminuir esse enorme fosso que há entre ricos e pobres e reduzir também a sua dependência das instituições financeiras internacionais. No entanto, a sensação que temos hoje é que o Brasil continua estagnado, seja por falta de ações concretas, seja por causa de escândalos que continuam a acontecer dentro da máquina administrativa oficial e que precisam ser apurados com rigor. Felizmente, outros setores estão fazendo a sua parte. O Congresso, por exemplo, está dando sequência às discussões em torno da reforma do Judiciário, e embora o caminho a percorrer ainda seja longo, este é um ponto positivo. Não se pode dizer o mesmo da reforma tributária, que esperava-se ser mais equilibrada mas continua sendo alvo de muitas críticas. Enfim, nós, como todos os brasileiros, continuamos esperando, mas essa espera não pode ser eterna. Na verdade, já esperamos demais”.

OAB do Espírito Santo, Agesandro da Costa Pereira – “A resposta que o governo tem nos dado nesses últimos quinze meses não é, obviamente, a que esperávamos. O que se pretendia era uma ampla mudança, inspirada nos princípios do Estado de Direito Democrático. O que nos parece é que o governo Lula utiliza os mesmos métodos que nós sempre condenamos em governos anteriores. Nessa perspectiva, acho que o cenário político brasileiro não vai bem”.

OAB de Goiás, Miguel Cançado – “É preocupante a situação do País. No que se refere à política econômica, há uma forte instabilidade, caminhando agora também para uma instabilidade política, o que é ainda mais grave. Tudo isso leva uma grande apreensão a todos com relação ao futuro da nação”.

OAB do Maranhão, José Caldas Góis – “Para mim, ainda resta uma esperança. Eu acho que o governo Lula ainda não correspondeu às expectativas da população brasileira. O povo depositou toda a sua confiança nele e está vendo agora um desencontro nesta administração. Considero o governo de Luiz Inácio Lula da Silva um governo razoável, mas acredito que ainda resta uma esperança”.

OAB de Mato Grosso, Francisco Anis Faiad – “O governo começou recheado de esperança, mas, aos poucos, tem demonstrado insegurança na hora de colocar em prática suas propostas e os programas que constituíram o seu plano de governo. Para mim, este é um governo extremamente inseguro e que não consegue colocar em prática tudo o que foi idealizado”.

OAB de Mato Grosso do Sul, Geraldo Escobar Pinheiro – “Estou muito preocupado com o governo do presidente Lula. Eu vejo que os investimentos no Brasil não estão acompanhando o seu planejamento e a parte política do País tem sofrido um questionamento muito grande. Isso inviabiliza o crescimento e o desenvolvimento dos projetos que ele havia prometido no início de sua gestão”.

OAB de Minas Gerais, Raimundo Cândido Júnior – “A nossa avaliação é de que têm sido feitas muitas propostas, muitas reformas. Mas essas reformas, em si, não estão resolvendo absolutamente nada. São reformas de perfumaria e entendo que precisaríamos de reformas mais concretas. O presidente está se esforçando e eu penso que temos que dar um crédito a ele, mas já passou da hora de alguma coisa se concretizar. Lula agora está às voltas com esses problemas de suspeita de corrupção no governo e essas questões que todos nós conhecemos têm atrapalhado o andar da carruagem”.

OAB do Pará, Ophir Filgueiras Júnior -“É uma decepção para todos nós o pouco caso que o governo Lula tem tido com a questão social deste País. Um governo que se elegeu com grande legitimidade, com uma votação expressiva, de uma forma talvez nunca tida por alguém neste País. Ele chega ao poder e está pregando contra tudo aquilo que sempre defendeu, o que é lamentável. Precisamos, agora, que Lula tome um rumo em seu governo, dê início a um outro momento na vida deste País porque ninguém agüenta mais o arrocho que está se passando, com a carga tributária excessiva que se paga neste País e o crescente índice de desemprego. É preciso mudar”.

OAB da Paraíba – Harrison Targino (vice-presidente) –

“Na minha avaliação, o governo Lula tem tentado implementar o seu programa de governo com muita dificuldade. De um lado, por conta das dificuldades de gerenciamento de uma máquina tão grande, de outro, por conta das dificuldades naturais de correlação de forças políticas. Se de um lado vemos sinais de encaminhamentos adequados, de outro observamos frustrações. Espero que este ano o governo Lula possa mostrar a que veio e praticar e cumprir o programa de campanha. Sob pena de levar este País a uma frustração nacional, que terminará por despolitizar mais do que ajudar no processo político brasileiro. Afinal houve muita expectativa em torno do governo Lula e, oxalá, ele conseguirá dar a virada”.

OAB do Paraná, Manoel de Oliveira Franco – “Para mim, o governo não começou ainda. O nosso presidente Lula ainda não assumiu. Ele delegou poderes e está de uma forma temerária entregando o comando da nação a terceiros, principalmente a seu ministro-chefe da Casa Civil. Neste momento, não estamos vendo Lula comandar a sua equipe. Seu Ministério é totalmente composto de pessoas díspares e não há uma engrenagem única, com cada um correndo para o lado contrário. De forma que acho que esse governo não começou ainda”.

OAB de Pernambuco, Júlio Alcino de Oliveira Neto – “Na nossa avaliação, o governo está extremamente tímido. Ele surgiu com muita esperança, a partir da vontade da maioria da população brasileira, mas continua adotando a mesma política econômica do governo anterior. Conseqüentemente, o desemprego e a recessão imperam em todo o País. Por outro lado, as propostas voltadas para o lado social têm um sentido muito mais fisiológico do que propriamente o de combater a pobreza, efetivar a cidadania e oferecer escola, educação, saúde e de quebrar as desigualdades no nosso País. Hoje, no Brasil, o excluído é sinônimo de vencido. O incluído é sinônimo de vencedor. O presidente Lula precisa ter conhecimento de que nós precisamos de uma mudança efetiva na distribuição de riqueza e na melhoria de renda da população. Suas promessas de campanha, nesse momento, continuam sendo apenas promessas de realizações que tanto a sociedade civil organizada deseja”.

OAB do Piauí, Álvaro Fernando da Rocha Mota – “A avaliação que nós fazemos é de frustração. O próprio processo eleitoral criou expectativas muito grandes na população brasileira e eu tenho visto que o governo não tem respondido satisfatoriamente aos desafios feitos pela sociedade. O governo precisa realmente acordar, dar um choque, começar a trabalhar e a dizer a que veio. Precisa mostrar, na prática, que irá cumprir com os seus compromissos”.

OAB do Rio de Janeiro, Octávio Gomes – “O povo brasileiro votou em Lula na esperança de que teríamos dias melhores, de que teríamos um avanço. O que estamos constatando é que, apesar de já se terem passado quinze meses de governo Lula, o País não avançou, ao contrário, o índice de emprego continua altíssimo. O grande desafio do governo – e Lula sabia disso – era diminuir o desemprego e ele não fez absolutamente nada até agora para reverter esta situação. Com o cidadão desempregado, obviamente o País não avança e não gera riquezas. O governo hoje está indo contra tudo o que Lula sempre pregou. Ao querer abortar CPIs e jogar a sujeira para debaixo do tapete, o governo está deixando a sociedade brasileira estarrecida. Não posso aceitar o argumento de que o governo está começando, que as mudanças no Brasil são complicadas e vagarosas. Lula sabia de todos esses problemas porque ele queria o poder a muito tempo. Já se passaram quinze meses e nada foi feito. Para quem propalou uma grande mudança, um avanço, Fome Zero e criação de emprego, nada foi feito nesses quinze meses. No meu entendimento, quinze meses é um prazo mais do que suficiente para minimizar ou reverter certas situações e nada até agora foi feito por este governo, que sempre conheceu deste País”.

OAB do Rio Grande do Norte, Joanilson de Paula Rêgo – “O presidente deve estar às voltas com a dificuldade da chamada governabilidade. Por conta disso, realmente está precisando impor um ritmo maior aos apelos da campanha eleitoral, que recheavam as expectativas do povo brasileiro. A corrupção é um cancro que aflige a todos os governos, mas nós confiamos na honorabilidade do presidente da República e esperamos que ele saiba tomar as medidas cabíveis contra casos isolados que possam existir, como o de denúncias direcionadas ao ex-assessor da Casa Civil, Waldomiro Diniz”.

OAB do Rio Grande do Sul, Valmir Batista – “O sentimento que tenho, como alguém que esperava as mudanças sociais no País, é simplesmente de frustração. Agora, com esse episódio que envolve o governo numa crise de credibilidade e que o torna refém daqueles que sempre mandaram no País, essa preocupação aumenta. Vejo com uma expectativa muito negativa o futuro desse governo. Eu espero que, de alguma forma, se possa ter a compreensão de que o momento político brasileiro é muito grave.É o momento para que todos aqueles que sempre se utilizaram do País, sempre se serviram dele, contribuam para que, de alguma forma, se possa superar essa crise sem as velhas práticas da política brasileira. E a OAB, como sempre, está à frente dessa batalha: achamos que é necessária a CPI, para que o governo não se torne refém daqueles que sempre se aproveitaram dessas questões para tirar vantagens pessoais. Estamos apoiando o presidente da OAB, Roberto Busato”.

OAB de Rondônia, Orestes Muniz Filho – “O governo Lula assumiu o governo empunhando uma bandeira de esperança, de desenvolvimento econômico e de criação de empregos. Porém, a verdade é que, até o presente momento, ainda não foi possível vislumbrar a concretização desses compromissos assumidos por Lula com a sociedade brasileira na época da eleição presidencial. Nesse aspecto, há a indiscutível necessidade de que o presidente da República e os demais membros do governo façam uma avaliação séria do andamento deste mandato. Isso porque, se esses compromissos com a sociedade não puderam ser cumpridos até o momento, é fundamental que o governo redirecione as suas ações no sentido de resgatar as promessas feitas ao povo”.

OAB de Roraima, Antonio Oneildo Ferreira –

“A avaliação que fazemos do governo, em que pese todos esses problemas que estão aí, é positiva. Não se pode hoje dizer que a conjuntura atual seja fruto de má vontade, de má-fé ou de incompetência. Isso seria trilhar por uma explicação muito simplista e agir como determinados segmentos, que hoje apelam para um tom preconceituoso quando criticam o governo, mas que são os mesmos segmentos que sempre estiveram no poder e que são os responsáveis pelo que temos hoje no Brasil. Não é uma conjuntura que caiu de pára-quedas. Não podemos dizer que há um descalabro, que há isso ou aquilo. Eu tenho a preocupação de analisar a situação por essa conjuntura e lembrar que sempre tivemos segmentos comprometidos e arraigados, que se aproveitaram deste País. A miséria sempre existiu e hoje não está pior do que antes. O analfabetismo diminuiu. A segurança pública está sendo discutida pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que é um militante nosso. Então, nós vemos esses quinze meses de governo do Lula de forma positiva. Eu acho que a OAB está fazendo a sua parte e está contribuindo, que é o que tem que ser feito. Eu acredito que devemos ter uma melhor perspectiva daqui para frente”.

OAB de Santa Catarina, Adriano Zanotto – “Estamos acompanhando com bastante atenção tudo o que está sendo realizado pelo governo federal e temos esperança de que a esperança não acabe, nem para a população e nem para os nossos próprios administradores. Espero que o Brasil possa avançar, conforme foi prometido durante a campanha eleitoral. A enorme expectativa que existia no início do governo, principalmente no que diz respeito ao programa Fome Zero, uma iniciativa governamental que merece elogios, está se esvaindo pouco a pouco, na medida em que as reformas e os avanços necessários que o Brasil precisa ainda não tiveram o andamento necessário”.

OAB de São Paulo, Luiz Flávio D’Urso – “Estamos aí na expectativa de que realmente aconteça a implantação, principalmente, de um projeto social por este governo. Temos acompanhado o desenvolvimento do governo Lula durante todo esse período, sabemos das dificuldades que o governo enfrenta, mas o momento de realização está aquém da expectativa. O que posso afirmar, com a convicção de que assim pensa a nação, é que a esperança depositada nesse governo foi tão grande que retarda a realização do atendimento ao que se esperava. Diante disso, nós corremos o risco de nos deparar com uma profunda frustração. A nossa esperança é a de que o governo reaja e coloque em prática todo o projeto de base social, antes que essa frustração se instale”.

OAB de Sergipe, Henri Clay Andrade – “Avalio que o governo está passando por uma instabilidade política grave, diante de uma continuidade de uma política econômica que, reconhecidamente não enseja crescimento econômico para o País. Ela aprofunda o desemprego, que tem inclusive batido recordes, com os maiores índices dos últimos vinte anos. Tem demonstrado também uma fragilidade ética e moral, envolvido que está em suspeitas de corrupção. Tudo isso tem causado essa instabilidade dentro do governo, uma situação preocupante para o País”.

OAB de Tocantins, Luciano Ayres – “A população demonstrou muita esperança em mudanças e resgates de compromissos. Mas lamentavelmente, no decorrer desses quinze meses, o que vemos é um amontoado de desacertos na política econômica e, sobretudo, na política social. Os programas que foram compromisso de campanha, na minha opinião, têm se frustrado. O que vemos é a falta de credibilidade que o governo está começando a enfrentar e isso é extremamente delicado e grave para o cenário que vivemos. Eu acredito que esse monte de desacertos poderá conduzir a turbulências, o que não é bom para o governo, para a OAB, enfim, não é bom para a cidadania brasileira”.

ESA-DF entrega certificados de I Curso

A Escola Superior de Advocacia da OAB/DF (ESA-DF), informa que os certificados do I Curso de Introdução à Advocacia estarão disponíveis a partir da próxima segunda-feira, 29/03, na Secretaria da Escola.

O curso teve 327 inscritos, mas apenas aqueles que obtiveram freqüência mínima poderão receber os certificados. A Coordenação da ESA-DF lembra que o documento será entregue apenas ao próprio participante.

A ESA-DF funciona no edifício sede da OAB/DF (516 Norte), 2º andar, e atenderá, no dia 29/03, no período de 13 às 22h.