Subseção de Samambaia inicia projeto “OAB/DF Contra o Crack”

Brasília, 28/5/2013 – A Subseção de Samambaia criou o projeto “OAB/DF Contra o Crack” com o objetivo de auxiliar familiares e dependentes a buscarem ajuda em casas de assistência. Apoiada pela OAB/DF, a Comissão do Advogado Iniciante em Samambaia está à frente da iniciativa.

Coordenador do projeto, o presidente da Comissão Gustavo Costa Bueno disse que o aumento do número de dependentes químicos no Distrito Federal, principalmente viciados em crack, acontece devido ao baixo custo da droga. Com isso, a Comissão começou a planejar ações voltadas para a reinserção dessas pessoas na sociedade. “Firmamos parceria com a casa de recuperação El Shadai, localizada em Santo Antônio do Descoberto, para o encaminhamento dos dependentes que nos procuram voluntariamente. A internação não gera custos, uma vez que a entidade é ligada a segmentos religiosos”.

O projeto teve início há um mês e já encaminhou alguns dependentes para a casa. “Um dos deveres da advocacia é atuar em prol da sociedade. A dependência de drogas é um problema chave hoje em dia”. Gustavo Bueno disse que o próximo passo é firmar parceria com um centro de recuperação feminino, pois existem poucos especializados nessa área.

Pessoas interessadas podem entrar em contato com a Subseção de Samambaia pelo telefone: (61) 3358 0839.

Reportagem – Tatielly Diniz
Foto – Valter Zica
Comunicação social – jornalismo
OAB/DF

Advogado pode tirar cópia dos autos mesmo sem procuração, ratifica CNJ

Brasília,28/5/2013 – À exceção das hipóteses legais de sigilo e transcurso de prazo comum, não é possível condicionar a retirada de autos para cópia por advogado inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, ainda que este não possua procuração nos autos. Com base nesse entendimento, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ratificou nesta terça-feira, em sua 170ª sessão ordinária, liminar que havia sido concedida pelo conselheiro José Vasi Werner em favor da Seccional da OAB do Pará. Acompanharam o exame da matéria no plenário o secretário-geral do Conselho Federal da OAB, Claudio Souza Neto, e o presidente da OAB-PA, Jarbas Vasconcelos.

A OAB-PA se insurgiu contra o artigo 4.8.1 do Manual de Rotinas e Procedimentos do Tribunal de Justiça do Estado – que negava vistas e cópias o advogado sem procuração nos autos – sob o argumento de que o artigo 7º, inciso XIII, do Estatuto da Advocacia e da OAB (Lei 8.906/94) prevê que é direito do advogado o exame, a realização de apontamentos e obtenção de cópias de autos, ainda que sem procuração.

No dia 16 de maio, o conselheiro Vai Werner acolheu liminarmente o Procedimento de Controle Administrativo aberto pela Seccional paraense e suspendeu os efeitos do item 4.8.1 do Manual de Rotinas e Procedimentos, excluindo a necessidade de petição deferida por magistrado como condição para a obtenção de cópias por advogado sem procuração.

“A plausibilidade do direito invocado se mostra na medida em que o artigo 7º, XIII da Lei 8.906/1994, que regulamenta o exercício da advocacia (artigo 5º, XIII da Constituição Federal), não limita o direito de acesso dos advogados aos autos à existência de procuração ou condiciona ao prévio requerimento através de petição”, afirmou Vasi Werner na decisão. Hoje, a medida liminar foi ratificada por unanimidade.

Para o presidente da OAB do Pará, Jarbas Vasconcelos, o apoio do Conselho Federal foi fundamental nessa conquista. “Com o manual, era necessário que o advogado tivesse a procuração para poder ver os autos e depois dizer se iria aceitar ou não a causa. Isso fazia o cliente perder tempo e o advogado também”, afirmou Vasconcelos, destacando que o processo é público e o advogado é essencial para a administração da Justiça.

Fonte: Conselho Federal da OAB
Foto: Eugênio Novaes

Cajazeiras prestigia homenagem a Alexandre de Moraes

Brasília, 28/5/2013 – Representando o presidente Ibaneis Rocha, o vice-presidente da OAB/DF, Severino Cajazeiras, esteve presente na noite dessa segunda-feira (27), na Faculdade Projeção – campus de Taguatinga -, para prestigiar o recebimento do título de Grande Jurista Projeção pelo professor e doutor Alexandre de Moraes.

A solenidade foi marcada por muito entusiamo por parte dos estudantes que lotaram o auditório para ouvir um pouco da experiência dos presentes à mesa. Severino Cajazeiras parabenizou a direção da faculdade pela condução dos trabalhos. “É uma honra receber no Distrito Federal uma pessoa com tamanha estirpe como o doutor Alexandre de Moraes. A Faculdade Projeção está de parabéns e os acadêmicos também pelo renomado grupo de doutrinadores que vêm a cada mês proferir palestras”, destacou.

O diretor da Escola de Ciências Jurídicas e Sociais, professor Pierre Tramontini, agradeceu o apoio prestado pela OAB/DF e demais entidades. “Hoje estamos aqui com jovens que enxergam nessa mesa uma alternativa para o seu futuro. O nosso grande jurista é um jovem rapaz que batalhou e que se fez grande. Ele começou como nós e alcançou o sucesso pelo trabalho e empenho, afirmou.

PROJEÇÃO 27-05-2013 075Após o descerramento da placa em homenagem a Alexandre de Moraes – que batiza uma das salas do curso de Direito da unidade -, o advogado disse que o Brasil vive o maior período de estabilidade democrática da história Republicana. Moraes defendeu o papel constitucional do Supremo Tribunal Federal (STF). “Nós temos uma das três Cortes Constitucionais mais modernas do mundo. Podemos concordar ou não, mas desde 1988 o STF se manifestou sobre todas as grandes questões do país”, pontuou.

Também estiveram presentes o vice-presidente de Relações Jurídicas da Associação Nacional dos Procuradores Federais, Mauro César Santigo Chaves, e o diretor da unidade Sobradinho, professor Elvis Barreto (representando todos os diretores de unidade).

Reportagem e foto – Tatielly Diniz
Comunicação social – jornalismo
OAB/DF

Função social do advogado é destaque em entrega de carteiras

Brasília, 28/5/2013 – Representando o presidente da OAB/DF, Ibaneis Rocha, o vice-presidente Severino Cajazeiras recebeu 154 novos advogados, em duas solenidades de entrega de carteira, nesta terça-feira (28/5), no auditório da Seccional. Participaram da sessão solene, membros da diretoria, conselheiros, presidentes de subseções, familiares e amigos. Os advogados iniciantes receberam, além da carteira profissional, o bóton de identificação.

Cajazeiras parabenizou os jovens advogados exaltando a importância da participação de cada um nas atividades da Ordem. Apresentou os diversos órgãos da Seccional, que atuam em serviço dos novos advogados, como o Escritório Modelo e a Comissão do Advogado Iniciante, e convidou os novos membros a ocuparem o espaço na OAB/DF, participando ativamente das comissões e usufruindo do Clube do Advogado de Brasília. “A OAB se orgulha de tê-los conosco. Sabemos da luta, da dedicação, da garra e da angústia que os senhores passaram até que esse dia tão importante chegasse”, afirmou.

Representando os compromissandos da primeira turma, a oradora Larissa Prado Santana disse que a importância da atuação do advogado na sociedade é apresentada logo no início da faculdade. “Todos aqueles que seguirem na atuação da advocacia encontrarão obstáculos no caminho, mas lembremos da vontade e da felicidade de chegarmos até aqui onde, de fato, tudo começa. O mundo da advocacia ainda é desconhecido para alguns, embora já faça parte do cotidiano de outros, mas a partir deste momento, estaremos todos oficializados e em pé de igualdade para atuar como advogados”.

entrega de carteiras 28-02-2013 297“Os Bacharéis, os Juristas e os Advogados foram sentinelas avançadas em defesa de valores e de princípios, carregando as bandeiras da Justiça e da Liberdade, em permanente busca de um bem mais comum para a sociedade brasileira, marcada por um retardo inegável no advento dos Direitos Civis e por uma necessidade crônica de afirmação dos Direitos Humanos. Destas trajetórias cívicas vós sois herdeiros. Agora, quando as demandas sociais sugerem a necessidade da conferência de substância ao Estado Democrático de Direito, compreende-se que a sua realização processual demanda, também, o advento de um Estado de Direito Democrático. Trata-se da urgente agenda da mudança do Direito, quanto a sua forma de produção e quanto ao seu modelo de dicção, para que se transforme em um instrumento civilizatório de transmutação da vida social, segundo valores”, disse José Rossini Campos do Couto Corrêa, conselheiro federal pela OAB/DF e paraninfo da turma.

Leonardo Pinheiro, orador da segunda turma, afirmou que agora é o momento dos novos advogados se empenharem ainda mais. “A nossa maior causa é exercer a profissão essencial à Justiça, e por isso tão fundamental para a consolidação do Estado Democrático de Direito, para o fortalecimento das instituições. Profissão vigilante pela cidadania, vigilante pelo desenvolvimento, pelo progresso, vigilante para a busca e pela manutenção da paz. Acredito que não seja de toda fácil essa missão, mas a consciência de sua importância deve ser combustível para tornarmos em realidade aquilo que dimensionarmos como um bem comum justo e próspero”.

O paraninfo da segunda turma, Raul Livino, lembrou que na advocacia, o constante aprimoramento técnico é fundamental. “O instrumento daquele que quer ser o profissional da inteligência é estudar. Dominar o conhecimento é ter o poder, e eu sei que todos esperam prosperidade na advocacia, nessa época em que há uma acirrada concorrência. Mas eu digo que todas as vezes que alguém precisa de um bom advogado, saí procurando. Portanto aqueles que estudarem, que se dedicarem vencerão, pois não se preocupam com a quantificação de profissionais”.

Reportagem – Priscila Gonçalves
Fotos – Valter Zica
Comunicação Social – Jornalismo
OAB/DF

ARTIGO: Apoio à PEC 37 (apuração de infrações penais privativas das corporações policiais)

Brasília, 27 de maio de 2013

No dia 20 de maio do corrente, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) manifestou, por ampla maioria, apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) no 37. Essa proposição estabelece a privatividade da apuração das infrações penais pelas corporações policiais. Assim, restaria inequivocamente afastada a atuação válida do Ministério Público nessa seara.

Como Conselheiro Federal da OAB, integrante da bancada da OAB/DF, emprestei meu voto para a formação da deliberação amplamente majoritária referida. Em função desse voto, fui provocado, nos últimos dias, por vários colegas advogados e mesmo por não-advogados, como o meu pai, para justificar a posição sustentada no plenário do CFOAB. A provocação é compreensível, sobretudo diante de uma equivocada campanha midiática que aponta a PEC no 37 como a “PEC da Impunidade”.

Meu posicionamento parte de uma cuidadosa leitura da Constituição, tal como posta pelo constituinte originário. Com efeito, em dois dispositivos o Texto Maior trata explicitamente de “apuração de infração penal”. São os parágrafos primeiro e quarto do artigo 144. Nesses comandos, a “apuração de infrações penais” é expressamente cometida às corporações policiais designadas na Carta Magna (Polícia Civil e Polícia Federal).

Ao Ministério Público, no art. 129 do Texto Maior, o constituinte inaugural reservou os seguintes e relevantíssimos papéis: a) titular da ação penal; b) controle externo da atividade policial e c) requisição da instauração de inquéritos policiais e diligências no âmbito desses procedimentos.

Perceba-se que o constituinte não menciona clara e expressamente em momento algum, como fez para as polícias, competências investigatórias criminais para o Ministério Público. E há uma razão para tanto. O constituinte inicial desenhou um equilibrado sistema estatal de atuação em relação às infrações penais. Em indiscutível defesa do regime democrático e dos direitos fundamentais, o Texto Maior reservou a investigação criminal à Polícia, a acusação ao Ministério Público e o julgamento ao Poder Judiciário. A distribuição equilibrada e ponderada de poderes estatais nessa seara é de uma clareza solar e busca alcançar os fins constitucionais especialmente nobres antes aludidos.

Admitir que o Ministério Público possui poderes implícitos de investigação criminal, a partir da leitura do art. 129, inciso IX, da Constituição, importa em desequilibrar o balanceamento do sistema construído pelo constituinte primário. Não é por razão diversa que o referido dispositivo constitucional contém a seguinte cláusula “desde que compatíveis com sua finalidade” (para a definição e exercício de outras funções não-expressamente registradas). Ora, não é compatível com as finalidades do Ministério Público conduzir diretamente a investigação penal. O constituinte, sem dúvida razoável nesta afirmação, colocou o Ministério Público fora (numa posição externa) do inquérito policial. Os nobres integrantes dessa valorosa instituição atuam no inquérito policial de “fora para dentro”. Afinal, o controle é externo e a instauração do procedimento ou realização de diligências são requisitados, não são pura, simples e diretamente realizados.

Ressalte-se que na Lei Orgânica do Ministério Público Federal (Lei Complementar no 75, de 1993) não existe nada parecido ou próximo de uma competência investigatória no campo criminal para o Parquet. É sintomático e elucidativo que a Constituição não trate dessa competência e o legislador da Lei Orgânica do Ministério Público também não o faça. Só há uma explicação razoável para essas “ausências”: a competência em debate não figura entre o rol de atuações da instituição ministerial.

Observe-se ainda que o constituinte define a possibilidade do Ministério Público requisitar a abertura de inquérito policial e a realização de diligências no seio do procedimento instaurado. Assim, aplicada a mais elementar lógica formal, não tem sentido dizer que alguém pode determinar a abertura do procedimento e intervir nele de fora para dentro, inclusive realizando seu controle, se pode realizá-lo diretamente.

Aqui cabe destacar que o Ministério Público, instituição que merece todo prestígio, pode e deve combater a impunidade, em níveis preocupantes, exercendo suas missões constitucionais de controle externo da atividade policial e requisição da instauração de inquéritos e diligências investigatórias. O exercício intenso e efetivo dessas missões constitucionais, com amplo respaldo social e institucional, colocariam o combate à criminalidade em patamares consideravelmente superiores. Nesses rumos as energias do Parquet podem e devem ser gastas com os merecidos aplausos da sociedade brasileira.

O argumento “quem pode mais pode menos” não se aplica à matéria. Primeiro, porque não é um raciocínio lógico absoluto com utilização escorreita em todos os quadrantes e casos do universo jurídico. Segundo, porque é preciso verificar a natureza das competências consideradas e se essas não foram expressamente atribuídas a outros atores institucionais. Terceiro, é preciso estar atento para a construção de um eventual sistema para o exercício equilibrado de funções estatais complementares que não se confundem e não devem se confundir.

Na polarização do debate em torno da PEC no 37 uma das vítimas é o Procedimento Investigatório Criminal (PIC). Trata-se de expediente, adotado com fundamento em resoluções do Conselho Superior do Ministério Público e do Conselho Nacional do Ministério Público, para viabilizar, segundo consta, centenas de investigações criminais, já em curso, conduzidas por membros da instituição. Entendo, na linha da argumentação anterior, que esses procedimentos são indevidos ou inválidos como substitutos dos inquéritos policiais. Entretanto, como meros instrumentos de aprofundamento ou esclarecimento de elementos que o Ministério Público já detém, para melhor instrução da denúncia ou mesmo conclusão de que essa não cabe, são perfeitamente válidos.

São preocupantes os rumos da decisão, ainda não concluída, do Supremo Tribunal Federal no Recurso Extraordinário no 593727. Nesse caso, o STF aponta para o reconhecimento de poderes investigatórios criminais para o Ministério Público em dimensões consideráveis. Esse dado demonstra a necessidade jurídica de aprovação da PEC no 37 para adequada e clara fixação da decisão do constituinte originário.

Importa anotar que a solução (ou caminho de solução) dos graves e significativos problemas das deficiências policiais no campo da investigação das infrações penais não passa necessariamente pelo reconhecimento de poderes investigatórios criminais para o Ministério Público. Esses complexos problemas, com múltiplas facetas (logísticas, remuneratórias, tecnológicas, de inteligência investigatória, garantias contra ingerências políticas e econômicas, etc), precisam ser enfrentados por todos, inclusive o Ministério Público e as próprias corporações policiais, de forma clara e transparente.

Portanto, restam evidentes as necessidades política e jurídica de apoiar a PEC no 37. Não se trata de uma postura contrária ao Ministério Público. Muito menos consiste em trilhar um caminho de apoio às corporações policiais. Trata-se de prestigiar a Constituição, o equilíbrio de poderes estatais na seara da apuração e punição de infrações penais, o regime democrático e os direitos fundamentais.

*Aldemario Araujo Castro é mestre em Direito, procurador da Fazenda Nacional, professor da Universidade Católica de Brasília e Conselheiro Federal da Ordem dos Advogados do Brasil

Debate sobre os gargalos do sistema prisional domina palestra de Execução Penal

Brasília, 28/5/2013 – A Comissão de Ciências Criminais e Segurança Pública da OAB/DF realizou a palestra com o tema “Execução Penal”, nesta segunda-feira (27/5), no auditório da Seccional. Participaram como palestrantes, o juiz da Vara de Execução Penal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), Bruno André Silva Ribeiro, o deputado distrital Chico Leite, o subsecretário da Subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal, Cláudio de Moura Magalhães e o promotor de Justiça do Ministério Público de Pernambuco, Marcellus Ugiette.

O presidente da comissão, Alexandre Queiroz, falou sobre a visita realizada no Centro de Internamento e Reeducação (CIR), da Papuda, para ministrar palestra sobre a Lei Maria da Penha a 100 internos. Segundo os professores do CIR, foi a primeira vez que um representante da OAB/DF foi conversar diretamente com os presos. Alexandre disse que a interação serviu como preparo para o seminário. “A intenção da Ordem é fomentar o debate, trazer temas relevantes para a sociedade. E quando falamos em segurança pública, o cidadão tem a falsa impressão que o papel do Estado é só prender. A segurança pública vai muito além, e a questão da execução penal é de suma importância para se resolver o problema da violência, porque você joga quem praticou o delito dentro do sistema, mas um dia ele vai sair e se não é dado um tratamento digno, não há uma tentativa de ressocializá-lo ele volta paras ruas pior que entrou”.

Execução penal 27-05-2013 068Bruno André disse que há muitas criticas em relação ao sistema de execução penal, mas poucos atores efetivamente envolvidos para encontrar soluções neste campo. “O que me preocupa muito é o tema execução penal não ser prioridade do Pode Executivo, seja do Distrito Federal, seja em qualquer outro estado ou mesmo no Governo Federal. O juiz sentencia, prende, fiscaliza, mas quem tem é responsável em investir no sistema é o Executivo. Quando você adota uma política de segurança pública limitada ao encarceramento, o mínimo que se exige é que se invista no sistema, o problema é que nem isso nós temos”.

Cláudio Magalhães, subsecretário da SESIPE, falou sobre a importância dos debates. “É extremamente saudável a iniciativa da OAB/DF em discutir o tema e até mesmo para que a população do Distrito Federal tenha a consciência e conhecimento mais aprofundado de como anda o nosso sistema penitenciário. Nós querermos mostrar a realidade com toda a transparência do que efetivamente acontece junto do sistema, o que estamos fazendo e o que pretendemos fazer. Precisamos desse trabalho em conjunto para que as soluções realmente apareçam e assim consigamos cumprir a finalidade da pena, que além da punição, obtenhamos a ressocialização”.

Execução penal 27-05-2013 094Como terceiro palestrante da noite, Chico Leite disse que é necessário enfrentar os problemas do sistema prisional. “O principal gargalo do sistema é a irresponsabilidade com que as autoridades tratam o problema porque não dá voto, jogando para debaixo do tapete. Precisamos debater o tema e não ficar no discurso fácil de que bandido bom é bandido morto. Esse enfrentamento precisa ir às causas do problema, pois se nós não dermos alternativas das pessoas atuarem conforme o direito, nós vamos ter muita dificuldade de cobrar pelo erro, por isso é preciso repensar as condições humanas”.

O promotor de Justiça Marcellus Ugiette, que também integra a Comissão de Reforma da Lei de Execução Penal, do Senado Federal, elogiou a iniciativa da Seccional. “É preciso que haja essa reflexão num momento oportuno onde temos a reforma do Código Penal e a reforma da Lei de Execução Penal em tramitação no Senado. É preciso que esses debates se estendam para os fóruns, nas faculdades, para que a sociedade civil possa participar intensamente disso. A OAB é instrumento de fomentação dos debates e conclusões para que possamos crescer nesses aspectos”.

Reportagem – Priscila Gonçalves
Fotos – Valter Zica
Comunicação Social – Jornalismo
OAB/DF

Brasil e Itália: Seminário discute segurança alimentar, certificações e falsificações em matéria alimentar

Brasília, 27/5/2013 – A interação e a troca de ideias entre o Brasil e a Itália na questão da segurança alimentar, certificações e falsificações foram discutidas na Conferência Cultura e Legalidade, promovida pela OAB/DF, por meio da colaboração da advogada ítalo-brasileira e membro da Comissão de Prerrogativas, Elaine Starling, em parceria com o Instituto Siciliano Fernando Santi. O evento segue até quarta-feira (29) e pretende debater, ainda, o combate ao tráfico de drogas, ao crime organizado e à função das organizações estatais e locais.

Representando o presidente Ibaneis Rocha, o vice-presidente OAB/DF, Severino Cajazeiras, abriu o ciclo de debates na sede da Ordem. “É com muita satisfação que recebemos essa delegação e os acolhemos nesse evento. Esses temas são de interesse geral da coletividade, não só do Distrito Federal, mas de todo o Brasil”, argumentou. A mesa foi coordenada pelo presidente da Comissão de Ciências Criminais e Segurança Pública, Alexandre Queiroz.

O presidente do Insituto Regionale Fernando Santi, Luciano Luciani, disse que o encontro entre esses dois países trará frutos para os dois. “É por isso que nós estamos levando uma política que favoreça o escambo em matéria de agricultura e zootécnica. Uma alimentação de qualidade é conectada com a saúde das pessoas. Em respeito a isso, consideramos que o Brasil está fazendo em matéria de segurança alimentar”.

O diretor da Empresa Especial SSICA, Luigi Palmieri, apresentou novas tecnologias térmicas e não térmicas utilizadas para melhorar as propriedades nutricionais e sensoriais do produto. “O consumo energético para as empresa fica menor. Também causa menos impacto no meio ambiente quer por insumos energéticos ou por emissões no processo”, explicou.

O fiscal anti-máfia da Itália, Antonio Ingroia, falou sobre sua experiência no combate a crime organizado à frente do Ministério Público. “Eu acredito que em cada setor existe uma criminalidade organizada e é preciso reforçar os instrumentos internacionais. No futuro teremos uma demanda mundial anti-máfia que não se ocupe unicamente da máfia, mas de cada forma de violação das Leis”.

O representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Hélcio Campos Botelho, mostrou como o Brasil lida com a questão da segurança alimentar e o trabalho do Ministério. “O papel do Mapa é promover o desenvolvimento sustentável, via agregação de valores aos produtos, ressaltando as diferenças e identidades culturais”, disse.

Botelho listou alguns produtos brasileiros que têm apoio do Mapa para produção, são eles: café, queijo artesanal, cachaça, farinha de mandioca, mel, vinho, açaí, erva mate, abacaxi e carne de sol. “Também reconhecemos os produtos internacionais vendidos aqui. Prova disso é o reconhecimento do produto Champanhe como propriedade intelectual da França”, finalizou.

Reportagem – Tatielly Diniz
Foto – Valter Zica
Comunicação social – jornalismo
OAB/DF

Seccional comemora 53º aniversário durante a abertura do 29º Campeonato de Futebol

Brasília, 27/5/2013 – No último sábado (25), o presidente da OAB/DF, Ibaneis Rocha, celebrou o 53º aniversário da Seccional durante a abertura do 29º Campeonato de Futebol de Campo. Ibaneis disse que a Ordem tem mostrado sua importância para o Distrito Federal e o Brasil. “Já enfrentamos várias lutas e vamos continuar em nome da dignidade da advocacia”, afirmou.

O presidente da Seccional aproveitou o momento para saudar os jogadores. “Bom campeonato, espero que terminem o Campeonato mais unidos”. Após o discurso, houve queima de fogos em comemoração à solenidade.

O tema do Campeonato em 2013 é Copa das Confederações. Seis times disputam o torneio. São eles Brasil, Espanha, Itália, Japão, Nigéria e Uruguai. As equipes são formadas por advogados, estudantes de direito, estagiários e dependentes de advogados. As categorias são adulto (até 35 anos de idade) e master (a partir de 36 anos de idade).

O coordenador do campeonato, Fernando Augusto Pinto, explicou como funciona o torneio. “Os jogos dos times master são pela manhã e dos adultos à tarde. O regulamento é muito severo, existe uma Comissão Disciplinar, temos um procurador – que faz a denúncia do atleta que comete falta”. Fernando disse que serão formados dois times para disputar Campeonato Brasileiro em Aracaju, em outubro.

O presidente do Clube dos Advogados, o conselheiro Seccional Marcelo Martins, afirmou que “ o objetivo é encontrar os amigos e fazer novas amizades. Estamos tentando resgatar os advogados que gostam de jogar bola e também fazer com que eles tragam a família para aproveitar o espaço de lazer do Clube”.

Informações: 3223-8276 / [email protected]

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Reportagem – Tatielly Diniz
Foto – Valter Zica
Comunicação social – Jornalismo
OAB/DF

Cajazeiras recepciona representantes da Conferência Itália e Brasil

Brasília, 27/05/2013 – O vice-presidente da OAB/DF, Severino Cajazeiras, recebeu representantes do Instituto Italiano Fernando Santi e da Embaixada da Itália para apresentar o programa da “Conferência Cultura e Legalidade”. O evento acontece dos dias 27 a 29 de maio, no auditório do Edifício Maurício Corrêa.

A abertura da conferência será nesta segunda-feira, às 14h30, com o seminário “Segurança alimentar, certificações e falsificação em matéria alimentar”. Na terça-feira, a partir das 18h30, será a vez do seminário “Combate ao tráfico de droga e triangulação dos Países Andinos, o Brasil e a Itália”. Já na quarta-feira às 9h, acontecerá na Faculdade de Direito da UnB o seminário “Coesão social, segurança urbana, exclusão social da faixa jovem da população”. O encerramento da Conferência será na quarta-feira, às 18h30, com o debate sobre “Combate ao crime organizado e a função das organizações estatais e locais – o seqüestro, o confisco e a gestão dos bens subtraídos da máfia, na legislação italiana e siciliana”.

Participarão da Conferência o fiscal anti-máfia e ex-consultor da ONU na Guatemala, Antônio Ingroia; o ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Carlos Fernando Mathias; o ex-presidente do Conselho Federal da OAB, Cezar Britto, e o presidente da OAB/DF, Ibaneis Rocha.

A parte cultural do evento ficará por conta de uma mostra de 30 fotografias artísticas que representam a Sicília. Entre as fotos que estarão expostas está a imagem de Cristo Pantocratore, da Catedral de Cefalù, ícone do Ano da Fé 2012/2013.

Reportagem – Nádia Mendes
Foto – Valter Zica
Comunicação Social – Jornalismo
OAB/DF

OAB quer rigor na transparência dos municípios

Brasília,26/5/2013 – Advogados, magistrados, membros do Ministério Público, jornalistas e cidadãos devem atuar juntos para fiscalizar se os 4.958 municípios brasileiros que, a partir de segunda-feira (27), são obrigados a disponibilizar seus gastos detalhados na Internet conforme determina a Lei Complementar 131, de 2009, estão cumprindo a legislação.

O alerta é do presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius, ao defender o cumprimento integral dessa lei e a de Acesso à Informação (nº 12.527/2011), que completa um ano. “Essas leis constituem importante instrumento de democracia direta, por meio do qual o cidadão pode fiscalizar e controlar os gastos públicos, garantindo a aplicação mais adequada do dinheiro que pertence ao povo em seu próprio benefício”.

Marcus Vinicius destacou a importância de que todas as instituições se dêem as mãos na tarefa de monitorar os gastos públicos. Ele lembrou que a OAB, por estar fisicamente presente em mais de mil municípios brasileiros por meio de suas Subseções, estará vigilante e atenta para o cumprimento do que chamou de “tarefa cidadã” de acompanhar os gastos públicos.

Além de ingressar com representações junto ao Ministério Público e Tribunais de Contas, a OAB pode oficiar o gestor e orientá-lo sobre a melhor forma de cumprir as leis da transparência e tem, ainda, legitimidade para ingressar com ações de improbidade administrativa, se for o caso.

Para contribuir com a fiscalização dessas despesas, a OAB criou a Comissão Nacional de Controle Social dos Gastos Públicos, que terá como missão cobrar dos poderes públicos e fiscalizar o efetivo cumprimento do direito de acesso à informação e transparência na gestão pública. “Só assim colocaremos o Brasil entre as nações mais civilizadas, nas quais os gastos públicos são totalmente monitorados pela sociedade”, afirmou. “Não se faz necessário apenas que mais recursos sejam gastos em saúde, educação e segurança. É preciso que se verifique a qualidade desses gastos, ou seja, se estão realmente sendo revertidos em prol das prioridades do cidadão”, analisa.

Ao destacar que a ferramenta de acesso à informação ainda não é perfeita, o presidente da OAB defendeu que os governos federais e estaduais divulguem mais suas contas e preencham lacunas que ainda encontram-se abertas. Segundo Marcus Vinicius, há gastos que ainda não vem sendo divulgados pelo governo federal, citando, como exemplo, valores referentes à dívida pública, que hoje consome cerca de 47% dos gastos públicos federais no país.

“Não se sabe ao certo a origem dessa dívida, quem são os credores e, mais importante, quais os critérios de correção e juros nominais incidentes. A sociedade precisa cobrar mais transparência com relação a esse importante gasto”, acrescentou o presidente da OAB, afirmando que a Comissão de Controle dos Gastos Públicos da OAB irá tomar as medidas necessárias para garantir a divulgação desses gastos.

Fonte: Conselho Federal da OAB
Foto – Eugenio NOvaes