OAB/DF participa de debate sobre Letramento Racial com a Microsoft

A Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF), por meio da Comissão de Igualdade Racial e Social, participou nesta segunda-feira (24/06) de um evento promovido pela Microsoft em seu departamento de Assuntos Jurídicos e Corporativos para discutir Letramento Racial.

O bate-papo contou com a participação do presidente da Comissão de Igualdade Racial e Social da OAB/DF, Beethoven Andrade, além de servidores da Polícia Civil do Distrito Federal (DECRIN), do Núcleo de Direitos Humanos do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, e do Laboratório de Crimes Cibernéticos do Ministério da Justiça.

Aristides Moura, gerente de Relacionamento com Autoridades de Investigação, destacou a importância da diversidade como valor fundamental da empresa. “A Microsoft tem a diversidade como um de seus valores principais e promove diversas ações em diferentes pilares, como igualdade de gênero, igualdade racial, acessibilidade, LGBTQIAPN+ e neurodiversidade, entre outros, para trazer maior visibilidade aos temas e abordar questões relevantes para o combate ao preconceito, em suas mais diversas formas.”

Durante sua participação, Beethoven Andrade ressaltou o que seria o letramento racial e o que ele representa. “O letramento racial vai além de simples palavras; ele representa uma ferramenta poderosa de conscientização e combate ao racismo em nossa sociedade. Historicamente, o Brasil enfrentou desafios significativos em relação à discriminação racial, com a manutenção de estruturas que perpetuam o preconceito. Apesar da ideia de uma ‘democracia racial’, a invisibilidade da identidade racial branca e os estereótipos constantes enfrentados pela comunidade negra contribuem para a complexidade do panorama racial no país.”

Beethoven também expôs dados dodo Censo 2022 que apontam que pela primeira vez, desde 1991, a maior parte da população brasileira (45,3%) se declarou como parda; o equivalente a cerca de 92,1 milhões de pessoas, cerca de 43,5% (88,2 milhões de pessoas) se declararam brancas, 10,2% (20,6 milhões) se declararam pretas, 0,6% das pessoas (1,2 milhão) se declararam indígenas e 0,4% (850,1 mil) se declararam amarelas.

Ao final de sua apresentação, Beethoven agradeceu a oportunidade. “Foi um debate enriquecedor e participativo, onde pudemos dialogar sobre o racismo estrutural e suas nuances, com uma abordagem sobre a necessidade de implementação de políticas voltadas à educação das bases como forma de fomentar o letramento racial da sociedade brasileira. Muito grato pelo resultado obtido, espero que possamos ter mais diálogos participativos, com trocas de conhecimentos e visões diferentes do mundo para podermos alcançar o objetivo de ter uma sociedade mais justa e igualitária.”

Jornalismo OAB/DF