Ao lado da modelo e empresária Luiza Brunet, advogadas desenvolveram o painel “Empreendedorismo e Sucesso” na III Conferência Distrital da Mulher Advogada, realizada pela Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) nos dias 10 e 11 de junho.
Graciela Slongo, presidente da Subseção do Gama e presidente da mesa, destacou a importância do diálogo e do debate contínuo para garantir que as vozes femininas sejam ouvidas e respeitadas. “A gente ainda precisa estar debatendo, falando e sendo ouvidas para que possamos em um futuro, que espero que seja próximo, lembrar que a gente buscou o que foi preciso para mudar o que está errado, não só para nós, mas também para as gerações futuras. Enquanto for necessário, nós vamos estar aqui falando em quantos eventos ainda se fizerem necessários.”
Mirian Lavocat, especialista em Direito Tributário, falou sobre o simbolismo da advocacia em sua vida. “Todas as vezes que piso neste plenário, me emociono, a sensação é que vou receber a minha carteira da OAB. O coração bate de uma forma diferente. E lá se vão 33 anos de caminhada. O que nos motiva é o amor e o carinho pela nossa profissão, que nos habilita a defender, a ser a voz para falar mais alto, em tantas missões e que elas sejam sempre dignas e estejam do lado da justiça.”
Na ocasião, Beatriz Guimarães, presidente do Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura do DF (CMEC-DF), compartilhou dados que elegem o Brasil como o sétimo país com o maior número de empreendedores, contando com cerca de 52 milhões de pessoas nesse segmento, dos quais 32 milhões são mulheres. Segundo ela, “49% das empreendedoras são líderes de suas famílias, elas se sustentam. E 40% das empreendedoras abrem de 1 a 5 vagas. 82% das mulheres empreendem por necessidade. Temos que inverter e empreender por oportunidade.”
Beatriz discorreu também sobre as habilidades necessárias para se destacar no mundo dos negócios. “É por isso que as mulheres se destacam, porque temos capacidade de visão 360, flexibilidade, capacidade de comunicação, espírito colaborativo, adaptabilidade, comprometimento e liderança. Essas são características naturais das mulheres e que devemos explorar cada vez mais.”
Finalizando o painel, a conselheira seccional Desirée Sousa falou sobre a relevância da Conferência. “Hoje é um dia incrível para nós, mulheres da OAB, porque estamos nesse combate e nessa luta para dar visibilidade a todas as mulheres. O sucesso requer dedicação, e estamos vendo nessa Conferência mulheres ocupando espaços de poder que há um tempo atrás a gente não vislumbrava. Precisamos estar juntas e precisamos dos homens nessa luta com a gente, porque não é fácil. ”
Ao todo, a Conferência ofereceu palestras e paineis sobre assédio no ambiente de trabalho; gestão de escritório; inteligência emocional; direito à felicidade; maternidade e carreira; prática da pesquisa empírica; liderança feminina; empreendedorismo; sobrevivência na era digital; novos nichos da advocacia; stalking; violência política de gênero; transformação do cenário jurídico; participação de mulheres negras nos espaços de poder e desafios da advocacia pública. Todos os temas forneceram uma visão abrangente sobre os desafios e oportunidades para as mulheres advogadas.
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Jornalismo OAB/DF