“É a OAB/DF agindo de acordo com a agenda do meio ambiente preservado; da sustentabilidade”, afirma Délio Lins e Silva Jr., presidente da Seccional
A Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) recebeu placas de energia solar fotovoltaica, seguindo o plano estratégico da Seccional que envolve a substituição da fonte de energia convencional por energia solar fotovoltaica.
Até o momento, o edifício sede recebeu 73 placas, o Clube da Advocacia 307, a Subseção de Sobradinho 54 e a de Taguatinga 50 placas. A medida visa a contemplar todo o sistema OAB.
Ao anunciar a mudança, o presidente da Seccional destacou os benefícios esperados do projeto. “Estamos prevendo uma economia expressiva, estimando cerca de 80% de redução no consumo de energia, ao mesmo tempo em que contribuiremos positivamente para o meio ambiente. É a OAB/DF agindo de acordo com a agenda do meio ambiente preservado; da sustentabilidade”, ressaltou Délio.
O projeto foi conduzido pelo diretor tesoureiro da Seccional, Rafael Martins, que explica a decisão nesse investimento. “A OAB/DF buscou a energia fotovoltaica por duas razões: economia financeira e adesão às boas práticas ambientais. A energia fotovoltaica é uma fonte ‘limpa', e o nosso objetivo é diminuir o impacto ambiental”, afirmou.
Segundo Rafael Martins, a iniciativa prevê uma economia significativa para a Ordem. “Poderemos redirecionar recursos para áreas estratégicas, permitindo manter a anuidade no menor patamar do Brasil, como temos hoje.” explicou o diretor tesoureiro.
Inovação e sustentabilidade
Rafael Amaral Shayani, doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade de Brasília (UnB), professor do Departamento de Engenharia Elétrica (ENE) da mesma instituição e especialista em energia solar fotovoltaica destaca que essa energia se configura como uma inovação tecnológica ao produzir eletricidade de maneira eletrônica a partir da luz solar.
De acordo com o engenheiro, os painéis solares, compostos principalmente de silício, o mesmo material utilizado em chips de computador, se destacam pela abundância desse elemento na natureza, presente na areia, na crosta terrestre e em diversas formas. “Em contraste com outras formas de geração de energia, como hidrelétricas e termoelétricas, que demandam movimentação para gerar eletricidade, o sistema fotovoltaico aproveita diretamente a luz do Sol para produzir elétrons, eliminando a emissão de gases de efeito estufa durante seu uso”, analisa.
No aspecto técnico, o professor explica que a eficiência dos painéis está diretamente relacionada à área necessária para sua instalação. “Embora um painel mais eficiente ocupe menos espaço, a eficiência já é bastante alta, sendo possível gerar toda a eletricidade necessária em uma residência com apenas um terço do telhado coberto. O desafio principal reside na questão econômica, exigindo um investimento inicial substancial, mas com um retorno atrativo a curto prazo.”
“O sistema fotovoltaico conectado à rede elétrica, sem o uso de baterias, é apontado como a opção mais popular pelo especialista. Isso se deve à economia de custos, à limitada vida útil e ao impacto ambiental associados às baterias. A conectividade à rede permite uma gestão eficiente do excedente de energia gerado durante o dia, reduzindo ou eliminando a necessidade de energia da rede durante a noite”, esclarece.
Por fim, Rafael ressalta que a energia fotovoltaica surge como uma solução ambientalmente benéfica, economicamente atrativa e tecnologicamente inovadora. “Seu potencial positivo se estende desde a redução de gases de efeito estufa até o estímulo ao setor elétrico, proporcionando retorno econômico para os investidores individuais ou corporativos. É, portanto, uma opção benéfica para todos os envolvidos”, conclui.
Jornalismo OAB/DF