“Uma a cada três advogadas (33%) e um para cada 14 advogados já foram assediados sexualmente. Nesse segmento profissional, uma a cada duas mulheres (50%) e um para cada três homens (33%) já sofreram assédio moral. Esses são dados de um levantamento bem recente (Pesquisa Internacional Bar Association – IBA). Infelizmente, por isso, alguns profissionais já tentaram o suicídio e outros suicidaram-se de fato. Assim, vimos que é imprescindível agir contra essas situações e o fazemos por meio de uma campanha inédita de conscientização, prevenção e enfrentamento ao assédio moral e sexual, promovida pela Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil”, explica a presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/DF, Nildete Santana de Oliveira.
Nildete coordena a campanha “Assédio Moral e Sexual: Reconhecer para enfrentar”, organizada pela comissão, e que será lançada na próxima segunda-feira, 3 de maio. Lembrando que, no próximo domingo (2 de maio) celebra-se o Dia Nacional de Combate ao Assédio Moral. “Nossa ação consiste em divulgação de informações por cards e vídeos sobre o tema, por meio das redes sociais da OAB/DF. Temos uma entrevista já programada para a Rádio Justiça sobre essa temática, na segunda-feira (dia 3 de maio), às 10h40, e haverá o lançamento de um livreto no dia seguinte, terça-feira (4 de maio). No encerramento da campanha, acontecerá a palestra “Assédio Moral e Sexual no Ambiente de Trabalho”, quarta-feira (dia 5 de maio), a partir das 19h”, conta a presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/DF.
A palestra “Assédio Moral e Sexual no Ambiente de Trabalho” será com Ludmila Reis Brito Lopes, Procuradora Regional do Trabalho; Marcelise Azevedo, advogada, e Nildete Santana de Oliveira, presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/DF.
Acesse essa palestra pelo canal oficial da OAB/DF no YouTube aqui.
Nildete aponta que a área jurídica compreende não só a advocacia, mas juízes, promotores, servidores públicos etc. A prática do assédio sexual ou do assédio moral ou de ambos acontecimentos traz enormes danos a esses trabalhadores, conhecidos como operadores do Direito, e à sociedade de um modo geral.
“Na campanha explicaremos o que é o assédio, o que é a conscientização, como prevenir, o que a empresa ou o escritório podem fazer, o que o assediado deve fazer para proteger-se e enfrentar o problema”, detalha Nildete.
A vítima de um ou dos dois assédios pode denunciar na empresa e na delegacia. A empresa pode promover ações específicas para inibir e coibir esse tipo de prática. O livreto trata de todo esse universo.
O título da campanha quer reforçar o reconhecer para enfrentar o problema porque, às vezes, a pessoa não identifica que o que ela está passando é assédio. A pessoa, enfim, não se reconhece como vítima. Às vezes, a vítima até identifica que está ocorrendo alguma coisa, mas não tem fé em denunciar”, complementa a presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/DF.
“O assédio é algo realmente sutil e por vezes despercebido por todas e todos nós. Ficar alerta aos detalhes, entender os contextos é a grande chave para evitar, coibir, não praticar e denunciar”, resume Nildete.
Texto: Montserrat Bevilaqua
Comunicação OAB/DF