Representando a presidência da Seccional, o diretor tesoureiro da OAB/DF, Antonio Alves, participou da cerimônia de posse da nova diretoria do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10). As desembargadoras Maria Regina Machado Guimarães e Márcia Mazoni Cúrcio Ribeiro, assumiram, respectivamente, os cargos de presidente e vice-presidente do TRT-10, na tarde de sexta-feira (23).
Em seu discurso, o diretor da OAB/DF registrou em sua saudação que a Ordem dos Advogados e a Associação dos Advogados Trabalhistas do DF têm tido uma excelente relação com o Tribunal, agradeceu os pleitos atendidos pela Casa e desejou que a harmonia se mantenha na próxima gestão. “Como estamos sempre conversando, alguns problemas são resolvidos antes mesmo de acontecerem e os advogados trabalhistas não precisam enfrentar grandes problemas. O trabalho é conjunto”, garantiu Antonio Alves.
Sobre as alterações trazidas pela reforma trabalhista, Alves afirmou que “a advocacia espera e acredita que a Corte possa ajudar a sociedade, aos trabalhadores e ao movimento sindical, para que sofram menos impactos com as alterações”.
A desembargadora Maria Regina, presidente empossada, falou da esperança da retomada do papel de destaque da Justiça Trabalhista no cenário nacional, com a valorização da magistratura. “Avançaremos sempre abertos ao diálogo franco e democrático com todas as instituições essenciais à eficaz administração”, assegurou, por fim, a nova presidente do TRT10.
Já a presidente da Amatra10, juíza Rosarita Caron, disse que a composição atual da cúpula da Décima Região, no mês de comemoração e homenagem às mulheres, é muito emblemática. Para ela, ainda persiste no cenário do século 21 a discriminação de gênero, embora tenha diminuído no serviço público. Em seu discurso, a magistrada pontuou numericamente a desigualdade de oportunidades que faz com que mulheres sejam minorias em cargos de poder. “Vejamos o exemplo da nossa casa trabalhista. No Primeiro Grau, onde o ingresso se dá por concurso público, das 86 vagas da Décima Região, 46 são preenchidas por mulheres, ou seja, 53,48%. A partir do Segundo Grau, onde se inicia a nomeação pelo Executivo, registro verdadeiro absurdo. De 17 desembargadores, seis são mulheres. Portanto, 35%. No TST, de 27 ministros, apenas seis mulheres são ministras, percentual de 22%”, alertou a juíza.
Emoção na despedida
Ao discursar pela última vez como presidente do TRT10, o desembargador Pedro Luís Vicentin Foltran contou que refletiu muito nos últimos dias de sua gestão sobre a forma de conduzir seus pensamentos nessa etapa de transição. O magistrado agradeceu a todos pelo apoio e focou sua fala em três substantivos: felicidade, gratidão e esperança. “Não que nosso Tribunal tenha sido, ou seja, perfeito. Muito longe disso. Mas nós demonstramos a capacidade de mudar e de melhorar a nossa própria vida e, principalmente, as daqueles que buscam os nossos serviços. Se eu lhes tivesse dito dois anos atrás que superaríamos a maior recessão da nossa história, talvez dissessem que estávamos querendo demais. Crescemos nos erros e nas dificuldades. Nelas desenvolvemos nossa capacidade ilimitada de encarar o risco e toda essa reinvenção significou que nos preparamos cada vez mais para enfrentar o futuro”, concluiu.
A diretoria comandará o Tribunal no biênio 2018/2020. Também estiveram presentes da cerimônia de posse os conselheiros Seccionais Alessandra Camarano, Denise Rodrigues, Dino Andrade e Wanderson Menezes.
Com informações do TRT10