Em sua explanação na Conferência da Advocacia, realizada na manhã desta quarta-feira (29), o presidente da OAB/DF, Juliano Costa Couto, pediu que a OAB, por meio dos órgãos competentes, busque a presença de matérias afetas à gestão de escritórios na grade curricular dos cursos de Direito. A votação da proposta foi aprovada pela maioria dos presentes.
A proposição surgiu após Costa Couto falar sobre como se deve estimar e valorizar os honorários. Segundo o presidente, muitas vezes o jovem advogado não consegue perpetuar-se na profissão porque a faculdade não ensina sobre honorários. Por isso, o ensinamento seria muito bem vindo pela jovem advocacia.
Além disso, o presidente compartilhou que, antes, o advogado era um amigo da família, bastava ganhar a causa para que o cliente ficasse satisfeito. “Hoje, se tiver qualquer problema durante o processo, o cliente procura outro advogado. Construir uma marca é um grande desafio. Mantê-la é um desafio ainda maior. O mais difícil não é chegar ao preço ideal de honorários, mas ouvir o sim do cliente. Ganhe confiança, mostre expertise e, só depois, passe o preço. O preço mínimo é mais importante que o preço máximo. Evite prejuízos”, instruiu Couto.
Ao concluir os trabalhos, o presidente da mesa, Alexandre Cesar Dantas concordou com o presidente da Seccional cobrou a valorização do profissional. “Temos que evitar o leilão do nosso serviço ou será desconsiderado o que realmente valoriza o trabalho”.
Além desses participaram do painel o desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Kassio Nunes Marques; o presidente da OAB de Goiás, Lúcio Flavio Siqueira de Paiva; o diretor pedagógico do Damásio Educacional, Darlan Barroso; o professor da Universidade Federal do Paraná, Eduardo Talamini; o advogado, Roberto Rosas e o advogado e membro da OAB de Minas Gerais, Raimundo Cândido Junior.