Diante dos fatos noticiados na manhã desta quinta-feira (18), o presidente da OAB/DF, Juliano Costa Couto, requereu ao Conselho Federal que os fatos sejam apurados. Ainda hoje, o presidente da OAB/DF buscou ter acesso aos autos a fim de obter certidão de nada consta para comprovar a sua não atuação nos autos do processo, bem como a inexistência de procuração em seu nome. Porém, como os autos já estavam com carga para o Ministério Público Federal, protocolizou-se na Procuradoria da República do DF pedido de emissão da certidão ou imediata devolução do processo à Justiça Federal. Confira, abaixo:
O presidente da OAB-DF, Juliano Costa Couto, protocolou na tarde desta quinta-feira no Conselho Federal da Ordem um ofício em que pede para que sejam apurados os fatos que envolveram seu nome nas delações feitas pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos do frigorífico JBS.
“Hoje pela manhã meu nome apareceu na imprensa como um dos supostos delatados na delação da JBS. Isso não corresponde à verdade. A decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, não menciona isso. O que fiz foi somente a indicação do profissional que atuou posteriormente na causa. Por isso estou solicitando ao Conselho Federal da OAB a instauração de um processo para apuração desses fatos na íntegra e estou a inteira disposição para colaborar da forma como for necessário”, disse Costa Couto.
Ele afirmou que somente fez a indicação de advogado para atuar no processo por ser alguém que já atua em várias causas de renome no âmbito do Distrito Federal. Não participou de qualquer contratação, não tem qualquer procuração nos autos e nunca atuou no processo, “Fato que será comprovado através da certidão já solicitada através de petição protocolada junto ao MPF. A citação no despacho do ministro Fachin é no que diz respeito a indicação do advogado. Não fui objeto de qualquer medida judicial ou pedido do Ministério Público nesse sentido”, afirmou o presidente da OAB-DF.
Costa Couto falou também a respeito de documento que indicaria sua atuação pela Eldorado Brasil Celulose, empresa controlada pelo grupo JBS. “Aquela petição foi feita pela Eldorado Celulose, empresa com a qual eu não tenho vínculo formal e nem celebração de contrato, pedindo a destituição dos meus poderes, sendo que nunca os recebi. Não participei da confecção daquela petição, que foi feita pelo departamento jurídico interno da empresa”, declarou o presidente da OAB-DF.
“É louvável a atitude do presidente Juliano Costa Couto, que se coaduna exatamente com os princípios de transparência da Ordem dos Advogados do Brasil. Os fatos serão rigorosamente apurados, a pedido do próprio presidente Juliano. Os resultados da apuração serão amplamente divulgados”, disse o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia.
Com informações e foto do CFOAB