A Seccional da OAB do Distrito Federal realiza, nesta sexta-feira (17), a Conferência da Mulher Advogada. O evento teve 800 participantes que puderam contar com 90 palestrantes em 18 painéis temáticos. Um deles abordou a questão de como montar seu escritório de advocacia e progredir na carreira. A relatora da mesa foi a advogada Rubia Gonçalves.
A mesa foi comandada pela ex-presidente da OAB/DF, Estefânia Viveiros, que contou sua história na advocacia. Formada aos 21 anos, Estefânia decidiu que seguiria carreira na advocacia e também na área acadêmica. Ela deu dicas de como ter sucesso na carreira e disse que é preciso persistência. “Não existe sucesso sem determinação. Para o escritório temos que ter persistência. Os frutos chegam, mas depois de um bom tempo. Depois de escolhido um caminho, jamais voltar. Disposição, proatividade, resiliência, profissionalismo, coragem, temperança, empatia e, sobretudo, o mais importante, o desenvolvimento educacional. Temos que estar sempre estudando. Para ter sucesso na advocacia, é preciso de uma conjuntura de fatores. O primordial e a ética e consciência tranquila”.
Em seguida, a presidente da Comissão das Sociedades de Advogados, Mariana Prado, falou sobre a parte de formalização da sociedade, seja ela unipessoal ou pluripessoal. “Hoje temos uma modalidade nova, que é a unipessoal. É uma grande conquista da advocacia. Lutamos no legislativo e temos a figura da sociedade individual”, disse. Ela ainda falou sobre a diferença de tributação no Simples, que passa de 27,5% na pessoa física para 4,5% na pessoa jurídica.
“O primeiro passo para criar a sociedade é registrar na OAB, depois disso você vai levar a documentação à Receita Federal para ter a inscrição no CNPJ e depois disso ir à secretaria da Fazenda do Distrito Federal”, disse Mariana que ainda comentou sobre a necessidade de assessoria contábil depois que a sociedade estiver concluída.
Elisabeth Ribeiro, presidente da Comissão de Mediação, falou sobre a nova modalidade de solução de conflitos que veio com o Novo Código de Processo Civil. Segundo ela, a mediação é uma forma de solução rápida e que traz satisfação para ambas as partes. “O novo CPC requer de nós advogados uma visão mais pragmática para aceitar essas novas soluções de conflitos”.
A presidente da Comissão de Mediação da Subseção de Taguatinga, Nathaly Rocholl, abordou a questão do Direito Internacional. Ela disse que o profissional do Direito precisa ter conhecimento de convenções, tratados, resoluções e conhecimento de idiomas para se destacar na área.
“Quando vocês vão trabalhar com Direito Internacional têm que focar no público ou no privado. Uma coisa fundamental é perceber as diferenças culturais. Muitas vezes uma falta de cuidado é suficiente para atrapalhar uma negociação. Outra coisa fundamental é a questão do fuso horário. O seu cliente quer a solução do problema, não importa se você está dormindo”, afirmou Nathaly.
A advogada Patrícia Garrote, especialista em Direito de Família, falou sobre como manter um escritório de advocacia. “Advocacia é um risco que a gente corre todo dia. O primeiro passo para ter sucesso é decidir. O único poder que nós temos é o poder da informação. Sejam as melhores, não aceite menos que o melhor”.