A Subseção do Gama recebeu, na quinta-feira (3), o projeto Seccional Itinerante no Fórum desembargador José Fernandes de Andrade. Os advogados militantes na região puderam utilizar os serviços de protocolo, tesouraria, Comissão de Seleção, pegar orientações sobre sociedades de advogados e emitir o certificado digital. Além disso, também puderam despachar assuntos diversos com o presidente da OAB/DF, Juliano Costa Couto.
Acompanhado do presidente da Subseção, Amaury Santos de Andrade, e da vice-presidente, Graciela Slongo, o presidente Costa Couto visitou as dependências do Fórum, conversou com advogados, estagiários, servidores e magistrados. Ao visitar o gabinete do juiz Manoel Franklin Fonseca Carneiro, o grupo conversou sobre a uniformização dos procedimentos e correto trato dos direitos dos jurisdicionados. “Acho que o juiz deve ter consciência de todos os outros operadores do Direito. Ele tem que tomar cuidado e pensar em todas as consequências que a decisão vai gerar. Toda questão jurídica geralmente tem dois ou três entendimentos possíveis. É uma ciência humana e sempre ter essa margem. Temos que nos preocupar não em dar uma decisão que seja tecnicamente correta, mas que também seja o melhor possível par aquele caso e a sociedade”, destacou o juiz Franklin.
Amaury Santos de Andrade afirmou que foi gratificante receber o Seccional Itinerante pela segunda vez no Gama. “Confirmamos a preocupação da Seccional com o atendimento aos advogados nas Subseções. Vieram todos os serviços possíveis. Os advogados locais estão muito satisfeitos”, afirmou o presidente que comemorou a entrega de uma refresqueira pela Caixa de Assistência. Para o diretor-tesoureiro da Subseção do Gama, Watson Silva, “o Seccional Itinerante é muito importante para o advogado do Gama, uma vez nós estamos um pouco longe da Seccional. Além de aproximar o advogado da Seccional, isso traz muitos benefícios juntamente com a Caixa dos Advogados que são muito bem recebidos aqui na Subseção”.
Gleyciane Martins Ferreira aproveitou a oportunidade para fazer as unhas, medir a glicemia e tirar dúvidas sobre o certificado digital. “Com relação principalmente ao certificado digital, acho interessante os serviços virem até aqui. Eu tinha comprado um token que deu problema e eu teria que ir até o Plano Piloto de novo. Eu consegui resolver aqui e já adiantou a minha vida”.
Daniel Fernandes, advogado militante no Gama, classificou o projeto como “uma inciativa muito importante porque facilita a vida do advogado. Como a Seccional é Asa Norte, para nós do Gama fica muito distante. Aqui é bem mais fácil”, elogiou o advogado que aproveitou para resolver pendências financeiras.
Nova sede para o TRT
Uma reivindicação antiga de advogados, magistrados, servidores e jurisdicionados é uma nova sede para a Vara do Trabalho do Gama. A vara ocupa um andar de um prédio comercial que não foi projetado para tal fim. Isso incomoda sobremaneira os frequentadores da vara que tem de lidar com a precariedade de espaço e estacionamento, fora outros problemas. Uma das sugestões da Subseção da cidade é que a Vara se instale na antiga sede do Fórum do Gama. Na ocasião, Juliano Costa Couto esteve no local, acompanhado da diretoria da Subseção, quando verificou que o prédio é bem localizado e possui amplo estacionamento, o que facilitaria a vida de advogados e jurisdicionados.
A vice-presidente Graciela Slongo, que é trabalhista, sabe das dificuldades enfrentadas pelos colegas e, por esse motivo, tem batalhado pela mudança. “A gente já vem há algum tempo recebendo reclamações porque realmente o prédio, a localidade e a estrutura não atendem os advogados e os jurisdicionados. Todo mundo vem enfrentando muitas dificuldades, principalmente os servidores que reclamam da forma de atendimento que é bem precária”, afirmou Graciela ao salientar que o local não possui guarita e segurança externa.
O grupo ainda esteve reunido com o juiz da Vara do Trabalho do Gama/DF, Claudinei da Silva, que também lamenta o espaço físico muito restrito. “Esse espaço além de restrito e ruim para o conforto dos advogados, das partes, das testemunhas, é um espaço que não tem estacionamento. Não tem espaço para uma sala da OAB e é um espaço alugado”, disse. “Há um projeto para sede própria e definitiva. Um projeto para atender todas as funcionalidades da vara. Isso está parado. Uma construção alternativa, em razão dos cortes orçamentários, é a cessão deste espaço junto ao TJDFT que não teria custo e, com um pequena reforma, atenderia todas as funcionalidades”.
Costa Couto disse que envidará todos os esforços para ajudar os advogados do Gama nesse projeto. “Essa demanda também é da advocacia, em especial dos militantes na área trabalhista. Vamos pleitear junto à Administração do TJDFT para que ceda o espaço necessário para receber a laboriosa Vara do Trabalho do Gama”.