Brasília, 3/06/2015 – Para debater as relações potenciais entre a Inteligência Artificial (IA) e o Direito, o engenheiro mecatrônico Cauê Zaghetto ministrou palestra na quinta-feira (28/05), na sede da Seccional. “Muitas vezes, os atrasos nos processos judiciais poderiam ser diminuídos se houvesse maior colaboração da ciência”, teorizou.
“Computadores poderiam auxiliar na tomada de decisões”, continuou o palestrante.
Como tema de fundo do debate, foi abordada a questão da tecnologia como instrumento na busca da preservação de direitos e como recurso auxiliar em intervenções jurídicas. Zaghetto falou ainda da evolução dos sistemas de Inteligência Artificial, algumas de suas modalidades e do seu emprego potencial como elemento inovador para a ciência jurídica.
O palestrante explicou ainda que utiliza conceitos da ciência da computação e da área engenharia de sistemas para desenvolver ferramentas aplicáveis ao Direito.“Nós, engenheiros, queremos nos aproximar do mundo de vocês [advogados]”, disse Zaghetto.
“Por isso eu tenho que compreender a nomenclatura, a especificidade que os advogados usam. E é isso que nós chamamos de ontologia robusta”, explicou. Ontologia em engenharia de sistemas é o modelo de dados usado para se elaborar a programação, ou seja, a estrutura, as características de funcionamento e as regras de comportamento de determinado software.
Compuseram a mesa de abertura o conselheiro e presidente da Comissão de Bioética, Biodireito e Biotecnologia, Felipe Bayma, o conselheiro e presidente da Comissão de Defesa da Concorrência, João Paulo Amaral, a diretora do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), Eliene Bastos, o vice-presidente da Comissão de Bioética, Biodireito e Biotecnologia, Jerônimo Agenor, o coordenador do curso de Direito da Faculdade Mauá de Brasília, Evilásio Vitorino de Assunção e o professor de Direito da Faculdade Projeção, Juvenal Nery.
Comunicação Social – Jornalismo
Fotos – Valter Zica
OAB/DF