Brasília, 20/06/2012 – Preocupada com a violência social e doméstica que humilha e maltrata a população idosa, a Seccional da OAB no Distrito Federal (OAB/DF), representada por sua conselheira Marília Aparecida Reis Gallo, participou de diversos eventos alusivos ao Dia Mundial de Combate à Violência contra a Pessoa Idosa, comemorado em 15 de junho.
Também representante da OAB/DF no Conselho dos Direitos dos Idosos do Distrito Federal, Marília Gallo representou a Ordem em diversos cursos e seminários realizados de 11 a 15 de junho, no âmbito do GDF e na esfera federal. Acatando uma de suas propostas, o Conselho dos Direitos dos Idosos propôs ao Governo do Distrito Federal a criação de uma delegacia especializada no atendimento da pessoa idosa, tendo como modelo a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM).
Outra sugestão importante discutida no Conselho é a inclusão de trabalhos educativos nas escolas para que as crianças e os adolescentes aprendam a respeitar e valorizar os idosos. “Eles precisam adquirir consciência de que o idoso tem uma função importante na sociedade e que nós temos muito a aprender com eles”, destaca Marília repudiando o abandono, a negligência, a violência física, psíquica, financeira e institucional.
Desafios imediatos
Durante a semana, além de se comemorar os dez anos de existência do Conselho Nacional do Idoso, seus representantes avaliaram as conquistas e abordaram os desafios imediatos como a ampliação e a efetivação dos direitos dos idosos, com base no art. 226 da Constituição Federal e no Estatuto do Idoso. Também foi firmado o compromisso de se priorizar as diretrizes delineadas na 3ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, realizada em Brasília, em novembro de 2011, em especial a erradicação de toda e qualquer violência, preconceito e desrespeito contra esse contingente populacional.
Segundo informação da Secretaria de Direitos Humanos, foram registrados no serviço disque 100 – de dez/2010 a dez/2011 – cerca de 44.000 ocorrências de violência contra a pessoa idosa, a maior parte praticada no ambiente doméstico, por filhos e netos. “Os dados são alarmantes e clamam da sociedade e do Estado mais investimentos em saúde, segurança, educação, cultura, esporte, lazer, transporte, acessibilidade, turismo, etc., formulando e implementando políticas públicas destinadas a propiciar qualidade de vida a esses cidadãos e garantindo-lhes a dignidade plena”, afirmou Marília.
Lembra ainda que os idosos já representam 11% da população brasileira. No Distrito Federal, o número de idosos gira em torno de 200.000 pessoas e somente agora foi criada a primeira e única Secretaria de Estado do Idoso. Segundo as projeções científicas, no ano de 2050 estima-se que de cada 4 (quatro) brasileiros, 1 (um) será idoso. “Essa realidade requer mudanças nas relações intergeracionais e adequações das nossas cidades”, conclui a advogada.
Reportagem – Helena Cirineu
Comunicação Social – Jornalismo
OAB/DF