Comunidade jurídica em luto pela morte de Humberto Gomes de Barros

Brasília, 09/06/2012 – A morte do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Gomes de Barros, na sexta-feira (08/06), abalou a comunidade jurídica de Brasília. Ex-presidente do STJ, o ministro se aposentou em 2008, depois de 17 anos na Corte, dentre 50 dedicados à Justiça. Ele enfrentava um câncer. O corpo do ministro está sendo velado até as 22h deste sábado, na capela 6 do Campo da Esperança

O secretário-geral do CFOAB, Marcus Vinicius Furtado Coelho, disse que o ministro “honrou o Quinto Constitucional durante sua permanência no STJ. Demonstrou todo o valor de um advogado que passa a exercer a função de julgador, sem jamais esquecer a importância da advocacia para a proteção dos direitos do cidadão. É uma perda lamentável e irreparável de um grande jurista, um advogado respeitável e um ministro dedicado. A família dos advogados está enlutada”.

“O falecimento do ministro Humberto Gomes de Barros representa uma perda irreparável para a comunidade jurídica pátria, sobretudo para os advogados públicos, que o tinham como referência e fonte inesgotável de sabedoria e equilíbrio”, comentou o atual procurador geral do Distrito Federal, Marcelo Castelo Branco.

O ex-presidente do Conselho Federal da OAB, Reginaldo Oscar de Castro, afirmou que a perda é prematura. “O ministro construiu sua vida profissional com todo o cuidado que se exige de um advogado exemplar que passou por cargos da dimensão do de procurador geral do DF, ministro e presidente do STJ, sem desistir um segundo de sua origem de advogado, mas preservando ao mesmo tempo o cuidado com a coisa pública, com a imparcialidade necessária a um bom julgador. Sentimos imensamente sua morte, pois sua ausência fará muita falta à advocacia brasileira”.

Marcelo Ribeiro, advogado e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, lembrou da convivência com Humberto. “Sempre foi um advogado muito combativo, muito competente, e eu tive a felicidade de ser seu colega de Conselho Federal. Honrou a classe dos advogados e não se esqueceu de onde veio durante a magistratura. Como pessoa era um sujeito formidável, que vai deixar muita saudade”.

História
Natural de Maceió (AL) e pai de quatro filhos, Gomes de Barros foi ainda procurador geral do DF, coordenador geral da Justiça Federal, membro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), diretor da Revista do STJ, vice-diretor da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam).

Escritor de crônicas e poesias, o ministro ocupava, desde 2003, a cadeira 18 da Academia Alagoana de Letras. Era também integrante da Academia Brasiliense de Letras. Entre seus livros não jurídicos estão Glossário Forense Cansação das Alagoas, uma coleção de poesias; As Pernas da Cobra, coletânea de contos; e Usina Santa Amália – A Saga do Coronel Laurentino Gomes de Barros, uma homenagem a seu avô.

Reportagem – Priscila Gonçalves
Comunicação Social – Jornalismo
OAB/DF