Brasília, 13/04/2012 – O Canal do Trabalhador exibe na TV Brasília, domingo (15/04) às 11 horas, entrevista com o presidente da OAB/DF, Francisco Caputo, que fala de seu orgulho de representar a classe dos advogados no Distrito Federal e ter conseguido implantar o piso salarial do advogado empregado privado, entre diversas conquistas da atual diretoria. Faz balanço dos dois anos de gestão, acentuando a ampliação da Escola Superior de Advocacia, a reestruturação física do edifício-sede e das subseções da Ordem, além da implantação de várias salas de apoio aos advogados em fóruns e tribunais do DF.”Nosso intuito foi sempre valorizar o advogado, proporcionando melhor qualidade de vida e melhores condições de trabalho no exercício da advocacia”, afirma Caputo, que vê no piso salarial uma das conquistas mais relevantes de sua gestão. “Acabamos com o aviltamento profissional. Fomos os primeiros a ter coragem no DF de defender o estabelecimento de um valor mínimo para o salário. Está longe de ser o ideal, mas demos um passo decisivo para melhorar cada vez mais a remuneração do advogado no início da carreira”.Caputo justificou o investimento no advogado iniciante pelas condições atrativas do serviço público no Distrito Federal. “Nós queríamos que a advocacia fosse uma opção concreta de exercício profissional para bacharéis e advogados em início de carreira. Em função disso, criamos o piso salarial, estabelecemos um banco de currículos mais dinâmico, equivalente às redes sociais, para que os escritórios possam procurar talentos. Também fizemos um convênio com o Programa Nacional de Modernização de Advocacia (Promad), oferecendo dois anos de gestão de escritório totalmente grátis. Também disponibilizamos um curso a distância que orienta o advogado a criar e gerir escritório”.Durante a entrevista, o presidente da OAB/DF contesta o atual sistema tributário brasileiro, por ele considerado extremamente intrincado. Informa que o Conselho Federal tem feito gestões perante a Câmara dos Deputados para que seja aprovado, o mais rápido possível, um projeto de lei que trata da adoção do Simples para a advocacia. “Tenho certeza de que esse projeto, apoiado literalmente pela OAB que presido, vai alcançar a maioria da advocacia. Todos nós vamos ser beneficiados por esse sistema muito mais simples do que temos hoje. Isso vai facilitar muito nossa relação tributária com o Estado brasileiro”.Caputo também condena a contratação de serviços de advocacia, considerado extremamente técnico e de confiança, por meio de pregão eletrônico. “é uma coisa inimaginável e a gente não pode admitir em nosso sistema legal. Acho que provoca o aviltamento dos honorários, atenta contra a dignidade da profissão, do advogado, da OAB e fere de morte o nosso código de ética”, enfatizou. Ele vai solicitar à Comissão de Relações Institucionais da OAB/DF que elabore um anteprojeto abordando a questão e promete encaminhar à bancada federal no Congresso para a discussão da proposta.Reportagem – Helena CirineuFoto – Valter ZicaComunicação Social – JornalismoOAB/DF