Encerramento do Encontro da Advocacia Jovem analisa carreiras jurídicas

Brasília, 30/08/2011 – No encerramento do I Encontro da Advocacia Jovem do DF (28/08) foi formada mesa-redonda que discutiu as peculiaridades de algumas das principais carreiras jurídicas segundo a visão dos profissionais que as exercem. Os debatedores foram o juiz de direito Fabrício Castagna Lunardi, o procurador da República José Robalinho, o advogado da União Rommel Macedo e o advogado Paulo Maurício Siqueira.

Rommel Macedo é membro da AGU há 8 anos e destacou a eficiência como uma das características primordiais para a atuação no órgão. “A União é o grande litigante do Judiciário, e isso deriva inclusive de razões culturais, pois há no Brasil uma cultura de litígio. A preocupação crescente com eficiência, começando no controle de legalidade de editais e contratos, evita que as outras instâncias sejam acionadas e consequentemente sobrecarregadas. Esse é o pensamento que norteia cada vez mais nossa atuação”.

Em seguida, a visão sobre o Judiciário foi transmitida por Fabrício Lunardi, que destacou a importância do juiz para a resolução dos conflitos sociais a partir de cada matéria julgada. “O juiz pode ir muito além do que está no processo. Como membro do Judiciário, tem de estar atento à realidade social e cumprir sua função de agente a serviço do bem-estar coletivo. O processo não é só mais um número para a estatística do CNJ”.

“O Ministério Público é uma instituição cuja cobrança da sociedade, da imprensa, da opinião pública em geral recai diariamente”, ponderou José Robalinho sobre a responsabilidade atribuída aos membros do órgão. “A independência de atuação se dá pelo entendimento que cada procurador ou promotor tem da lei, e lidar com isso não é fácil”.

O último a falar foi o advogado Paulo Maurício Siqueira, que contou sobre sua experiência na advocacia, com escritório próprio constituído há sete anos. “Nesse período cheguei a uma situação de consolidação, que não é o mesmo que conforto, mas é um momento importante, onde se vê que o caminho é duro, mas vale a pena”.

Siqueira também lembrou o diferencial na preparação entre as carreiras jurídicas de Estado e a advocacia privada. “O direito posto na legislação é muito bonito, mas quando aplicado pode ser bem diferente, e isso só é assimilado com a preparação para postular, com a experiência e com a oportunidade de trabalhar com profissionais mais conhecidos”.

Reportagem – Demétrius Crispim Ferreira

Coordenação de Comunicação – Jornalismo
OAB/DF