Brasília, 01/06/2011 – O último painel desta quarta-feira (01/06) debateu o papel institucional da OAB/DF em seus 51 anos. O secretário-geral, Lincoln de Oliveira, apresentou os palestrantes Wilon Wander Lopes e Ulisses Borges destacando suas relevantes contribuições para a advocacia.
Wilon Lopes fez a primeira exposição. Abordou a temática da conferência. “A função social do advogado não pode ficar só na vontade de alguns ou na letra fria da lei. É preciso que os advogados sejam motivados a cumprir essa missão inerente a seu trabalho como representantes de cidadãos em busca de seus direitos”.
O pioneiro na advocacia do DF ressaltou o trabalho da Ordem na construção da cidadania na Capital, especialmente, com a conquista do direito de voto para eleição dos representantes políticos. “Diferente de todas as demais cidades brasileiras, os moradores de Brasília não tinham direito de eleger seus parlamentares”.
Conforme contou, a situação foi revertida com o compromisso de Tancredo Neves no auditório da OAB/DF de ofertar autonomia política para a cidade. “Tancredo se foi, mas seu sucessor cumpriu a promessa. Vitória dos advogados e do povo do Distrito Federal”, comemorou Wilon.
Mesmo assim, criticou a forma de representação estabelecida pela Constituição, que instituiu a Câmara Legislativa. “A Casa só serve para abrigar representantes de classes profissionais, como advogados, professores e policiais. Para isso já existem os sindicatos”.
O segundo palestrante, o advogado trabalhista Ulisses Borges, destacou a importância da Ordem. “Acredito muito em nossa OAB, pela condição que ostenta de ser uma entidade intermediária, que transita numa faixa entre o público e o privado que a favorece na promoção de avanços significativos para a sociedade”.
Defendeu que a Ordem deve questionar institutos vigentes no direito e na justiça que incorrem, por exemplo, na morosidade do Judiciário. Por outro lado, como advogado do trabalho, elogiou a prestação jurisdicional efetivada pela corte da 10ª região (DF e Tocantins) e demais instâncias trabalhistas originárias.
Encerrou reiterando a necessidade de busca por novas bases na relação entre Estado e sociedade e acrescentou que “a Ordem tem a muito a contribuir com este debate”.
Reportagem – Demétrius Crispim
Foto – Valter Zica
Assessoria de Comunicação – OAB/DF